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Ninguém antecipou a realidade que se impôs em 2020. De repente, todas as premissas para o ano foram severamente postas à prova, com desafios dos mais diversos. A crise da covid-19 reverberou por todas as esferas, com impacto profundo também nas economias e nos mercados financeiros. Em meio à seriedade desse momento histórico, peço licença para tratar aqui de um desafio específico à minha área: aquele enfrentado pelos fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs). 

Diante da turbulência nos mercados, esse tipo de aplicação financeira se confrontou, inicialmente, com uma incredulidade generalizada. Mas os FIDCs terminaram o ano superando expectativas. Demonstraram eficácia em proteger os patrimônios e em gerar retorno para os seus cotistas, além de terem sido incorporados em definitivo pelo mercado. E há algumas razões para essa trajetória. 

Em março, conforme as necessárias medidas de combate à pandemia tiveram seus primeiros impactos sobre a atividade empresarial, os FIDCs foram identificados como um dos tipos de investimento mais suscetíveis a problemas, em decorrência das projeções de forte alta nos índices de inadimplência. 

O que são FIDCs 
De maneira resumida, os FIDCs trabalham com dívidas convertidas em títulos, que são repassados aos fundos por meio de securitização. Por exemplo: uma empresa vende um produto a prazo para um consumidor via cartão de crédito. As parcelas a serem pagas pelo consumidor podem ser vendidas para um FIDC na forma de direitos creditórios, permitindo à empresa antecipar o recebimento desses recursos em troca de uma taxa de desconto que, na outra ponta, remunera os investidores do fundo. Para a empresa, é uma alternativa de obtenção de crédito fora do caminho tradicional dos bancos. 

De fato, considerando o crescimento da inadimplência durante a pandemia, é compreensível que, à primeira vista, tenha havido apreensão em relação aos FIDCs, especialmente os voltados às pequenas e médias empresas, segmento especialmente abalado pela crise. Sem receber das empresas devedoras dos direitos creditórios, muitas com suas portas fechadas, os fundos teriam sua rentabilidade impactada. Mas não foi o que se viu. 

Embora, com o crescimento da inadimplência, os títulos vencidos nas carteiras tenham atingido patamares nunca vistos, as estruturas bem construídas prevaleceram. Os fundos igualmente foram auxiliados por atitudes proativas dos gestores e dos consultores especializados, que lançaram mão de todos os recursos possíveis para extrair a maior performance de crédito possível de suas carteiras. 

Recebíveis pulverizados 
Os recebíveis pulverizados e de curto prazo permitiram um ajuste muito rápido no perfil de risco das carteiras. Exposições a setores mais afetados foram rapidamente substituídas por posições em segmentos mais protegidos, ou mesmo pela manutenção dos recursos recebidos em caixa. 

Adicionalmente, em muitos FIDCs, o responsável pela seleção dos recebíveis acumulava a posição de cotista subordinado. Isso garantiu uma postura muito diligente da gestão, com foco nas ações de cobrança, e extrema cautela na originação — ou seja, ainda mais seletividade na concessão de crédito. Assim, apesar do ambiente desafiador, uma parte relevante dos títulos foi recebida, o que permitiu o gerenciamento dos créditos prorrogados sem que a subordinação fosse sequer atingida (ainda que estivesse lá, como camada adicional de proteção). 

Resultado: em outubro e novembro, os volumes de títulos vencidos já haviam voltado a níveis pré-pandemia ou para baixo deles. Um exemplo: no fundo como foco em FIDCs da Solis, o Solis Antares, o total de créditos vencidos e não pagos estava na faixa de 7% do patrimônio líquido entre janeiro e fevereiro, chegou a 10,99% na máxima do ano, em abril, e fechou 2020 em 6,50%. 

E o nível de provisionamento não mudou: os FIDCs conseguiram recuperar os créditos vencidos antes que tivessem que ser provisionados. Por que isso aconteceu? Em linha com o que fez o Banco Central no crédito bancário, os administradores dos FIDCs ampliaram o prazo para provisionamento dos vencidos, permitindo que os títulos prorrogados — a grande maioria dos que ficaram vencidos — fossem cobrados antes de serem lançados como provisão para devedores duvidosos. 

Ou seja, o investidor do FIDC foi protegido pela atitude proativa do gestor/consultor especializado, pela pulverização dos recebíveis e pelos prazos curtos dos títulos, o que permitiu ajustes rápidos, sem que fosse necessário fazer uso do colchão de proteção da subordinação. A crise atual demonstrou, ao contrário da expectativa de muitos, a grande capacidade dos FIDCs de proteger o patrimônio do investidor do risco de inadimplência. Outro diferencial importante foi o fato de os FIDCs terem resguardado o investidor também contra a grande volatilidade, especialmente no período mais agudo da crise, quando vários fundos de crédito privado tiveram cotas negativas. 

Sem retornos negativos 
Como referência, vale mencionar alguns dados. De 90 fundos de crédito privado ofertados nas principais plataformas de investimento, 26 acumulavam retorno negativo no ano até o fim de novembro e dois terços mostravam retorno inferior ao CDI do período. Já os fundos que compram cota de FIDC não tiveram nenhum mês de retorno negativo. Em todos os meses, o fundo Solis Antares superou o benchmark e teve retorno positivo, com volatilidade próxima a zero. Isso aconteceu por causa do foco desse fundo em FIDCs. 

Pós-teste de estresse, mercado confiante 
Superado o que foi um dos maiores testes de estresse a que um instrumento de investimento pode ser submetido, o mercado começa 2021 mais confiante nos atributos dos FIDCs. Com o potencial demonstrado, tudo indica que ao longo deste ano vai fazer ainda mais sentido as empresas buscarem crédito e os investidores retorno financeiro fazendo uso dos fundos de investimento em direitos creditórios. 

E por que os FIDCs devem ser mais utilizados? Primeiramente, está em evidência um cenário de alta nos juros futuros, em virtude das perspectivas inflacionárias e de desequilíbrio fiscal, que ressaltará a importância de componentes pós-fixadas nas carteiras. Além disso, há uma série de desdobramentos da Agenda BC+, que favorece a desbancarização do crédito e o aumento da oferta por outros players, movimento em que o FIDC se encaixa especialmente bem como ferramenta de funding. Por fim, existe a audiência pública para a nova norma da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), muito esperada pelo mercado, que abrirá uma série de possibilidades para acesso aos FIDCs por um conjunto muito mais amplo de investidores. 

O ano de 2020 foi como ninguém imaginava. Da mesma forma, muitos não consideravam que os FIDCs poderiam demonstrar tamanha capacidade como veículo de investimento em um contexto de maior inadimplência, incerteza e alta volatilidade nos mercados. Portanto, estou ainda mais convicto de que os FIDCs são uma ferramenta que merece ser muito mais utilizada do que é hoje. Especialmente pelos investidores, que conseguirão aproximar, com segurança e proteção, o retorno de suas aplicações às taxas reais da economia, muito superiores à taxa básica. Mas também pelas empresas, como tomadoras de recursos. Elas encontrarão nesse instrumento de desintermediação uma ferramenta eficiente de financiamento. Os FIDCs derrubaram vários mitos em 2020, e 2021 será o ano da sua consolidação como veículo de investimento e captação de recursos no Brasil. 

Ricardo Binelli (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ) é sócio e diretor responsável pela gestão de produtos de crédito estruturado na Solis Investimentos 

https://capitalaberto.com.br/secoes/artigos/fidcs-derrubaram-mitos-em-2020-e-devem-se-consolidar-em-2021/
 
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Os empréstimos bancários no Brasil cresceram 15,4% em 2020, seu ritmo mais rápido desde 2012, mostrou uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgada hoje (21). O crescimento foi impulsionado por empréstimos a empresas, que buscaram dinheiro para enfrentar a crise econômica decorrente da pandemia de coronavírus.

A carteira de crédito às empresas cresceu 21,7% em 2020, enquanto o crédito a pessoas físicas aumentou 10,8%, apurou a pesquisa da associação, que cobre 68% da carteira de crédito do país.

Os novos desembolsos para empresas vindos de linhas garantidas pelo governo dobraram ante 2019. Em dezembro, o crescimento da carteira total de crédito foi de 1,5%, oitavo mês consecutivo de crescimento, com as pessoas físicas e jurídicas crescendo no mesmo ritmo. (com Reuters)

https://www.forbes.com.br/forbes-money/2021/01/credito-no-brasil-cresceu-em-2020-no-maior-ritmo-desde-2012/

 

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Por Anaïs Fernandes, Valor — São Paulo

A pressão inflacionária no fim de 2020 trouxe um "dezembro amargo" para os trabalhadores nas negociações salariais do período. Pela primeira vez no ano passado, o reajuste mediano ficou abaixo da inflação, tendência que deve se repetir ao longo de 2021.

O reajuste mediano negociado no mês foi de 4,3%, contra uma inflação acumulada - medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - de 5,2% para o período de referência, aponta o Boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Cerca de 70% dos reajustes ficaram abaixo do INPC em dezembro.

"A inflação pulou de 4,8% para 5,2%, deu um repique. Em uma recessão, são poucas as empresas que podem repor uma inflação dessas, porque elas não conseguem repassar isso para o preço", diz Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e coordenador do Projeto Salariômetro.

No ano como um todo, o reajuste salarial mediano foi de 3,5%, empatado com o INPC médio, mas abaixo dos 4% oferecidos em 2019, que geravam um ganho real sobre a inflação média de 3,7%. "A inflação cresceu, a recessão se aprofundou, então os reajustes caíram. É triste, mas não é surpreendente", diz Zylberstajn.

 

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Por André Mizutani, Valor — São Paulo

Enquanto no Brasil o Banco Central já começou a preparar o terreno para uma alta de juros, a maior parte dos países emergentes comparáveis ao país ainda está distante desse movimento. Alguns até debatem a possibilidade de promover cortes adicionais em suas taxas. É o caso da África do Sul, México e Rússia.

Ontem, os bancos centrais da Turquia, África do Sul e Indonésia divulgaram as suas decisões de política monetária e todos eles mantiveram as suas taxas de referência estáveis.

No caso da África do Sul, a decisão aconteceu com um placar bastante dividido: três votos a favor da manutenção dos juros, a 3,5%, e dois a favor de mais um corte, com o comitê de política monetária do país apontando que a lenta recuperação econômica deve manter a inflação abaixo da meta até 2022. A leitura mais recente de inflação no país é de 3,1%, em dezembro.

O BC da Indonésia foi mais neutro na linguagem usada no comunicado, dizendo que a decisão de manter os juros estáveis em 3,75% se baseou na expectativa moderada para a inflação. A leitura mais recente de inflação no país foi de 1,7% em dezembro.

O PIB da maior economia do sudeste asiático sofreu contração de 3,49% no terceiro trimestre de 2020, mas o presidente do banco central espera que o a economia tenha terminado 2020 com contração de 1,0% a 2,0% e volte a crescer em 2021, com expansão de 4,8% a 5,8%.

 
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O volume de serviços prestados subiu 2,6% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços. Este é o sexto resultado positivo consecutivo,  informou nesta quarta-feira (13) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi acima do esperado: na comparação com outubro, a expectativa dos economistas consultados pela Refinitiv era de alta de 1,2%, após a alta de 1,7% do mês anterior.

Contudo, apesar do ganho acumulado de 19,2% nesse período de seis meses de alta, o resultado ainda é insuficiente para compensar as perdas entre os meses de fevereiro e maio do setor, que ainda se encontra 3,2% abaixo do patamar de fevereiro.

Na comparação com novembro de 2019, o total do volume de serviços recuou 4,8%, marcando a nona taxa negativa seguida neste índice. A expectativa dos economistas era de queda de 6,2%, após retração de 7,4% na leitura anterior.

No acumulado no ano, a queda é de 8,3% frente ao mesmo período de 2019. Já em 12 meses, o recuo de 7,4% manteve mantém a trajetória descendente iniciada em janeiro (1,0%). Este é o resultado negativo mais intenso desde o início da série, iniciada em dezembro de 2012 para esse indicador.

Todas as cinco atividades investigadas na pesquisa tiveram crescimento na passagem de outubro para novembro, com destaque para os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que registrou alta de 2,4%, e serviços prestados às famílias, que avançou 8,2%. Ambas foram as mais afetadas pela pandemia.

De acordo com o gerente da PMS, Rodrigo Lobo, as atividades do setor de serviços que estão encontrando mais dificuldades são aquelas prestadas de forma presencial, por isso, o setor ainda não conseguiu recuperar as perdas: “Atividades como restaurantes, hotéis, serviços prestados à família de uma maneira geral e transporte de passageiros – seja o aéreo, o rodoviário e ou o metroviário – até mostraram melhoras, mas a necessidade de isolamento social ainda não permitiu o setor voltar ao patamar pré-pandemia”, explica Lobo. Outro destaque foi a atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares, com crescimento de 2,5%.

Ainda em relação aos transportes, a atividade cresceu pelo sétimo mês seguido e acumula ganho de 26,7% entre maio e novembro, mas ainda precisa avançar 5,4% para atingir o nível de fevereiro último, mês que antecedeu a implementação das medidas sanitárias para conter a Covid-19.

Lobo explica que, dentro da atividade, o segmento de transporte rodoviário de carga, ao lado do transporte de passageiros, teve influência. “Há uma correlação importante deste segmento com as taxas positivas que o Comércio e a Indústria vêm apresentando. Ambos já superaram o patamar pré-pandemia, e seus resultados interferem nesta atividade”, afirma.

Já os serviços prestados às famílias têm alta de 98,8% nos últimos sete meses, mas ainda precisam crescer 34,2% para retornar ao patamar de fevereiro. Por último, os serviços profissionais, administrativos e complementares chegaram a um ganho de 9,5% no período de junho a novembro, após retração de 16,8% verificada entre fevereiro e maio.

Apenas serviços de informação e comunicação (0,5%) e de outros serviços (0,5%) já superaram o nível de fevereiro, impulsionados pelos bons desempenhos dos segmentos de tecnologia da informação e dos serviços financeiros auxiliares, respectivamente.

Fonte: Infomoney

 

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Com os programas de estímulo criados pelo governo durante a crise, os bancos acumulam R$ 3,4 trilhões em concessões de crédito entre março – mês que marca o início do isolamento social imposto pela pandemia no Brasil – até dezembro. A estimativa é da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que põe na conta números já divulgados pelo Banco Central (BC) para o período entre março e novembro, que somam R$ 3,1 trilhões, e uma projeção da própria para os resultados de dezembro, de R$ 313,8 bilhões, que envolve apenas as operações no segmento livre de crédito para pessoa jurídica e, no caso da pessoa física, o crédito imobiliário, mas não as operações de crédito rotativo.

Além disso, entre 16 de março, data que simboliza o começo da quarentena no País, e 31 de dezembro, o setor renegociou 16,8 milhões de contratos com operações em dia, que têm um saldo devedor total de R$ 971,5 bilhões. A soma das parcelas suspensas dessas operações, estima a Febraban, totaliza R$ 146,7 bilhões.

“Os valores geraram alívio financeiro imediato para empresas e consumidores, que passaram a ter uma carência entre 60 a 180 dias para pagar suas prestações, sendo que a maioria dos agentes beneficiados com prorrogação de parcelas é representada por pequenas empresas e pessoas físicas (R$ 77,1 bilhões)”, diz a Febraban, em nota enviada à imprensa.

A federação destaca também que, em relação a fevereiro, mês que antecede a crise, a taxa de juros para o conjunto das operações de crédito recuou de 23,1% para 18,7% ao ano, uma redução de 4,4 pontos porcentuais, enquanto o spread médio das operações de crédito caiu de 18,6% para 14,4% , ou 4,2 pontos a menos. Em 2020, a Selic, taxa básica de juros, foi reduzida de 4,25% para 2% ao ano.

Ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirmou que o setor deve ter terminado 2020 com uma expansão perto de 15% na carteira de crédito. “É um resultado extraordinário num cenário de fortíssima recessão, considerando a queda estimada de 4,5% do PIB”, disse. “A carteira das empresas, por exemplo, deve atingir o maior patamar da série histórica, o que revela a grande contribuição do setor para preservar empregos e empresas”, afirmou também.

Para 2021, ele ressalta que o crédito deve crescer 7%, “bem acima da projeção de crescimento do PIB, o dobro praticamente, o que significa que o setor bancário continuará sendo fator importantíssimo para a retomada da economia”.

Na avaliação dele, é fundamental, portanto, que o sistema financeiro mantenha os níveis robustos de capital e liquidez, “ou seja, que se mantenha saudável para continuar irrigando a economia com crédito”.

https://www.istoedinheiro.com.br/bancos-somam-r-34-tri-em-credito-concedido-durante-pandemia-diz-febraban/

 

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Por Edna Simão e Fabio Graner, Valor PRO — Brasília

O governo federal incluiu no seu cardápio de possíveis medidas de estímulo à economia neste início de ano fazer uma nova rodada de diferimento (adiamento do recolhimento) de tributos para as empresas.

Assim como aconteceu no primeiro semestre do ano passado, na linha de frente das ações de combate aos efeitos econômicos da pandemia, a ideia é dar um pouco mais de folga no caixa das empresas, uma espécie de capital de giro, para que elas possam ter maior capacidade produtiva e, se possível, abrir um espaço para o investimento.

Um técnico da área econômica frisou que esse é um instrumento que já foi usado e que está sendo discutido nesse momento. Além disso, o governo avalia a possibilidade de antecipação do 13 salário das aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do abono salarial — estratégia também adotada no início da pandemia. Essa medida envolveu R$ 24,3 bilhões.

 

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Por Lucianne Carneiro, Valor — Rio

O volume de vendas no varejo restrito recuou 0,1% em novembro na comparação com outubro, já descontados os efeitos sazonais, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com novembro de 2019, o varejo restrito subiu 3,4%.

Com o resultado, o comércio restrito acumula alta de 1,2% em 2020 até novembro de 2020 e aumento de 1,3% em 12 meses.

O resultado de novembro para outubro veio pior que a mediana das projeções coletadas pelo Valor Data, apurada junto a consultorias e instituições financeiras, que era de alta de 0,3%.

O indicador ficou dentro do intervalo das estimativas, que iam de recuo de 0,6% até elevação de 1,5%. A alta de 3,4% ante novembro do ano passado também foi pior que a esperada. A expectativa era de alta de 4,6%.

A receita nominal do varejo restrito, por sua vez, subiu 1,1% em novembro ante outubro. Na comparação com novembro de 2019, a receita nominal do varejo restrito subiu 11,6%. Em 2020, no acumulado do ano até novembro, a receita nominal do comércio acumulou alta de 5,6%. Em 12 meses, há aumento de 5,7%.

No varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas subiu 0,6% em novembro na comparação com outubro, já descontados os efeitos sazonais. Os analistas esperavam alta de 1%, conforme a mediana das estimativas apurada pelo Valor Data. Na comparação com novembro de 2019, o volume de vendas do varejo ampliado subiu 4,1%. A expectativa era de alta de 5%.

 

No acumulado de 2020 até novembro, o varejo ampliado cai 1,9% e, em 12 meses, recua 1,3%.

Já a receita nominal do varejo ampliado aumentou 1,6% em novembro. Em relação a novembro de 2019, a receita sobe 12,4%. A receita do varejo ampliado aumenta 2,4% no acumulado do ano e sobe 2,9%% em 12 meses.

 

Atividades

 

As vendas do comércio na passagem de outubro para novembro avançaram em cinco das oito atividades pesquisadas no varejo restrito, que não inclui automóveis e material de construção, de acordo com o IBGE, que anunciou hoje a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de novembro. Na comparação com novembro de 2019, cinco das atividades tiveram retração.

Em novembro, o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%) foi o principal fator negativo no mês nas vendas do varejo restrito. Também houve quedas de vendas em combustíveis e lubrificantes (-0,4%) e móveis e eletrodomésticos (-0,1%).

No varejo ampliado, que inclui automóveis e peças e material de construção, houve alta de 3,5% no volume de vendas de Veículos, motos, partes e peças. O setor de material de construção teve recuo de 0,8

Em novembro de 2020, das 27 Unidades da Federação, 14 apresentaram alta no volume de vendas, na comparação com o mês imediatamente anterior. Na comparação com novembro de 2019, houve expansão no volume de vendas em 19 unidades da Federação.

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Por Lucianne Carneiro e Gabriel Vasconcelos, Valor — Rio

O fim da produção da Ford no Brasil pode representar perda de até 0,06% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2021 — o que representa R$ 3,8 bilhões — e de 0,28% no resultado acumulado ao longo de 20 anos até 2040 (R$ 16 bilhões). Os cálculos são de pesquisadores do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, da Universidade Federal de Minas Gerais (Cedeplar/UFMG).

As estimativas não consideram eventual substituição da produção da Ford por concorrentes nem a incorporação de suas fábricas por outras empresas. Mas, mesmo que isso ocorra, as perdas para a economia ainda seriam significativas e não há cenário de impacto neutro, dizem os pesquisadores. O estudo aponta destruição de mais de 50 mil vagas formais de trabalho diretas e indiretas só neste ano devido à decisão da Ford, considerando toda a cadeia produtiva. As perdas de postos de trabalho se acentuariam até 2025 (com mais de 70 mil), mas aos poucos vão sendo reduzidas, até pouco mais de 11 mil em 2040.

É este um dos aspectos que tornam mais grave a decisão da Ford, segundo especialistas: o efeito cascata em outros ramos da cadeia de suprimentos de uma montadora de peso, sobretudo siderurgia, plástico, borracha e química. Há quem acredite, no entanto, na tendência de substituição dessa produção por concorrentes em um cenário de alta capacidade ociosa do setor no Brasil, em torno de 40%.

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os nove meses sob a pandemia do coronavírus em 2020 deixaram estragos na situação das micro e pequenas indústrias de São Paulo.

Para 60% dos empresários, a crise ainda é forte, afeta muito os negócios e não há previsão de uma recuperação sólida.

A constatação aparece em pesquisa Datafolha feita para o Simpi (Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias de São Paulo) na primeira quinzena de dezembro.

Questões que marcaram a indústria brasileira no último ano, como o desabastecimento de insumos, ainda persistem. "Vejo o ano com preocupação. De setembro para cá, começamos a ver forte alta em preços, mais indústrias sofrendo com falta de matéria-prima e atraso na entrega", afirma Joseph Couri, presidente do sindicato.

Na primeira quinzena de dezembro, 93% das micro e pequenas indústrias estavam pagando mais por insumos. Em setembro, eram 84%. Entre os que relataram falta de materiais, o percentual passou de 54% há pouco mais de três meses, para 78% no fim do ano passado.

Os atrasos nas entregas afetavam 73% das micro e pequenas indústrias em São Paulo -51% tinham essa queixa em setembro.

Couri diz que dificuldades no acesso a linhas de crédito também contribuíram para a interrupção das cadeias produtivas, uma vez que muitas empresas precisaram fechar as portas a partir do início da pandemia.

Além disso, as demissões de trabalhadores e medidas como redução de jornada e salário e suspensão do contrato de trabalho derrubaram o poder aquisitivo dos consumidores e afetaram a demanda.

Quando o consumo foi retomado, muitos dos elos da cadeia estavam desmobilizados.

"Vemos que o desabastecimento vem ocorrendo no resto do mundo. A diferença é que outros países conseguem priorizar suprimentos no mercado interno. Aqui, infelizmente, estamos tendo problema de crédito e o reflexo disso na produção", afirma o presidente do Simpi.

Segundo o Datafolha, 77% das empresas disseram não ter acesso à crédito durante a crise. Esse percentual já foi maior -em abril, 91% não conseguiram dinheiro emprestado.

No fim de 2020, 61% das micro e pequenas indústrias afirmaram ter exatamente o capital de giro necessário para manter o negócio, o melhor resultado desde junho. Essa melhora na situação do caixa pode também ter elevado a percepção de que o ano que acaba de começar seja melhor do que o anterior.

Quase metade dos empresários -48% deles- está com expectativas positivas para os negócios em 2021. Somente 8% disseram estar pessimistas.

O ânimo é maior entre as pequenas e no interior do estado -52% acham que 2021 será ótimo ou bom. Na região metropolitana de São Paulo, 44% dos empresários estão otimistas com os negócios.

A defasagem no capital de giro também diminuiu no fim de 2020, com menos empresários com dificuldades. Em junho, 62% dos micro e pequenos industriais estavam com caixa insuficiente. Em dezembro, eram 32% em dezembro.

"Tomara que o otimismo se concretize, mas não vejo dado econômico que permita construir esse cenário", diz Joseph Couri, presidente do Simpi.

Em dezembro, 51% das empresas ouvidas pelo Datafolha estavam funcionando normalmente, e 20% tinham uma parte das atividades paradas. Praticamente o mesmo percentual (21%) informou que estava funcionando, mas com a maior parte das atividades paradas.

A pesquisa Datafolha identificou uma queda no número de pequenas e micro indústrias correndo o risco de falência ou recuperação judicial. Entre as micro, 17% diziam, em junho, que o negócio poderia falir. Em dezembro, eram 7%. Nas pequenas indústrias, o percentual saiu de 10% para 5% no mês passado.

Também em junho, 16% das micro indústrias viam chances de iniciar uma recuperação judicial. Ao fim de 2020, somente 3% consideram essa possibilidade. Entre as pequenas, a recuperação judicial era um risco em 10% e caiu a 6% em dezembro do ano passado.

https://br.financas.yahoo.com/noticias/crise-ainda-afeta-muito-os-170900722.html

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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