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Países emergentes ainda estão distantes de uma alta de juros

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Por André Mizutani, Valor — São Paulo

Enquanto no Brasil o Banco Central já começou a preparar o terreno para uma alta de juros, a maior parte dos países emergentes comparáveis ao país ainda está distante desse movimento. Alguns até debatem a possibilidade de promover cortes adicionais em suas taxas. É o caso da África do Sul, México e Rússia.

Ontem, os bancos centrais da Turquia, África do Sul e Indonésia divulgaram as suas decisões de política monetária e todos eles mantiveram as suas taxas de referência estáveis.

No caso da África do Sul, a decisão aconteceu com um placar bastante dividido: três votos a favor da manutenção dos juros, a 3,5%, e dois a favor de mais um corte, com o comitê de política monetária do país apontando que a lenta recuperação econômica deve manter a inflação abaixo da meta até 2022. A leitura mais recente de inflação no país é de 3,1%, em dezembro.

O BC da Indonésia foi mais neutro na linguagem usada no comunicado, dizendo que a decisão de manter os juros estáveis em 3,75% se baseou na expectativa moderada para a inflação. A leitura mais recente de inflação no país foi de 1,7% em dezembro.

O PIB da maior economia do sudeste asiático sofreu contração de 3,49% no terceiro trimestre de 2020, mas o presidente do banco central espera que o a economia tenha terminado 2020 com contração de 1,0% a 2,0% e volte a crescer em 2021, com expansão de 4,8% a 5,8%.

 
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