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O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian mostrou que novembro deste ano teve o pior cenário de negativação desde 2016, início da série histórica do índice. Foram registrados 6.392.011 negócios no vermelho. Além disso, desde o início de 2022, o índice não marcou nenhuma queda e o cenário de inadimplentes apenas se agravou. Confira no gráfico abaixo os dados completos da evolução:
 

 
Ainda de acordo com o indicador, a quantidade de dívidas e o valor acumulado delas também registraram recordes históricos. Foram 45 milhões de débitos negativados no período, totalizando R$ 108 bilhões. Cada CPNJ no vermelho tinha cerca de 7 dívidas a pagar.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a melhora desse quadro de inadimplência das empresas depende de uma reação em cadeia. “Para que esse cenário mostre uma visão mais positiva é necessário que os consumidores consigam sair da inadimplência, aumentem seu poder de compra e comecem a honrar com seus compromissos financeiros, além de consumir mais. Esses dois fatores deverão contribuir para o fluxo de caixa dos negócios que, só então, conseguirão se organizar financeiramente”.

A análise por setor revelou que mais da metade das empresas inadimplentes atua no segmento de Serviços (53,5%). Em sequência está a parcela do Comércio (37,5%), Indústria (7,7%), setor Primário (0,8%) e Outros (0,4%).

Outro recorte mostrou em quais segmentos os empreendimentos inadimplentes mais adquiriram suas dívidas. O destaque ficou para a categoria “Outros”, que engloba em sua maioria Indústrias, além de empresas do terceiro setor e do agronegócio. Os débitos também mostram alto nível de aquisição na área de Serviços e Bancos e Cartões. Veja no gráfico abaixo as informações na íntegra:
 

 
Maior número de inadimplentes – A avaliação por Unidade Federativa (UF) revelou que São Paulo tinha mais de 2 milhões de negócios com o nome no vermelho. Na comparação ano a ano (nov/21 x nov/22), o estado teve um aumento de mais de 185 mil empresas. Veja os dados completos por UF no gráfico a seguir:
 

 
Metodologia – O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas contempla a quantidade de empresas brasileiras que estão em situação inadimplência, ou seja, possuem pelo menos um compromisso vencido e não pago, apurado no último dia do mês de referência. O Indicador é segmentado por UF, porte e setor.

Serasa Experian – A Serasa Experian tem o compromisso de ajudar os empreendedores a manterem a saúde dos seus negócios sempre em dia com oferta de capacitação gratuita por meio dos conteúdos no blog oficial, além de ferramentas que ajudam no planejamento financeiro e inteligência de mercado. Desde a abertura da empresa até consulta de Score e das dívidas pelo CNPJ, tem sempre um produto perfeito para cada empreendimento. Clique aqui para acessar!

https://maranhaohoje.com/negocios/inadimplencia-tem-cenario-recorde-atingindo-64-milhoes-de-empresas-no-brasil-revela-serasa-experian/
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O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE caiu 0,8 ponto em dezembro, para 90,7 pontos, o menor nível desde abril de 2021 (89,6 pts.). Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 3,6 pontos. Com o resultado, o indicador registra uma queda acumulada de 10,8 pontos no quarto trimestre de 2022, após acumular 7,4 pontos nos três trimestres anteriores.

“A confiança empresarial se manteve em queda pelo terceiro mês consecutivo embora em menor intensidade que nos meses anteriores. A percepção sobre situação atual e perspectivas futuras se mantem em compasso de espera frente as decisões sobre a condução da política econômica do novo Governo. Apesar de uma percepção de melhora no setor industrial relacionada a uma ligeira recuperação de demanda e redução de estoques, a piora do setor de serviços foi o responsável por jogar a confiança para baixo em dezembro. A confiança das empresas melhora para mais de 50% dos segmentos pesquisados, mas isso não é suficiente para garantir sua sustentação nos próximos meses. O cenário de incerteza contribui para essa paralização no momento”, avalia Viviane Seda Bittencourt, Economista do FGV IBRE.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) e o Índice de Expectativas (IE-E) ficaram constantes no mês, em 95,2 e 87,9 pontos, respectivamente. Com o resultado, o ISA-E termina o ano 4,8 pontos abaixo do nível neutro de confiança de 100 pontos, enquanto o IE-E está 12,1 pontos inferior, se mantendo na faixa pessimista do indicador.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

Em dezembro, a confiança dos setores que integram o ICE caminhou para ambas as direções, com Serviços e Construção recuando, Indústria subindo e Comércio se mantendo constante. Todos os setores, exceto Indústria, apresentaram piora das avaliações correntes, enquanto as expectativas para os próximos meses variaram em direções distintas, mas em menor ritmo.

Em dezembro, a confiança empresarial subiu em 53% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma disseminação superior à observada no mês anterior.

https://portalibre.fgv.br

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As novas regras para o sistema de pagamentos instantâneos PIX, anunciadas pelo Banco Central em dezembro, passam a valer a partir desta segunda (2).

As mudanças alteram limites de valor para as transações e flexibilizam o horário noturno. Leia mais abaixo:
 
BC altera regras do PIX; entenda o que muda — Foto: g1
 
Pelas novas regras, os bancos não são mais obrigados a impor um limite de valor por transação, e são obrigados apenas a determinar um limite por período de tempo. Assim, quem tem um limite diário de R$ 3 mil, por exemplo, pode usar tudo em uma só transação.

As regras para que os clientes peçam alterações no limite seguem as mesmas:

- se o cliente pedir uma redução, o banco deve reduzir imediatamente;

- se o pedido for para aumentar, ele deve ser autorizado entre 24h e 48h.

Quando o usuário for pessoa jurídica, os parâmetros para definir os limites de transações passam a ficar a critério dos bancos. A base para definir os limites quando o PIX for usado para uma compra passa a ser o limite que o mesmo cliente tem no TED, e não mais no cartão de débito.

Horário noturno

Outra alteração foi relacionada ao horário noturno: passa a ser opcional aos bancos oferecer a customização do horário noturno diferenciado, para o qual o cliente pode solicitar um limite menor para suas transações.

Normalmente, o horário noturno é entre 20h e 6h, mas os bancos poderão oferecer aos clientes a possibilidade de mudar esse horário para entre 22h e 6h.

PIX Saque e PIX Troco

Outra novidade é o aumento do valor limite para retirada de dinheiro pelo PIX Saque e pelo PIX Troco.

- O limite durante o dia passa de R$ 500 para R$ 3 mil

- Durante a noite, passa de R$ 100 para R$ 1 mil

Por que as mudanças aconteceram?

Segundo o BC, as regras foram alteradas para facilitar o recebimento de recursos por correspondentes bancários, a exemplo do que já acontece nas lotéricas, e viabilizar o pagamento de salários, aposentadorias e pensões pelo Tesouro Nacional por meio do sistema.

Quando as alterações passam a valer?

As novas regras passam a valer a partir de 2 de janeiro de 2023, com exceção dos ajustes feitos na gestão dos limites para os clientes por meio dos canais digitais – que, nesse caso, valem a partir de 3 de julho do ano que vem.

https://g1.globo.com/economia
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O investidor pessoa física brasileiro ganhou mais um tipo de investimento como opção na categoria de renda fixa, com rentabilidades rondando os 120% do CDI. Você ainda ouvirá muito sobre os FIDCs em 2023.

Os FIDCs (pronuncia-se “fidíques”, como uma palavra, e não uma sigla) fazem parte da categoria de renda fixa e são um tipo de fundo de crédito estruturado que, desde a sua criação em 2001, estavam restritos aos investidores qualificados e profissionais, pessoas que já têm milhões investidos na Bolsa de Valores.

No entanto, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), entidade reguladora do mercado de capitais brasileiro, anunciou na última sexta-feira (23) uma revisão normativa que, entre outras mudanças à indústria de fundos, autoriza o investimento pelo público em geral nos FIDCs.

Parentes das debêntures, os FIDCs aplicam em títulos de créditos a receber de uma empresa, explica Ricardo Binelli, sócio-diretor da Solis Investimentos, gestora de recursos especializada em FIDCs.

Funciona assim: para obter crédito e financiar as suas atividades, uma empresa pode converter os seus recebíveis em títulos, que são repassados a um fundo de investimento por meio de securitização.

Dessa forma, de um lado, as empresas têm uma alternativa de financiamento, em um contexto de juros elevados dificultando o crédito por vias bancárias convencionais, e, de outro, os investidores têm mais uma opção para investir na categoria de crédito.

Como incluir o FIDC na carteira

A rentabilidade, o grau de proteção e a volatilidade relativamente baixa do FIDC o tornam um instrumento atrativo em comparação a outros investimentos em renda fixa ou até mesmo em outras classes de ativo de maior risco.

“Os FIDCs ganham ainda mais atratividade em tempos de juros altos e alta incerteza nos mercados, como um componente agregador de rentabilidade às carteiras de renda fixa, sem perder o benefício de proteção ao patrimônio, devido à sua baixa volatilidade”, destaca o gestor.

Como incluir o FIDC na carteira

A rentabilidade, o grau de proteção e a volatilidade relativamente baixa do FIDC o tornam um instrumento atrativo em comparação a outros investimentos em renda fixa ou até mesmo em outras classes de ativo de maior risco.

“Os FIDCs ganham ainda mais atratividade em tempos de juros altos e alta incerteza nos mercados, como um componente agregador de rentabilidade às carteiras de renda fixa, sem perder o benefício de proteção ao patrimônio, devido à sua baixa volatilidade”, destaca o gestor.

A XP Investimentos explica que, apesar de o FIDC ser caracterizado como um investimento de renda fixa, a rentabilidade do FIDC pode se mostrar bastante atrativa.

Isso acontece por conta da divisão das cotas. No caso da cota sênior, se a rentabilidade do fundo for inferior que a prevista, ele é pago primeiro e de acordo com a remuneração prefixada.

No caso da cota subordinada, como o investidor assume mais risco por só receber quando todos os cotistas sêniores receberem, ele também está sujeito a uma rentabilidade mais vantajosa.

Existe ainda a hipótese de que o FIDC tenha uma rentabilidade maior do que a prevista na hora da compra, o que representa uma boa notícia para os cotistas subordinados.

Existem ao menos quatro formas de remuneração para os FIDCs:

- % do CDI, preferível em tendência de aumento de juros;

- CDI + spread; preferível em tendência de queda de juros;

- Índices de preços (ex.: IGP-M, IPCA), preferível para investidores de longo prazo, que buscam preservação de patrimônio;

- Taxa prefixada, preferível após ciclo de alta de juros.

Como começar a investir

Vale ter em mente que os FIDCs são instrumentos com um grau de especificidade maior, adverte o gestor da Solis Investimentos, que aconselha o investidor iniciante a procurar um gestor especializado e qualificado para uma orientação mais personalizada e de acordo com os objetivos do investidor.

“Cada FIDC é um FIDC, com características, riscos e mecanismos de proteção distintos. Também, uma parcela importante dos FIDCs são fundos fechados, isto é, não permitem resgate”, explica Binelli.

Como os FIDCs têm sido ofertados apenas para investidores qualificados e profissionais, ainda não existe muito conteúdo de orientação ou relatórios de análise sobre essa classe de fundos. Ou seja, para um público menos especializado, não é trivial formar uma opinião sobre um FIDC.

Por isso, o especialista orienta que, para aqueles que quiserem começar a investir nesse instrumento, o movimento mais seguro nesse primeiro momento é através de um fundo com foco em FIDCs, e não alocar diretamente em um FIDC.

https://www.moneytimes.com.br

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As micro, pequenas e médias empresas assumem, a cada dia, um papel relevante na economia brasileira. Segundo dados do Sebrae, há 8,9 milhões delas no país, que são responsáveis por 52% da geração total de empregos e respondem por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

No entanto, ainda carecem de crédito. Mas há boas notícias no front. Em linha com as diretrizes já expressas pelo futuro presidente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avançou na estratégia de acesso aos recursos por estas companhias. Lançou um produto no qual vai também assumir o risco, junto às grandes empresas parceiras, ao usar os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) como fonte de empréstimos às cadeias produtivas.

Os FIDCs são fundos que têm em suas carteiras créditos de empresas, como duplicatas, cheques, aluguéis ou valores que foram parcelados no cartão de crédito. Essas dívidas são convertidas em títulos e vendidas a terceiros.

Segundo o BNDES, já foi estruturado um primeiro fundo-piloto, e a previsão do banco é que ao menos mais três sejam montados até o fim deste ano. No total, serão R$ 400 milhões disponíveis para este universo empresarial em 2022.

Como a remuneração do FIDC é resultado dos juros de sua carteira, ele é considerado um investimento em renda fixa. O FIDC funciona como um fundo de investimento tradicional, que reúne recursos financeiros de diversos investidores para uma aplicação em conjunto. Para fazer isso, existe a figura do administrador (uma instituição financeira), que capta os recursos dos investidores por meio de cotas.

Todo FIDC precisa ter um regulamento que explica sua política de investimento. Em suma, em que ativos aplica, se os riscos estão bem distribuídos, tanto os de crédito, como os do mercado em que a empresa atua e até o cenário macroeconômico. Por isso, é imprescindível ler todo o prospecto e, o ideal, procurar um especialista para explicar os jargões, muitas vezes difíceis mesmo.

Aqui entra a Laqus com sua expertise. A empresa tem o objetivo de suprir a carência do mundo corporativo a respeito de um serviço especializado e de excelência. Fornece um ecossistema da infraestrutura do mercado, para quem ainda se financia por meio dos FIDCs, por exemplo, e quer começar a fazê-lo.

Mas há ainda uma outra boa nova, com um sabor de “quero mais”. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai mudar o marco regulatório dos fundos, FIDCs incluídos, o que deve sair entre o fim deste ano e o primeiro trimestre de 2023. A ideia é democratizar o acesso a este tipo de investimento.

Isso porque, hoje, só podem investir neste fundo investidores classificados como profissionais. São aqueles com certificação da CVM para registro de agentes autônomos; consultores de valores mobiliários; analistas ou administradores de carteira; Clubes de Investimento que sejam geridos pelos chamados investidores qualificados (ter ao menos R$ 1 milhão em investimentos).

O novo marco prevê que poderá haver a distribuição ao chamado público de varejo, o investidor que não tenha R$ 1 milhão. Vai atrair, espera-se, milhares de pessoas que possuem menos recursos, mas veem vantagens na diversificação e na rentabilidade dos FIDCs.

https://www.suno.com.br/noticias/colunas/rodrigo-amato/bndes-usa-fdic-para-reforcar-credito-a-pequenas-empresas/

 

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Pessoa jurídica - Desconto de duplicata

Classificadas por ordem crescente de taxa

Período: 
23/11/2022 a 29/11/2022

Modalidade: Pessoa jurídica - Desconto de duplicatas

Tipo de encargo: Pré-fixado
 

  Taxas de juros
Posição Instituição % a.m. % a.a.
1 PICPAY BANK - BANCO MÚLTIPLO S.A 0,00 0,00
2 DAYCOVAL LEASING - BCO MÚLTIPLO S.A. 0,00 0,00
3 BCO DE LAGE LANDEN BRASIL S.A. 1,11 14,16
4 BCO J.P. MORGAN S.A. 1,13 14,47
5 ICBC DO BRASIL BM S.A. 1,14 14,59
6 BOFA MERRILL LYNCH BM S.A. 1,22 15,63
7 BCO CITIBANK S.A. 1,22 15,65
8 BCO VOTORANTIM S.A. 1,23 15,79
9 BCO MERCEDES-BENZ S.A. 1,23 15,83
10 BCO VOLKSWAGEN S.A 1,28 16,51
11 BANCO BTG PACTUAL S.A. 1,34 17,26
12 BCO SAFRA S.A. 1,38 17,83
13 BCO BNP PARIBAS BRASIL S A 1,41 18,23
14 BCO BRADESCO S.A. 1,41 18,24
15 BANCO INTER 1,43 18,62
16 BCO SANTANDER (BRASIL) S.A. 1,45 18,81
17 BANCO CNH INDUSTRIAL CAPITAL S.A 1,45 18,89
18 BCO YAMAHA MOTOR S.A. 1,50 19,56
19 BCO DO BRASIL S.A. 1,54 20,15
20 BCO DAYCOVAL S.A 1,58 20,70
21 BCO INDUSTRIAL DO BRASIL S.A. 1,67 21,94
22 ITAÚ UNIBANCO S.A. 1,70 22,35
23 BCO BMG S.A. 1,83 24,31
24 BCO RNX S.A. 1,86 24,70
25 BCO FIBRA S.A. 1,86 24,80
26 BCO ABC BRASIL S.A. 1,92 25,58
27 BANCO RANDON S.A. 1,96 26,26
28 BCO RENDIMENTO S.A. 2,03 27,21
29 BCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 2,05 27,55
30 CAIXA ECONOMICA FEDERAL 2,09 28,15
31 BCO GUANABARA S.A. 2,10 28,28
32 BCO DO ESTADO DO RS S.A. 2,17 29,31
33 PEFISA S.A. - C.F.I. 2,17 29,41
34 BCO SOFISA S.A. 2,17 29,45
35 OMNI BANCO S.A. 2,21 30,01
36 GAZINCRED S.A. SCFI 2,25 30,59
37 BCO BANESTES S.A. 2,28 31,01
38 BCO BS2 S.A. 2,29 31,15
39 BANCO ORIGINAL 2,29 31,27
40 LEBES FINANCEIRA CFI SA 2,32 31,71
41 BANCO MONEO S.A. 2,42 33,19
42 AL5 S.A. CFI 2,57 35,59
43 BCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. 2,93 41,42
44 GOLCRED S/A - CFI 2,94 41,65
45 HS FINANCEIRA 2,95 41,72
46 DUFRIO CFI S.A. 2,96 41,84
47 BCO CREFISA S.A. 3,03 43,12
48 BCO TRIANGULO S.A. 3,07 43,77
49 SANTINVEST S.A. - CFI 3,13 44,73
50 BCO LUSO BRASILEIRO S.A. 3,56 52,19
51 FINAMAX S.A. CFI 3,67 54,11
52 SF3 CFI S.A. 3,78 56,07
53 BCO DIGIMAIS S.A. 4,22 64,13
54 VIA CERTA FINANCIADORA S.A. - CFI 5,02 80,01
55 BANCO DIGIO 6,19 105,54


Fonte: Banco Central do Brasil

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Por Luciana Neto

Segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Natal de 2022 deverá movimentar R$ 65 bilhões. Confirmada essa expectativa, o setor terá o primeiro aumento real de vendas (1,2% no faturamento, descontada a inflação) após dois anos de perdas na sua principal data comemorativa, sem, no entanto, igualar o volume de vendas de 2019, que foi de R$ 67,5 bilhões.

Conforme o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a perspectiva positiva para este ano decorre da normalização do fluxo de consumidores alcançada na virada do primeiro para o segundo semestre de 2022. “Contribuem ainda a evolução favorável do nível de ocupação no mercado de trabalho e a desaceleração da inflação”, aponta Tadros. A inflação deve encerrar o ano abaixo de 6,5%, 3,5 pontos percentuais menor que o verificado no acumulado de 12 meses, em dezembro do ano passado.

Por outro lado, o presidente da CNC indica que o encarecimento do crédito e o comprometimento da renda média com dívidas devem frear a expansão das vendas neste ano. De acordo com dados do Banco Central, a taxa média de juros praticados nas operações de crédito livres destinadas às pessoas físicas está no maior patamar desde o primeiro trimestre de 2018. Adicionalmente, o comprometimento da renda média atingiu 28,71% no fim do terceiro trimestre, o maior patamar da série histórica disponibilizada pela própria autoridade monetária, iniciada em 2005.

Natal dos hiper e supermercados

O ramo de hiper e supermercados deverá ser o de maior movimentação financeira no Natal deste ano, respondendo por 38,6% (R$ 25,12 bilhões) do volume total. Em seguida, estão as lojas de roupas, calçados e acessórios (33,9% do total ou R$ 22 bilhões) e os estabelecimentos especializados em artigos de uso pessoal e doméstico (12,6% ou R$ 8,19 bilhões).

Conforme o economista da CNC responsável pela apuração, Fabio Bentes, o destaque se justifica pela relevância do comércio de alimentos no âmbito do faturamento anual do varejo brasileiro – e por ser, historicamente, o principal responsável pela geração de receitas do setor. Já no que diz respeito ao ramo de roupas, calçados e acessórios, o impacto da data é maior. Em média, as vendas no varejo crescem 25%, na passagem de novembro para dezembro – o percentual sobe para 80% no caso da venda de roupas e acessórios.

Regionalmente, São Paulo (R$ 22,19 bilhões), Minas Gerais (R$ 5,59 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 5,56 bilhões) concentrarão 51,3% da movimentação financeira prevista. Distrito Federal e Rio Grande do Sul são os Estados com as maiores projeções de avanço nas vendas, na data (altas de 6,8% e 6,2%, respectivamente).

Variação do câmbio favoreceu importações

Apesar da desvalorização recente, a taxa de câmbio do dólar, no trimestre compreendido entre setembro e novembro de 2021 e no mesmo período deste ano, recuou, em média, 4,5%. “Esse comportamento do câmbio, no contexto de reajustes expressivos dos preços praticados pela indústria nacional, fomentou a importação de produtos mais demandados nesta época do ano”, indica Fabio Bentes.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do governo federal, as importações de produtos tipicamente natalinos cresceram 8% entre setembro e novembro de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado e atingiram US$ 468,9 milhões. Esse é o maior volume desde 2014, quando o valor chegou a US$ 487,9 milhões. As maiores altas de compras do exterior em relação ao Natal passado foram de itens de perfumaria, com crescimento do volume financeiro de 167%, e de oleaginosas (como nozes, avelãs e castanhas), com aumento de 35%.

Aumento de 1,8% na criação de vagas temporárias

A expectativa da CNC é que sejam criadas 98,8 mil vagas temporárias para o Natal de 2022 – contingente 1,8% maior do que as contratações para a mesma data no ano passado e 48% acima dos empregos criados no atípico Natal de 2020. A projeção anterior da Confederação apontava a geração de 109,6 mil vagas temporárias de fim de ano no varejo.

Mais de 40 mil postos – 43% do total – serão abertos por hiper e supermercados. As lojas de roupas, calçados e acessórios devem ser responsáveis por 22 mil vagas, o que representa 23% do total, e os locais especializados na venda de artigos de uso pessoal e doméstico criarão cerca de 13 mil – 14% da oferta. A maior parte das vagas será oferecida em São Paulo (26 mil), Minas Gerais (11 mil), Paraná (8 mil) e Rio de Janeiro (7 mil).

“A manutenção dos juros básicos da economia em patamar elevado por mais tempo tenderá a desfavorecer a aceleração das vendas no início de 2023; isso deve reduzir o dinamismo do mercado de trabalho no setor”, analisa o economista Fabio Bentes. Nesse sentido, a taxa de efetivação de temporários, anteriormente prevista em 11,3%, deve acompanhar essa tendência e passar a 9,1% no universo de temporários.

Fonte: CNC

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por Janize Colaço

Chegou ao fim a recuperação judicial da Oi (OIBR3). Nesta quarta-feira (14), a 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou o fim do processo. De acordo com o juiz Fernando Viana, todas as obrigações foram cumpridas pela empresa de telecomunicação. A empresa entrou em recuperação judicial em 2016 com dívidas de R$ 65 bilhões e 55 mil credores.

Segundo a decisão sobre a recuperação judicial da Oi, foi determinada a prestação de contas da gestão da Administrador Judicial da Oi no prazo de 30 dias. Além disso, a apresentação deverá ser feita no prazo de 90 dias no quadro geral de credores “rerratificado”.

“Com o encerramento da recuperação judicial, e composição de seu bilionário endividamento, a gigante de telecom nacional ingressa hoje em sua nova fase, focada em modernos serviços digitais, com perspectiva de ser importante gerador de caixa e de empregos, de relevante atuação social – situação diametralmente oposta quando do ingresso da recuperação, quando a dívida acumulou o vertiginoso patamar de R$ 65 bilhões”, escreveu Viana na decisão judicial sobre a Oi.

Credores da Oi

Apesar do fim da recuperação judicial, informou o juiz, credores não pagos ao longo do processo poderão continuar a recorrer aos direitos. “[O encerramento da recuperação judicial] não importa em qualquer prejuízo à apreciação de postulações de direito material e processual formuladas por credores concursais [preferenciais] ou não, e por terceiros, e não decididas no curso do processo”, destacou o magistrado.

Resultado da fusão entre a Oi e a Brasil Telecom, a Oi entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro em junho de 2016. Na época, as renegociações com os credores da Oi para reestruturar os débitos haviam fracassado.

Seis anos depois, a dívida bruta da Oi caiu quase três vezes e somava R$ 21,92 bilhões em setembro deste ano. Em dezembro de 2017, os credores aprovaram o plano de recuperação judicial, que reduziu os passivos em 40% por meio da conversão das dívidas em participação acionária na companhia.

Leilões

Em setembro de 2020, a Assembleia Geral de Credores aprovou a inclusão da venda de ativos da Oi no plano de recuperação judicial. Em dezembro do mesmo ano, a venda da Oi Móvel, subsidiária de telefonia celular, gerou R$ 16,5 bilhões aos credores. Os ativos foram divididos entre as operadoras Vivo (VIVT3), Tim (TIMS3) e Claro de forma a preservar a concorrência. Quem tinha menos clientes levou mais para garantir o equilíbrio entre as empresas.

Em julho de 2021, a empresa de rede de fibra óptica criada pela Oi foi vendida a fundos de investimentos e a uma empresa de cabos submarinos por R$ 12,92 bilhões. Em agosto deste ano, a Oi vendeu cerca de 8 mil torres de telefonia fixa por R$ 1,697 bilhão.

Em novembro de 2020, a Oi fechou um acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU) e reduziu em 50% na dívida de R$ 14,3 bilhões de 198 multas aplicadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A dívida remanescente foi parcelada em até 84 meses.

A venda da Oi Móvel teve de ser analisada pela Anatel e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para verificar os efeitos sobre o mercado de telecomunicações. Em março deste ano, o Cade deu aval ao negócio, mas inseriu pontos no acordo, como a contratação de uma consultoria externa para monitorar o cumprimento do acordo.

Com 47,74 milhões de clientes em telefonia móvel e 5,7 milhões de clientes de banda larga fixa, a Oi chega ao fim do plano de recuperação judicial com menos clientes. Segundo a Anatel, no fim de outubro, a companhia tinha 5,08 milhões de assinantes do serviço de internet banda larga fixa.

A Oi deu entrada no pedido de recuperação judicial em 20 de junho de 2016. Na ocasião, as negociações com 55 mil credores fracassaram e as dívidas da empresa somavam R$ 65,38 bilhões — uma das maiores da história do país. Nove dias depois, o pedido foi aceito pela Justiça do Rio de Janeiro.

plano de recuperação judicial da Oi foi aprovado por credores em dezembro de 2017. Nele, a companhia  projetou uma redução de 40% na dívida bruta com a conversão de passivos em participação acionária. Em pouco mais de seis anos de processo, a dívida teve uma redução acentuada: passou para R$ 21,92 bilhões com a venda de ativos.

Bancos escutam “não” da Justiça em processo de recuperação judicial da Oi

Banco do Brasil (BBAS3)Itaú Unibanco (ITUB4) e Caixa Econômica Federal levaram um “não” da Justiça no processo de recuperação judicial da Oi. Na última quinta (8), o juiz Fernando Viana, responsável pelo caso, rejeitou os argumentos das instituições financeiras, contrárias ao término desse período na companhia telefônica.

Credores da Oi, os bancos haviam pedido a prorrogação do processo de recuperação judicial da companhia. Queriam bloquear o valor recebido com a venda de ativos da Oi, para garantir o pagamento de dívidas da companhia.

O magistrado da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro argumentou que a alegação dos bancos de que a Oi estaria realizando um esvaziamento patrimonial é infundada, pois as vendas de ativos estão previstas no plano de recuperação judicial da companhia.

Além disso, na decisão publicada na quarta (7), o juiz destacou que, nos documentos da recuperação judicial, não existe a obrigação de que os valores das vendas desses ativos fossem reservados para o pagamento dos credores.

CEO da Oi abre o jogo sobre recuperação judicial

No dia 7, Rodrigo Abreu, CEO da Oi, defendeu que o fim da recuperação judicial “poderia ser decretado a qualquer momento” pelas autoridades.

“Do nosso ponto de vista, a gente cumpriu até hoje 100% das obrigações de recuperação. Então, do ponto de vista formal, o fim da recuperação judicial poderia ser decretado a qualquer momento. A análise está na mão do juiz, a empresa continua entregando todos os compromissos de recuperação”, argumentou ele durante participação no podcast da Genial Investimentos.

Contudo, o executivo detalhou aos acionistas que a disputa pelo término do processo de recuperação judicial da OI contou com percalços adicionais nos últimos meses.

“O que acabou acontecendo ao longo dos dois últimos meses foi a disputa pelo ajuste de preço com os três compradores da Oi Móvel, um elemento que fazia parte do plano e obviamente ainda não foi recebido – está lá com depósito judicial. O juiz pediu para entender o que significa isso, se vai ser recebido ou não, demos todas as informações”, reforçou.

Cotação da Oi nesta quarta-feira

As ações da Oi fecharam em estabilidade nesta quarta-feira (14), negociadas a R$ 00,17. Nos últimos doze meses, o papel teve queda de 79,76%.

Fonte: suno.com.br

Com Agência Brasil

 

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por Erick Matheus Nery

A novela sobre a distribuição dos megadividendos da Petrobras (PETR4) ganhou um novo capítulo. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) negou a liminar que pedia a suspensão do pagamento desses proventos. O caso seguirá sendo analisado pela Justiça, agora na 27ª Vara Federal.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de quarta (14), a empresa informou ao mercado que o pedido liminar para a suspensão dos dividendos antecipados da Petrobras foi rejeitado pela Justiça no dia 28/11.

Antes, no dia 23/11, o TRF2 havia decidido que o caso deveria ser analisado na 27ª Vara Federal “enquanto não se conclui o julgamento do incidente de conflito negativo de competência”.

Os dividendos extraordinários da Petrobras estão calculados em R$ 43,68 bilhões. A petroleira aprovou o pagamento de dividendos de R$ 3,3489 por ações preferenciais e ordinárias em circulação, previstos para serem distribuídos em 20 de dezembro e 19 de janeiro de 2023.

Dividendos da Petrobras: Entenda o caso

Com a divulgação dos dividendos extraordinários da Petrobras, o Ministério Público tinha pedido para que o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendesse o pagamento antecipado desses recursos.

Em 17 de novembro, o ministro Augusto Nardes, do TCU, negou suspender cautelarmente a distribuição dos dividendos e pediu para que a petroleira e a CVM prestassem esclarecimentos.

Em 27 de novembro, a Petrobras enviou um comunicado à CVM no qual ressaltou que não contraia dívidas para pagar dividendos. Além da questão financeira, o imbróglio envolve temas políticos e sindicais.

Como a primeira parcela desses recursos conta com pagamento previsto para dezembro de 2020, essas verbas entrariam nos cofres do governo ainda na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o Estadão, o governo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediria o cancelamento da distribuição destes dividendos.

Do outro lado, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) pediu a suspensão do anúncio do plano estratégico da Petrorbas. Segundo a federação, os dividendos totais do ano devem chegar próximo à casa dos R$ 180 bilhões. Porém, os investimentos realizados pela empresa até junho deste ano ficaram na faixa de US$ 17 bilhões.

No comunicado enviado à CVM, a Petrobras assegurou que “o plano estratégico é autofinanciável e todos os investimentos previstos estão sendo realizados. Não há represamento de projetos por restrição orçamentária e todos os compromissos estão sendo cumpridos”.

“A dívida da companhia está em trajetória decrescente, com redução de US$ 5,3 bilhões em relação ao 3T21. Em 30 de setembro de 2022, a dívida bruta da companhia era de US$ 54,3 bilhões, incluindo os compromissos relacionados a arrendamentos mercantis, inferior ao nível de endividamento bruto ótimo de US$ 60 bilhões e ao limite estabelecido na política de US$ 65 bilhões”, detalhou a Petrobras.

Segundo o Status Invest, as ações da Petrobras fecharam o pregão de quarta (14) em queda de 7,93%, com os papéis operados a R$ 21,47.

Fonte: suno.com.br

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil está conseguindo mudar a sua imagem no exterior e que o governo tem feito todo um trabalho em prol disso. Segundo ele, o cenário de “guerra” externa no início da gestão de Jair Bolsonaro faz parte do passado e agora o País tem sido reconhecido pelos seus avanços sob as óticas monetária, fiscal e democrática.

“Ao contrário do que falam, o Brasil não está mal visto no exterior. O exterior está reconhecendo avanços do Brasil em fiscal, monetário e democracia e está impressionado com o Brasil”, disse Guedes a jornalistas, após encerrar sua agenda nas reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ele voltou a comparar a situação econômica do Brasil com os países desenvolvidos. Segundo Guedes, a história de que os emergentes reagiam depois e que tinham de aprender com as economias mais avançadas não é mais uma verdade. Como exemplo, o ministro tem reforçado que as expectativas de inflação para o Brasil têm sido revisadas para baixo e de crescimento para cima neste ano.

“O preconceito contra o Brasil está se dissolvendo”, afirmou, acrescentando que o Brasil abriu a sua economia enquanto o mundo estava com medo.

O ministro comentou ainda sobre acordos com a Índia e Indonésia para avançar na questão ambiental. Segundo ele, o objetivo é fazer com que os outros países paguem o Brasil por serviços ambientais, ou seja, por manter suas florestas de pé. “O mundo vai nos pagar pela manutenção desses bens públicos”, disse, alegando que ouros países desenvolvidos já demonstraram interesse nisso.

G20

Sobre sua participação no G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, o ministro contou que o foco da reunião foi a infraestrutura, finanças sustentáveis e impostos. Ele destacou ainda os pontos positivos da economia brasileira, na ocasião.

Já no café da manhã promovido pela Índia, a pauta predominante foi a inflação de alimentos e de energia, conforme Guedes. O ministro disse que o encontro foi uma espécie de troca informal de guarda. Isso porque a presidência do G20 está nas mãos da Indonésia e passará para a Índia no próximo ano.

O encontro teve a participação da alguns poucos países, entre oito e nove, de acordo com Guedes. Além do Brasil, os Estados Unidos, representado pela secretaria de Tesouro do país, Janet Yellen, e ainda nomes da Arábia Saudita e da Alemanha.

Guedes ainda teceu elogios à Índia e traçou um prognóstico positivo para o País. “O Brasil defende a Índia porque é democracia, com engrenagem que está funcionando bem, e um modelo ao mundo. A população da Índia será maior que a da China”, disse.

Argentina

Paulo Guedes também afirmou que a reunião bilateral que teve com o seu homólogo argentino, Sergio Massa, foi pedida pela Argentina, que solicitou ajuda do Brasil na obtenção de financiamentos. Ele negou que o assunto da reunião tenha sido a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e disse que, na verdade, a instituição deve ser central no apoio para que o país consiga o suporte financeiro que precisa para sair da atual crise.

Guedes afirmou que o Brasil já ajudou a Argentina com as negociações com o FMI. Na semana passada, o país chegou a um acordo com o organismo para mais um desembolso no valor de US$ 3,8 bilhões, elevando as cifras totais para cerca de US$ 17,5 bilhões.

“A inflação está disparando na Argentina e continua subindo com muita força”, disse o ministro brasileiro a jornalistas.

Guedes demonstrou ainda disposição em ajudar a Argentina apesar de o governo atual ser de esquerda. “A gestão da Argentina não é alinhada politicamente conosco, mas estarem bem é bom para a região. Não podemos nos deixar contaminar por guerra política, normal em democracia”, explicou.

Ao falar sobre os itens que interessavam ao Brasil na relação com o país vizinho, Guedes disse que a Argentina tem muito gás natural, o que pode beneficiar o País, que procura reindustrialização com energia barata. Ele citou ainda a possibilidade de facilitar exportações agrícolas com a Transperuana, o que encurtaria essas viagens em seis dias.

O ministro brasileiro voltou a defender ainda uma moeda única para a América Latina: o peso-real. Na previsão de Guedes, em 10 a 15 anos o mundo terá cinco ou seis moedas únicas. Por causa disso, a região poderia ter a sua própria, o que ajudaria economias que perderam as suas divisas por crises. “Podemos criar uma moeda continental e o Brasil seria a âncora da América Latina”, afirmou.

Plataforma para o BID

Guedes, reafirmou que não está pedindo apoio para o candidato do Brasil à presidência do BID, mas que tem conversado informalmente sobre a plataforma que o País defende para a instituição no âmbito das reuniões anuais do FMI.

Ele negou ainda que seja o nome que será indicado, mas não quis revelar quem seria o escolhido. Segundo Guedes, o Brasil deve indicar um candidato à presidência do BID entre dez e 15 dias. “Sou muito qualificado, mas não sou candidato à presidência do BID”, afirmou a jornalistas.

Guedes voltou a criticar a indicação de Maurício Claver-Carone, que foi demitido do cargo após um escândalo ético, para liderar a instituição. “A experiência de botar um americano na presidência do BID não foi boa”, disse.

Depois da demissão do antigo presidente, um processo foi aberto no mês passado para escolher um substituto para o cargo. O Brasil nunca deteve a presidência do BID. Guedes tem defendido que o candidato tem de ser qualificado e o mandato tem de ser de cinco anos, sem reeleição.

“Informalmente falo com pessoas influentes sobre nossa a plataforma para o BID. Eu não peço apoio”, afirmou.

Fonte: InfoMoney

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