As vendas subiram 6,4% neste ano na semana que antecede o Dia das Crianças, na comparação com o mesmo período em 2021, segundo a Serasa Experian.
Foi o melhor desempenho desde 2012, quando a alta foi de 7,7%.
Considerando-se apenas os dados da cidade de São Paulo, o crescimento foi um pouco menor (5,5%).
Para Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o desempenho do varejo na data é fruto de uma conjuntura econômica positiva
“O recuo da inflação, principalmente sobre os preços dos combustíveis e da energia elétrica, trouxe uma redução de custos capaz de incentivar o consumo”, afirma Rabi.
“Dessa forma, o comércio físico deve se fortalecer mais nos próximos meses, contando inclusive com o período sequencial de datas comemorativas que se aproxima junto ao final do ano”.
O volume dos serviços prestados no Brasil cresceu 0,7% entre os meses de julho e agosto, acumulando o quarto resultado mensal positivo seguido. No acumulado do ano, a alta atinge 8,4% e, em 12 meses, chega a 8,9%. Com esse resultado, o setor está 10,1% acima do patamar pré-pandemia e 0,9% abaixo do seu nível mais alto, que foi atingido em novembro de 2014. Frente a agosto de 2021, houve alta de 8%%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e foram divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os resultados vieram acima do esperado pelo mercado, pois o consenso Refinitiv estimava alta de 0,2% na comparação mensal e 6,9% na anual.
O avanço do volume de serviços em agosto foi acompanhado por três das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE, com destaque para outros serviços (+6,7%), que se recuperaram da queda de 5,0% no mês anterior, e informação e comunicação (+0,6%), que avança 1,8% nos últimos dois meses.
A outra expansão do mês foi dos serviços prestados às famílias (+1,0%), seu sexto crescimento seguido, período em que acumulou 10,7% de alta. Em sentido oposto, os transportes (-0,2%) exerceram a única influência negativa de agosto. Já os serviços profissionais, administrativos e complementares mostraram estabilidade no mês (0,0%).
A média móvel trimestral aponta alta de 1,0% no trimestre encerrado em agosto de 2022 ante o nível do mês anterior, mantendo o comportamento positivo desde agosto de 2020. Quatro das cinco atividades acompanharam o crescimento do índice global: transportes (+1,0%); serviços prestados às famílias (+0,7%); outros serviços (+0,7%); e informação e comunicação (+0,4%). Os serviços profissionais, administrativos e complementares mostraram ligeiro decréscimo neste mês (-0,1%).
Na comparação com agosto de 2021, a alta de 8% no volume do setor de serviços foi a 18ª taxa positiva seguida. Nessa comparação, quatro das cinco atividades tiveram alta e 63,9% dos 166 tipos de serviços investigados mostraram desempenho positivo.
O setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (+13,6%) deu a principal contribuição positiva, impulsionado pelo aumento de receita das empresas de transporte rodoviário de cargas, rodoviário coletivo de passageiros, aéreo de passageiros, ferroviário de cargas, gestão de portos e terminais, transporte por navegação interior de carga e navegação de apoio marítimo e portuário.
Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (+7,3%); dos serviços prestados às famílias (+22,0%) e de informação e comunicação (+2,9%).
A única taxa negativa do mês nessa comparação anual foi de outros serviços (-2,4%), pressionado pela menor receita das atividades de administração de fundos por contrato ou comissão, recuperação de materiais plásticos, atividades de pós-colheita e consultoria em investimentos financeiros.
No acumulado do ano, a expansão de 8,4% foi puxada por quatro das cinco atividades pesquisadas com taxas positivas em 66,9% dos 166 tipos de serviços investigados.
A contribuição positiva mais importante nessa comparação veio dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (+13,8%). Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (+32,2%), profissionais, administrativos e complementares (+7,7%) e de informação e comunicação (+2,8%). A única taxa negativa foi de outros serviços (-5,0%).
Houve altas em 18 das 27 unidades da Federação, na comparação com o mês imediatamente anterior. Os impactos positivos mais importantes vieram de São Paulo (+1,6%), Distrito Federal (+5,0%), Minas Gerais (+1,0%) e Rio de Janeiro (+0,5%). As principais influências negativas vieram do Paraná (-7,1%), Goiás (-3,4%) e Rio Grande do Sul (-1,1%).
Fonye: InfoMoney
A Agência Nacional de Petróleo Biocombustíveis e Gás Natural (ANP) informou que o preço da gasolina comum teve uma queda de 0,4% nas bombas, passando de R$ 4,81 para R$ 4,79 nesta semana.
Com isso, o preço da gasolina tem sua 15ª semana seguida de baixa. O levantamento da ANP considerou a variação no valor do combustível entre os dias 2 e 8 de outubro.
O pico no valor da gasolina era de R$ 7,39 na penúltima semana de junho, e assim, acumula até então uma queda de 35%. Essa movimentação de baixa nos preços se iniciou em 24 de junho, com a inserção de uma lei governamental que limitaria o ICMS nos combustíveis a 17%.
A partir de então, a própria Petrobras realizou quatro ajustes para baixo no preço da gasolina nas refinarias, entre os meses de julho e setembro, o que fez com que o valor do combustível continuasse caindo nas bombas.
Após isso, a Petrobras não baixou mais o preço da gasolina nas refinarias, o que fez com que, embora os valores continuassem em queda, essas variações negativas ficassem mais brandas.
O cenário mais provável no curto prazo é que o preço da gasolina se consolide e se mantenha próximo a estabilidade para o consumidor, já que o preço de paridade internacional aumentou, embora a Petrobras ainda não tenha feito o reajuste para cima.
Antes deste período de forte queda no preço do combustível, a gasolina apresentava uma alta acumulada de 70,6%, considerando como ponto de partida na análise o momento em que Jair Bolsonaro (PL) assumiu a presidência da república.
A ANP informou que o preço do diesel S10 nos postos do Brasil também caíram na semana, em 0,9%, passando de R$ 6,67 para R$ 6,73. Essa queda se deve ao fato da Petrobras ter reduzido o valor do combustível nas refinarias no dia 20 de setembro em 5,7%, equivalendo a uma baixa de R$ 0,30 por litro.
O preço do diesel nos postos brasileiros acumula 14 semanas de quedas consecutivas, indo de R$ 7,68 para R$ 6,67 por litro nesse período, contado a partir da imposição do teto do ICMS no dia 24 de junho.
Enquanto isso, o preço do gás de cozinha (GLP) chegou a R$ 110,62 o botijão de 13 quilos, frente aos R$ 112,13 registrados na semana anterior, o que corresponde a uma queda de 1,3%.
Nos dias 13 e 22 de setembro, a Petrobras realizou reduções no preço do botijão de gás nas refinarias, o que fez com que o valor também ficasse mais barato ao consumidor final nesta semana. Apesar disso, a semana anterior foi marcada por alta nos preços de varejo.
A queda no preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha é um dos fatores determinantes para que as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficassem novamente negativas em setembro, segundo informações do boletim Focus, de modo que o Brasil pode ter deflação pelo terceiro mês consecutivo.
Fonte: www.suno.com.br
O recuo da inflação em setembro trouxe uma surpresa para os investidores da aplicação financeira mais tradicional do país. Pela primeira vez em dois anos, a caderneta de poupança deixou de perder da inflação.
Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou negativo em 0,29%, conforme divulgou ontem (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, a inflação oficial acumula 7,17%, número levemente inferior ao rendimento da poupança no mesmo período.
De acordo com a Calculadora do Cidadão, disponível na página do Banco Central (BC) na internet, uma aplicação na caderneta de poupança rendeu 7,27% em 12 meses. O valor considera uma aplicação feita em 11 de outubro do ano passado e que não foi mexida até ontem.
De março de 2021 a agosto deste ano, o BC elevou a taxa Selic (juros básicos da economia) de 2% para 13,75% ao ano. O IPCA, que até julho deste ano superava os dois dígitos no acumulado em 12 meses, recuou após três deflações consecutivas provocadas principalmente pelo corte de impostos em combustíveis, energia, telecomunicações e transporte coletivo. Esses dois fatores aos poucos reverteram a perda da poupança para a inflação.
Atualmente, a poupança rende 6,17% ao ano mais a Taxa Referencial (TR). Essa regra vale quando a taxa Selic está acima de 8,5% ao ano, o que ocorre desde dezembro do ano passado. Quando os juros básicos estão abaixo desse nível, a poupança rende 70% da Selic.
Nos próximos meses, a poupança continuará a ganhar da inflação. Na última edição do boletim Focus, pesquisa semanal com investidores divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado previam que o IPCA deve fechar 2022 em 5,71%. Como o boletim Focus também prevê que a Selic encerrará 2022 em 13,75% ao ano, a caderneta continuará rendendo em torno de 7,5% no acumulado de 12 meses.
A melhoria do rendimento deve ajudar a conter a fuga recorde de recursos da poupança observada este ano. De janeiro a setembro, os brasileiros sacaram da aplicação financeira R$ 91,07 bilhões a mais do que depositaram. Somente no mês passado, a retirada líquida (diferença entre depósitos e saques) chegou a R$ 5,9 bilhões.
(Com informações de Agência Brasil)
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) cresceu 2,4 pontos na passagem de agosto para setembro, a 101,8 pontos, maior nível desde janeiro de 2019, informou nesta quinta-feira (29) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador subiu 1,3 ponto.
Segundo Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), a confiança do comércio subiu pelo segundo mês consecutivo.
“A diferença entre agosto e setembro está na composição do resultado. Enquanto no mês anterior, a alta foi totalmente influenciada pelas expectativas, nesse mês houve recuperação nos indicadores que medem a percepção sobre o momento presente”, disse.
“A continuidade dessa trajetória positiva ainda é incerta no médio e longo prazo porque depende também da continuidade de melhora do ambiente macroeconômico”, avaliou Tobler, em nota
Em setembro, houve melhora na confiança em cinco dos seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 1,5 ponto, para 105,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) aumentou 3,4 pontos, para 97,9 pontos.
“Com o resultado positivo de setembro, a confiança do comércio encerra o terceiro trimestre em alta. A melhora no trimestre foi mais influenciada por uma recuperação das expectativas, que vêm oscilando nos últimos trimestres.
Pelo lado da percepção atual, também houve melhora, mas com desaceleração em relação ao trimestre anterior, onde houve forte impacto da reabertura das atividades presenciais com a melhora dos números da pandemia”, apontou a FGV.
O Índice de Confiança do Comércio cresceu 6,4 pontos no terceiro trimestre, após alta de 6,1 pontos no segundo trimestre. O Índice de Situação Atual teve elevação de 4,3 pontos no terceiro trimestre, após o salto de 18,8 pontos no segundo trimestre, enquanto o Índice de Expectativas aumentou 8,1 pontos no terceiro trimestre, depois de uma queda de 6,7 pontos no segundo trimestre.
A Sondagem do Comércio de setembro coletou informações de 777 empresas entre os dias 1º e 27 do mês.
Por Estadão Conteúdo
O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 3,5 pontos porcentuais de julho para agosto, de 394,9% para 398,4% ao ano, informou na quarta-feira (28) o Banco Central. No caso do parcelado do cartão de crédito, a taxa passou de 181,7% para 185,9% ao ano.
O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades financeiras. Ele é cobrado quando a pessoa paga menos que o valor integral da fatura do cartão e parcela o restante.
Desde abril de 2017 os bancos são obrigados a transferir, após um mês, a dívida do rotativo para o parcelado. A intenção da regra era permitir que a taxa de juros do rotativo recuasse, já que o risco de inadimplência em tese cairia com a migração para o parcelado.
Mas nos últimos 12 meses o juro médio do rotativo já subiu 62,9 pontos percentuais (para os atuais 398,4% ao ano), contra 22,3 p.p. do parcelado (para 185,9% ao ano). As taxas do cheque especial subiram 1,2 p.p. no mês e 3,5 p.p. em 12 meses (para 128,6% ao ano).
A alta dos juros bancários ocorre no momento em que a taxa básica de juros da economia (a Selic) está em seu maior nível desde janeiro de 2017 (13,75% ao ano). Mas o ciclo de alta “intenso e tempestivo” da Selic parece ter chegado ao fim.
A Selic foi mantida em 13,75% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, após 12 altas consecutivas. O ciclo de aperto monetário começou em março de 2021, quando a taxa básica de juros estava em 2% ao ano, para tentar conter a inflação (pois juros mais altos encarecem o crédito e diminuem a demanda).
Mesmo com a alta dos juros, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 5,067 trilhões em agosto, uma alta de 1,6% em relação a julho e de 16,8% em 12 meses. Com isso, o saldo do crédito chegou a 54,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Os juros do rotativo, do parcelado e do cheque especial fazem parte do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. O crédito direcionado tem regras definidas e é destinado basicamente aos setores habitacional, rural e de infraestrutura e ao microcrédito.
Contando todas as modalidades de empréstimo disponíveis, a taxa média de juros das concessões de crédito (livre e direcionado) teve leve queda em agosto (-0,7 p.p.), mas manteve a tendência de alta em 12 meses (+7,6 p.p), para 28,7% ao ano.
No crédito livre para as famílias, a taxa média de juros chegou a 53,9% ao ano (+0,5 p.p. no mês e +13,4 p.p. em 12 meses). Nas contratações com empresas, a taxa livre está atualmente em 22,8% ao ano (-0,6 p.p. e +6,6 p.p., respectivamente).
No crédito direcionado, o juro médio para pessoas físicas ficou em 10,6% ao ano em agosto (estável em relação a julho e uma alta de 3,5 pontos percentuais em 12 meses). Para empresas, a taxa caiu 6,3 pontos no mês e 1 ponto em 12 meses, para 9,1% ao ano.
Para as pessoas físicas, o juro médio do cartão de crédito foi de 87,3% ao ano (+2,1 p.p. no mês e +25,5 p.p. em 12 meses). No crédito pessoal não consignado as taxas caíram 1,1 p.p. em agosto, mas ainda sobem 5,5 p.p. em 12 meses (para 85,4% ao ano).
No crédito livre às empresas, a linha de capital de giro está em 22% ao ano (-1,5 p.p. no mês e +5,8 p.p. em 12 meses) e a de financiamento a importações, em 11,7% ao ano (-2,3 p.p. e +1,7 p.p., respetivamente).
O cheque especial para empresas atingiu 325,4% ao ano (+3,6 p.p. em agosto e -1,2 p.p. em 12 meses) e o juro médio cartão de crédito, 39,7% ao ano (-3,5 p.p. e +14,1 p.p., respectivamente).
O BC diz que a inadimplência (atrasos acima de 90 dias) tem se mantido estável há bastante tempo — com pequenas oscilações — e registrou 2,8% em agosto. Nas operações de crédito livre para pessoas físicas, ela está em 5,6% e, para pessoas jurídicas, em 1,8%.
O endividamento das famílias (relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses) chegou a 53,1% em julho, recorde da série histórica iniciada em janeiro de 2005. Isso ocorre devido o aumento das concessões de empréstimos (+0,3% no mês e +5,1% em 12 meses).
Excluindo-se o financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento das famílias ficou em 33,6%.
Já o comprometimento da renda (relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período) ficou em 28,6% em julho — também o recorde da série —, com crescimento de 0,5% no mês e de 3,8% em 12 meses.
Para esses dados há uma defasagem maior de divulgação, pois o Banco Central depende de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a renda das famílias. Por isso os dados são de julho.
(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
por Eduardo Vargas
A partir do próximo dia 6 de outubro, uma quinta-feira, serão mais cinco capitais brasileiras com o 5G ativado, completando o ciclo de início da operação da nova tecnologia em todas as capitais do País.
As capitais com o 5G serão:
A liberação para o 5G começará a rodar nos cinco municípios ainda será oficializada em encontro do grupo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que acompanha a limpeza de faixas para o funcionamento da tecnologia.
O conselheiro Moisés Moreira, que preside esse grupo, afirmou que irá convocar uma reunião para o próximo dia 4.
Inicialmente, todas essas cidades teriam o 5G ativado até 31 de julho.
A escassez de equipamentos que evitam interferências nas telecomunicações, no entanto, resultou num prazo adicional de 60 dias. Em agosto, o período foi mais uma vez estendido, com prazo final para ativação da tecnologia em 27 de novembro.
A data, no entanto, poderá ser antecipada caso as operadoras consigam concluir a instalação de antenas e de filtros antes desse prazo, e o Gaispi autorize a liberação do sinal.
Inicialmente, o 5G deveria estar disponível em todas as capitais até 31 de julho. A Anatel, no entanto, adiou o cronograma duas vezes, por causa do atraso na entrega dos filtros que evitam que o 5G interfira em serviços profissionais de satélite.
Os gargalos logísticos após a pandemia de covid-19 e a política de lockdowns do governo chinês adiaram a entrega dos equipamentos, importados na maior parte do país asiático.
Chamado de standalone ou SA, o 5G puro oferece velocidade dez vezes maior que o 4G, além de menor tempo de latência (atraso) na resposta a comandos dos usuários.
Para ter acesso à internet móvel do 5G puro, o usuário precisa ter um celular habilitado para a tecnologia. A maioria dos aparelhos mais novos já vêm habilitados. As operadoras não estão pedindo a troca de chip.
Também é preciso estar nos bairros cobertos pelo sinal do 5G, que inicialmente está funcionando em áreas escolhidas pelas companhias telefônicas.
Com a última decisão da Anatel, 22 capitais passaram a ter acesso ao 5G puro, incluindo todas as demais capitais afora o Norte – incluindo nessa fase.
O edital de licitação prevê a ativação de uma antena 5G para cada 100 mil habitantes. O número de estações subirá conforme o avanço da tecnologia.
No interior do país, o sinal 5G puro será gradualmente ativado até 2029, conforme o cronograma da Anatel.
Com informações da Agência Brasil e do Estadão Conteúdo
O reajuste médio das tarifas de energia elétrica no ano de 2023 deve ser praticamente o mesmo da inflação projetada pelo Banco Central – de 4,6% de IPCA.
Cálculos de consultorias especializadas no setor indicam que as tarifas da energia elétrica devem subir cerca de 5%, em média.
Os especialistas explicam que algumas medidas já adotadas neste ano continuarão a amenizar os efeitos aos consumidores, como a devolução integral de créditos tributários e novo aporte da Eletrobras (ELET3), além de uma redução nas tarifas da Itaipu Binacional.
As projeções correspondem a uma média Brasil, ou seja, os índices são diferentes para cada Estado, a depender da distribuidora que atua em cada localidade.
As tarifas de energia são reajustadas anualmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de acordo com o “aniversário” do contrato de cada concessionária.
O gerente de projetos da PSR, Mateus Cavaliere, explica que a devolução de créditos tributários de PIS/Cofins terá um efeito diferente para cada distribuidora.
“Algumas distribuidoras têm um saldo grande a ser distribuído e, provavelmente, terão um reajuste negativo”, analisa.
Em uma linha próxima, a Thymos Energia projeta que o reajuste médio deve ser de 4,8%. A head de regulação e tarifas da consultoria, Carolina Ferreira da Silva, explica que há alguns aumentos previstos, como o efeito da inflação.
Mas outros itens devem amortizar o impacto aos consumidores.
Além dos créditos tributários, a lei que permitiu a privatização da Eletrobras determinou repasses anuais da empresa na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o que ameniza o valor dos subsídios embutidos na conta de luz.
Há ainda uma previsão de avanço nas discussões sobre a revisão das tarifas de Itaipu Binacional, o que também deve afetar a energia elétrica.
Com Estadão Conteúdo
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgou os dados do indicador antecedente Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que registrou aumento de 1,4% em setembro. Seguindo a tendência de alta que vêm acontecendo desde janeiro de 2022, o ICF chegou aos 84,4 pontos.
A alta se deve, principalmente, aos dados de desemprego no Brasil, que estão menores e elevam o apetite de consumo da população. A pesquisa também registrou que 47% dos entrevistados espera melhoria profissional no próximo semestre.
A CNC detalhou que em todos os tópicos utilizados para o cálculo da Intenção de Consumo das Famílias houve crescimento na comparação com agosto. Confira abaixo:
O aumento também apareceu em seis, dos sete tópicos, quando comparado setembro deste ano com o mesmo período do ano passado.
Apesar do aumento na perspectiva de consumo, a CNC afirmar que o tópico foi elevado por “avanços nas condições de consumo, com renda, inflação e mercado de trabalho mais favoráveis”. Além disso, ressalta que o suporte financeiro oferecido às famílias de baixa renda é temporário e o tópico foi influenciado pelas famílias com renda acima de dez salários mínimos.
“As famílias estão otimistas em relação à sua manutenção nos empregos e têm boas expectativas quanto à sua situação profissional, o que deve levar a um cenário de ampliação do consumo nos próximos meses”, afirmou, em nota sobre o índice, o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
O pagamento do auxílio Brasil também influenciou na intenção de consumo das famílias de baixa renda. A melhora dos índices de emprego e salários ajudou a melhorar a expectativa do brasileiro, o que fez o índice subir em setembro.
Fonte: suno.com.br/noticias
Embora ainda pouco conhecida no mercado de capitais, a nota comercial começa a tornar-se uma das apostas dos Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs). No primeiro semestre deste ano, foram 14,2 bilhões de operações, segundo a Anbima.
Também conhecida como commercial paper, é um tipo de título privado de dívida, sem Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ela serve como uma promessa de pagamento por parte do emissor para o investidor, que é responsável por disponibilizar os recursos. Os FIDCs, por sua vez, utilizam-na como um instrumento para dar crédito à empresa.
Conversei, nos últimos meses, com alguns gestores de FIDCs, e eles me disseram que, como o instrumento foi regulamentado apenas recentemente – agosto de 2021 –, ainda há um desconhecimento muito grande sobre as potencialidades da nota comercial. E eu concordo: há um tempo de amadurecimento do mercado financeiro para assimilar as novidades, mas em tempos de grande fluxo informacional, não se pode perder tempo.
Inclusive, uma modalidade de nota comercial começou a ser operada: a conversível em quotas societárias. O que muda em relação à nota comercial comum é que há um contrato de investimento na forma de dívida conversível, no qual o investidor aporta dinheiro na empresa investida e recebe, em contrapartida, o direito a uma quota definida na participação societária da empresa, respeitando prazo e/ou condição.
Nesse modelo, é possível emprestar dinheiro para companhias que estão começando, como startups. O investidor fica de fora do quadro social da startup e figura como credor da empresa, tecnicamente. A operação estipula momentos no futuro em que o credor da dívida entrará para o quadro societário. A proteção do investidor é uma das vantagens do instrumento, pois ele não ingressa imediatamente na sociedade, adiando esse momento até que algumas etapas já tenham sido vencidas pela empresa. Ou seja, é possível entrar na empresa se ela estiver crescendo e performando bem.
Fato é que a nota comercial, há muito tempo utilizada no mercado de capitais norte-americano, começa a avançar em terras brasileiras. Prova disso é o interesse de FIDCs. Mas o potencial de uso pode ser muito maior. Por isso, quem trabalha junto ao mercado de capitais deve se informar sobre este potente instrumento.
https://www.suno.com.br/noticias/colunas/rodrigo-amato/notas-comerciais-entram-na-rota-de-fidcs/