Pessoa jurídica - Desconto de duplicata
Classificadas por ordem crescente de taxa
Período: 18/01/2023 a 24/01/2023
Modalidade: Pessoa jurídica - Desconto de duplicatas
Tipo de encargo: Pré-fixado
Taxas de juros | |||
Posição | Instituição | % a.m. | % a.a. |
1 | PICPAY BANK - BANCO MÚLTIPLO S.A | 0,00 | 0,00 |
2 | DAYCOVAL LEASING - BCO MÚLTIPLO S.A. | 0,00 | 0,00 |
3 | BCO J.P. MORGAN S.A. | 1,14 | 14,52 |
4 | ICBC DO BRASIL BM S.A. | 1,16 | 14,90 |
5 | BOFA MERRILL LYNCH BM S.A. | 1,19 | 15,22 |
6 | BCO CITIBANK S.A. | 1,20 | 15,34 |
7 | BCO VOTORANTIM S.A. | 1,23 | 15,79 |
8 | BCO MERCEDES-BENZ S.A. | 1,25 | 16,13 |
9 | BCO VOLKSWAGEN S.A | 1,26 | 16,19 |
10 | BANCO BTG PACTUAL S.A. | 1,33 | 17,17 |
11 | BANCO INTER | 1,38 | 17,90 |
12 | BCO SANTANDER (BRASIL) S.A. | 1,41 | 18,36 |
13 | BCO DO BRASIL S.A. | 1,49 | 19,45 |
14 | BCO YAMAHA MOTOR S.A. | 1,50 | 19,56 |
15 | BANCO CNH INDUSTRIAL CAPITAL S.A | 1,51 | 19,66 |
16 | BCO INDUSTRIAL DO BRASIL S.A. | 1,52 | 19,87 |
17 | BCO BRADESCO S.A. | 1,58 | 20,74 |
18 | BCO BNP PARIBAS BRASIL S A | 1,60 | 20,91 |
19 | M PAGAMENTOS S.A. CFI | 1,61 | 21,12 |
20 | BCO DAYCOVAL S.A | 1,65 | 21,64 |
21 | ITAÚ UNIBANCO S.A. | 1,74 | 23,07 |
22 | BCO SAFRA S.A. | 1,79 | 23,74 |
23 | BCO DO ESTADO DO RS S.A. | 1,83 | 24,30 |
24 | BCO FIBRA S.A. | 1,87 | 24,87 |
25 | ZEMA CFI S/A | 1,88 | 25,02 |
26 | BCO BS2 S.A. | 1,91 | 25,50 |
27 | BCO RENDIMENTO S.A. | 1,94 | 25,97 |
28 | PEFISA S.A. - C.F.I. | 2,12 | 28,58 |
29 | BCO BANESTES S.A. | 2,15 | 29,00 |
30 | CAIXA ECONOMICA FEDERAL | 2,15 | 29,05 |
31 | OMNI BANCO S.A. | 2,19 | 29,71 |
32 | BCO SOFISA S.A. | 2,24 | 30,47 |
33 | SANTINVEST S.A. - CFI | 2,30 | 31,33 |
34 | BANCO ORIGINAL | 2,30 | 31,40 |
35 | BCO ABC BRASIL S.A. | 2,31 | 31,58 |
36 | GAZINCRED S.A. SCFI | 2,36 | 32,29 |
37 | BCO RNX S.A. | 2,38 | 32,55 |
38 | BANCO MONEO S.A. | 2,42 | 33,20 |
39 | BCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. | 2,48 | 34,22 |
40 | BCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. | 2,88 | 40,61 |
41 | HS FINANCEIRA | 2,91 | 41,04 |
42 | DUFRIO CFI S.A. | 2,92 | 41,19 |
43 | BCO CREFISA S.A. | 3,06 | 43,64 |
44 | GOLCRED S/A - CFI | 3,07 | 43,78 |
45 | BCO TRIANGULO S.A. | 3,14 | 44,94 |
46 | BANCO RANDON S.A. | 3,35 | 48,53 |
47 | FINAMAX S.A. CFI | 3,59 | 52,65 |
48 | BCO LUSO BRASILEIRO S.A. | 3,59 | 52,73 |
49 | BRB - BCO DE BRASILIA S.A. | 3,98 | 59,65 |
50 | VIA CERTA FINANCIADORA S.A. - CFI | 4,06 | 61,26 |
51 | BCO DIGIMAIS S.A. | 4,10 | 61,93 |
52 | SF3 CFI S.A. | 4,27 | 65,21 |
53 | BANCO DIGIO | 7,27 | 132,17 |
Fonte: Banco Central do Brasil
Por Roberto de Lira
A política monetária mais restritiva, que já havia mostrado seus efeitos nos meses anteriores nos itens mais sensíveis ao crédito, chegou também em artigos mais ligados à renda em dezembro, dizem analistas e economistas. O volume de vendas no varejo apresentou queda de 2,6% no último mês do ano comparação com novembro, informou nesta manhã o IBGE.
Matheus Pizzani, da CM Capital, destacou que o comércio ainda fechou 2022 com resultado acumulado de +1%, mas mostrando muito mais vetores de baixa do que de alta. “O destaque no sentido negativo ficou por conta da inflação elevada, que principalmente no primeiro semestre do ano comprometeu o desempenho do indicador ao impedir um maior nível de consumo por parte da população”, comentou
Ele afirmou ainda que o preço elevado especialmente dos combustíveis acabou corroendo a renda e reduzindo as respectivas cestas de consumo da população. “Isto fica mais nítido quando analisamos os resultados de grupos como o de ‘Outros artigos de uso pessoal e doméstico’, que contempla itens de consumo com caráter mais supérfluo”, disse, lembrando que esse grupo fechou negativo em 8,4% em 2022, a primeira queda desde 2016.
Outro grupo destacado por Pizzani foi o de móveis e eletrodomésticos, que fechou o ano com queda de 6,7%, a segunda consecutiva (-7% em 2020). “Além do problema da renda, este grupo sofreu de maneira expressiva com os efeitos da política monetária restritiva, que afetam os juros utilizados no fornecimento de linhas de crédito”, explicou.
Para 2023, a CM Capital acredita que o setor vai seguir siga em seu movimento de desaceleração. Além dos efeitos negativos da política monetária sobre o consumo, existe o risco da reversão das medidas legislativas que contribuíram para um melhor resultado do grupo de combustíveis no ano passado.
O que pode compensar essa tendência é uma queda da inflação de alimentos, embora a queda de atividade esperada para o ano possa reverter o processo de queda do desemprego, com impactos no comércio.
Segundo análise de Gabriel Couto, do Santander, no geral, foi um desempenho fraco do varejo em dezembro, com uma surpresa negativa considerável no índice restrito, que exclui vendas de materiais de construção e de veículos.
“Olhando para o futuro, esperamos que a atividade de varejo repita um desempenho morno nos próximos meses. Embora os destaques de dezembro tenham se concentrado nos segmentos de crédito, ainda esperamos números divergentes entre os segmentos de renda”, comentou.
A XP Investimentos também observou que o índice do varejo ampliado avançou timidamente, enquanto o indicador do varejo básico caiu em dezembro, o que mostrou um final de ano nada auspicioso.
Para a XP, mesmo com as altas de 2,4% na leitura mensal do grupo de Veículos, Motos e Autopeças e de 1,3% em Materiais de Construção, não é prevista uma tendência ascendente sólida para ambos os indicadores daqui para frente.
A estimativa, na verdade, é que, a vendas varejistas devem estagnar no curto prazo. “As vendas reais das atividades mais sensíveis ao crédito provavelmente estarão em território negativo, refletindo condições financeiras ainda mais apertadas, alto índice de serviço da dívida das famílias e maior percepção de risco no ambiente econômico”, disse a XP em sua análise. “Por outro lado, as vendas reais das atividades mais sensíveis à renda devem apresentar uma trajetória de crescimento modesta, em nossa visão”, completou.
Essa previsão leva em consideração uma estimativa que a renda disponível das famílias aumentará cerca de 2,5% em 2023, principalmente devido à expansão das transferências de renda do governo.
Mas a XP ponderou que a dinâmica do mercado de trabalho terá de ser acompanhada de perto ao longo deste ano. “No momento, prevemos que o emprego total enfraquecerá gradualmente daqui para frente, o que é compatível com o aumento dos rendimentos reais do trabalho até o segundo trimestre”, estimou. “ No entanto, uma deterioração mais acentuada da população ocupada significa um risco máximo para as nossas perspectivas de atividade econômica”.
Rafael Perez, economista da Suno Research, disse que a leve alta de 1,0% no comércio varejista em 2022 pode ser atribuída ao o setor de combustíveis e lubrificantes, que acumulou alta de 16,6% no ano e de 27,8% apenas no segundo semestre, período marcado pela queda nos preços internacionais do petróleo e pelas desonerações dos combustíveis.
“O resultado de 2022 também pode ser entendido à luz da melhora no mercado de trabalho e do Auxílio Brasil. E o segmento de mercados de hipermercados, de maior peso na pesquisa, foi um dos principais beneficiados dessa melhora no consumo”, comentou.
Contudo, Perez argumentou que a tendência de queda no setor observada nos últimos meses é um sinal de que a taxa de juros já começa a influenciar o setor, além do aumento do endividamento e inadimplência das famílias, o que vem diminuindo o ímpeto por gasto pelas consumo. “Por isso, dado o cenário doméstico ainda desafiador, acreditamos que nos próximos meses deve se manter essa tendência de desaceleração do segmento de varejo”, previu.
Tatiana Pinheiro, economista chefe da Galapagos Capital, afirmou que a queda no varejo restrito em dezembro mostrou sinais de que a política monetária deve ter mais efeito sobre atividade e a inflação nos próximos meses. O motivo é que os grupos mais relacionados à renda já estão sentindo essa tendência.
“As vendas de bens vinculados à renda mostram como a transferência de renda que, manteve a demanda ao longo de 2021 e 2022, está em leve tendência de queda nos últimos meses. As vendas de bens vinculados ao crédito já está em contração desde abril”, comentou.
O Banco Original, afirmou que a queda mensal bem acima das projeções foi baseada nas taxas negativas de sete das oito atividades pesquisadas. Apenas Livros, jornais, revistas e papelaria registrou uma taxa positiva de novembro para dezembro, de 0,1%.
“As variações no varejo já eram esperadas, refletindo um mix de condições macroeconômicas que são desaforáveis às famílias: recordes do comprometimento de renda e níveis de endividamento da população, reforçados pelos baixos rendimentos médios. Esses fatores comprimem o orçamento do consumidor, que tende a recorrer a linhas de crédito, que hoje possui juros mais elevados”, analisou o banco.
“Olhando para a frente, se por um lado temos uma ampliação de transferência de renda estimulando o comércio, pelo outro, o conflito do governo com o Banco Central vem causando recorrentes revisões altistas para as inflações futuras”, destacou o Original.
Para o banco esse cenário reforça uma política monetária “hawkish”, que mantém os juros elevados por mais tempo e dificulta o acesso ao crédito. “Para 2023, nossa projeção preliminar considera um avanço de 0,6% do varejo ampliado.”
O Bradesco BBI, por sua vez, afirmou que o conjunto decepcionante para as vendas no varejo em dezembro continua dando um tom pessimista para a atividade econômica no quarto trimestre de 2022.
“Os números bastante positivos de agosto a outubro parecem ter durado pouco, provavelmente ajudados pelo impulso no programa de ajuda Auxilio Brasil em agosto e eventos pontuais, como a Copa do Mundo”, comentou.
Fonte InfoMoney
Por Roberto de Lira
O volume de serviços no Brasil cresceu 3,1% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal. Ante dezembro de 2021, o setor mostrou crescimento de 6,0%. O volume de serviços acumulou alta de 8,3% em 2022. Os dados são da Pesquisa Me
nsal de Serviços (PMS) e foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O setor de serviços ficou 14,4% acima do nível de fevereiro de 2020 e alcançou patamar recorde na série histórica, iniciada em 2011.
O consenso Refinitv esperava alta bem menor no mês, de 1% na comparação mensal e de 3,9% na anual.
Para Luiz Almeida, analista da pesquisa, a intensificação na retomada de serviços presenciais após os períodos de isolamento e distanciamento social de 2020 e 2021 ajuda a explicar a expansão em 2022. Ele destacou principalmente no ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que avançou 13,3% e teve a maior influência para o resultado do ano.
“O setor de transportes cresce desde 2020, mas com dinâmica diferente: inicialmente, por causa da área de logística, com alta nos serviços de entrega, em substituição às compras presenciais. Já em 2022, há a manutenção da influência do transporte de carga, puxado pela produção agrícola, mas também pela reabertura e a retomada das atividades turísticas, impactando o índice no transporte de passageiro”, explicou o pesquisador em nota.
O avanço de 3,1% do volume de serviços verificado em dezembro foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para transportes (+2,5%), seguido dos outros serviços (+10,3%). O primeiro acumula o segundo resultado positivo seguido, enquanto o segundo anulou a perda registrada em novembro (-3,3%).
Os demais avanços vieram dos serviços profissionais administrativos e complementares (+3,0%) e dos serviços prestados às famílias (+2,4%).
No campo negativo, serviços de informação e comunicação caíram pelo segundo mês consecutivo (-2,2%), acumulando perda de -2,9% no período, após sequência de quatro taxas positivas (entre julho e outubro), período em que havia acumulado um ganho de 5,1%.
A média móvel trimestral cresceu 0,7% no trimestre encerrado em dezembro frente ao nível do mês anterior. Entre os setores, houve predominância de taxas positivas, com quatro das cinco atividades avançando: outros serviços (3,3%); profissionais, administrativos e complementares (1,1%); transportes (0,5%) e os serviços prestados às famílias (0,2%). Por outro lado, informação e comunicação (-0,6%) mostrou a única retração neste mês.
Na comparação com dezembro de 2021, o volume de serviços avançou 6,0%, marcando a 22ª taxa positiva seguida, com expansão em quatro das cinco atividades e estabilidade em uma. Houve ainda crescimento em 57,8% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (10,2%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume total de serviços. Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (7,4%); dos outros serviços (10,1%) e dos serviços prestados às famílias (9,2%). Serviços de informação e comunicação apresentaram variação nula (0,0%) no índice.
No acumulado de janeiro a dezembro de 2022, o setor de serviços cresceu 8,3%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento em 62,7% dos 166 tipos de serviços investigados.
contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,3%). Os demais avanços vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,7%); de prestados às famílias (24,0%); e de informação e comunicação (3,3%).
Em sentido oposto, o setor de outros serviços (-2,1%) registrou a única taxa negativa do indicador acumulado no ano.
Na comparação mensal, houve altas em 22 das 27 unidades da federação, acompanhando o avanço observado no Brasil. O impacto mais importante veio do Rio de Janeiro (5,0%), seguido por São Paulo (0,8%), Minas Gerais (4,6%) e Distrito Federal (13,4%).
Em contrapartida, Espírito Santo (-4,4%) exerceu a principal contribuição negativa do mês, seguido por Piauí (-4,0%), Acre (-3,8%), Rondônia (-1,3%) e Amapá (-0,2%).
Ante dezembro de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil também foi acompanhado por 22 das 27 unidades federativas. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (3,7%), seguido por Rio de Janeiro (11,8%), Minas Gerais (11,0%), Rio Grande do Sul (8,2%), Mato Grosso (21,7%) e Paraná (4,2%).
Em sentido oposto, Mato Grosso do Sul (-1,6%), Rio Grande do Norte (-1,1%), Acre (-5,3%), Piauí (-0,7%) e Rondônia (-0,4%) assinalaram os únicos resultados negativos do mês.
No acumulado do ano, a alta no volume de serviços ocorreu em 26 estados. O principal impacto positivo foi em São Paulo (9,7%), seguido por Minas Gerais (11,2%), Rio de Janeiro (4,0%), Rio Grande do Sul (11,3%), Pernambuco (11,2%), Paraná (4,4%) e Mato Grosso (13,8%). Apenas o Distrito Federal acumulou taxa negativa (-1,6%).
Em dezembro de 2022, o índice de atividades turísticas cresceu 4,1% frente ao mês anterior, o segundo resultado não-negativo seguido, já que registrou estabilidade no mês anterior. Dessa forma, o segmento de turismo se encontra 1,5% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 5,5% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
O volume de transporte de passageiros no Brasil registrou alta de 7,1% em dezembro frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, acumulando ganhos de 11,1% nos dois últimos meses do ano. Dessa forma, o segmento registra patamar 5,4% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 18,2% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
No acumulado no ano, o setor mostrou expansão de 29,2% frente a igual período de 2021.
No transporte de cargas, o volume apontou expansão de 1,4% em dezembro, acumulando ganhos de 2,7% no período novembro-dezembro. Assim, o setor se situa 0,6% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em agosto de 2022. Com relação ao nível pré-pandemia, está 33,4% acima de fevereiro de 2020.
Já no acumulado no ano, o segmento avançou 15,0% frente a igual período de 2021.
Fonte InfoMoney
A expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de crescimento modesto do varejo em 2023, de 0,6%, em relação a 2022. No ano passado, o volume de vendas no comércio varejista brasileiro aumentou 1%, na comparação com 2021, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (09/02) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde 2018, quando houve avanço de 2,3%, o volume de vendas no setor não conseguiu subir acima de 2%.
“Já era previsto que as medidas de estímulo ao consumo e à recomposição da renda, adotadas no ano passado, não seriam suficientes para acelerar o ritmo das vendas e tampouco deverão contribuir significativamente para o seu avanço em 2023”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. “O dado positivo, é que 20 das 27 unidades federativas tiveram crescimento, sendo que dez delas avançaram mais de 4%”.
Na comparação com novembro de 2022, houve queda de 2,6% e, em relação a dezembro de 2021, houve variação positiva, pelo quinto ano consecutivo, na ordem de 0,4%.
Vendas de combustíveis, livrarias e farmácias cresceram
Entre os segmentos, as maiores taxas anuais foram apontadas pelas categorias de combustíveis e lubrificantes (16,6%), de livrarias e papelarias (14,8%) e artigos farmacêuticos (6,3%). Os destaques negativos ficaram por conta dos ramos de utilidades domésticas (com queda de 8,4%) e de móveis e eletrodomésticos (redução de 6,7%). Nos dois casos, explica o economista da CNC responsável pela apuração, Fabio Bentes, houve influência do esgotamento do ciclo iniciado durante a crise sanitária, além da deterioração das condições de crédito.
Dificuldade de superar a pandemia
“Diante do frustrante resultado de dezembro, após 11 meses, o volume de vendas no varejo voltou a se situar abaixo do patamar observado imediatamente antes da decretação da pandemia de covid-19 e ficou em queda de 1,1%”, constata Bentes. Dos 10 segmentos avaliados pelo Instituto, seis ainda apresentam perdas em relação a fevereiro de 2020. As mais significativas foram observadas nos ramos de livrarias e papelarias, com redução de 38,3%, e de vestuário, calçados e acessórios, que registrou queda de 29,9%.
Portanto, as performances anuais do varejo em 2020 (aumento de 1,2%), 2021 (crescimento de 1,4%) e 2022 (avanço de 1%), embora semelhantes, devem ser explicadas por razões distintas. “Se, em 2020, a crise sanitária ditou predominantemente o ritmo das vendas, no ano passado, foi a deterioração das condições de consumo que justificou o seu fraco desempenho desde então”, analisa o economista Fabio Bentes.
Cenário multifatorial prejudicou setor
Severamente castigado pela crise sanitária, o comércio conseguiu crescer pelo sexto ano seguido a partir da normalização da circulação dos consumidores. “Por outro lado, o fraco desempenho das vendas ao longo de 2022 derivou de um cenário pouco propício à expansão das vendas”, pondera Bentes. De acordo com o economista, a desaceleração do nível geral de preços (o IPCA acumulado em 12 meses recuou de 10,1% para 5,8%, entre dezembro de 2021 e dezembro do ano passado) e o recuo no desemprego (a taxa de desocupação média cedeu de 13,5% para 9,5%, no mesmo período) foram neutralizados pelo avanço dos juros e pelo elevado grau de comprometimento da renda.
Além disso, segundo o Banco Central, a taxa média de juros avançou de 45% para 55,8% ao ano – a maior taxa em quase cinco anos. Esse movimento, associado ao comprometimento médio da renda com dívidas em nível recorde (28,21% em novembro de 2022, conforme a Peic, também apurada pela CNC), inviabilizou a aceleração do consumo a prazo, como tipicamente ocorre com os bens de consumo duráveis.
“Diante das expectativas atuais quanto à inflação ao longo do corrente ano, a perspectiva é que as taxas de juros ao consumidor permaneçam elevadas”, estima Fabio Bentes.
Além disso, a expectativa do crescimento da economia neste ano segue inferior a 1%, o que não deve estimular o reaquecimento do mercado de trabalho.
Fonte CNC
As famílias e as empresas pagaram taxas de juros mais altas em dezembro do ano passado, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas hoje (27) pelo Banco Central (BC). A taxa média de juros para pessoas físicas no crédito livre chegou a 55,8% ao ano, elevação de 10,8 pontos percentuais (p.p.) no ano, com destaque para o aumento em crédito pessoal consignado (+5,1 p.p.).
Nas contratações com empresas, a taxa livre cresceu 3,4 ponto percentual ao ano, alcançando 23,1% ao ano. O destaque ficou para as elevações em capital de giro de longo prazo (+2,9 p.p.) e desconto de duplicatas e recebíveis (+4 p.p.). Com isso, a taxa média de juros das concessões de crédito livre teve alta de 8,2 p.p. nos últimos 12 meses e chegou a 42% ao ano em dezembro.
No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado, que tem regras definidas pelo governo, é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
Segundo o BC, em 2022, o crédito livre às famílias atingiu R$1,8 trilhão, o que significou crescimento de 17% no ano, após variação de 23% em 2021.
“Destaca-se a expansão das modalidades crédito pessoal não consignado; crédito consignado para servidores públicos, para aposentados e pensionistas do INSS; aquisição de veículos; e cartão de crédito. Em dezembro, houve expansão de 0,2%, com destaque para consignado de servidores públicos, aquisição de veículos e cartão à vista. Destaca-se ainda o efeito sazonal da redução em modalidades como cheque especial e cartão rotativo”, disse o BC.
Já o crédito livre para empresas alcançou R$1,4 trilhão no ano passado, expansão de 9,9% no ano, desacelerando da variação de 17,4% em 2021. Neste período, destacam-se os crescimentos nas modalidades de duplicatas e outros recebíveis, aquisição de veículos e capital de giro com prazo superior a 365 dias.
As reduções na modalidade de capital de giro até 365 dias, repasse externo e antecipação de faturas de cartão também apresentaram destaque. Em dezembro houve expansão de 2,7% no crédito livre a empresas, em especial para desconto de duplicatas e recebíveis.
Em 2022, o crédito direcionado atingiu R$ 2,2 trilhões, elevação de 14,3% no ano, acelerando após crescimento de 10,9% em 2021. As pessoas jurídicas apresentaram expansão de 8,1% no ano (após retração de 0,3% em 2021), enquanto as famílias cresceram 17,9% (após alta de 18,5% no ano anterior). No mês, o crédito direcionado variou 1,3%, com crescimento de 0,9% para empresas e 1,6% para famílias.
Inadimplência e endividamento
A inadimplência do crédito geral situou-se em 3% em dezembro, aumento de 0,7 p.p. em relação ao final de 2021. No crédito livre, esse indicador aumentou 1,1 p.p. em 2022, encerrando o ano em 4,2%, enquanto nas operações direcionadas houve estabilidade em 2022, finalizando em 1,2%.
O endividamento das famílias com operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançou 49,5% em dezembro, com queda de 0,2 p.p. no mês e elevação de 0,3 p.p. em doze meses. O comprometimento de renda aumentou 0,2 p.p. no mês e 1,8 p.p. em doze meses, situando-se em 28,2%.
Crédito ampliado ao setor não financeiro
Em 2022, o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$ 14,8 trilhões, o que representa 150,1% do Produto Interno Bruto (PIB), aumento de 8,5% no ano, ante 13,9% em 2021, destacando-se os crescimentos dos empréstimos do sistema financeiro nacional, 14,2%, e dos títulos públicos, 14,1%.
No mês de dezembro, o crédito ampliado ao setor não financeiro cresceu 0,6%, com os empréstimos e financiamentos e os títulos públicos variando 1,3% e 0,4%, respectivamente.
ICC
O Indicador de Custo do Crédito (ICC), que mede o custo médio de todo o crédito do SFN, atingiu 21,4% a.a. em dezembro, caindo 0,2 p.p. no mês e elevando-se 3,1 p.p. no ano. No crédito livre não rotativo, o ICC situou-se em 28,2% a.a., permanecendo estável em dezembro e aumentando 3,8 p.p. em 2022. O spread geral do ICC retraiu 0,3 p.p. no mês, e teve uma elevação interanual de 1,4 p.p.
A taxa média de juros das contratações finalizou o ano de 2022 em 29,9% a.a., elevação de 5,6 p.p. após aumento de 6 p.p. em 2021. O spread geral das taxas de juros das concessões situou-se em 19 p.p., variação de 3,3 p.p. em 2022 após elevação de 1,4 p.p. em 2021. No mês, os indicadores variaram -1,1 p.p. e -1,3 p.p., respectivamente.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-01/familias-e-empresas-pagaram-juros-mais-altos-em-2022-diz-bc
ados divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta semana mostram que o uso de cheques continua diminuindo no Brasil. Mesmo assim, a modalidade ainda tem muitos adeptos. Nem o Pix conseguiu aposentar essa opção. Em 2022, quase 203 milhões de cheques foram compensados no país.
Foram 202.848.320 cheques compensados no ano passado, para ser exato. De acordo com a Febraban, esse número corresponde a uma diminuição de 7,3% em relação a 2021 (218.944.650 cheques).
Os volumes financeiros movimentados com cheques pouco mudaram de um ano para o outro, porém. Em 2022, foram R$ 667 bilhões. Em 2021, R$ 666,8 bilhões.
Há uma explicação para montantes tão altos envolvendo os talões: cheques são muito usados para transações de maior valor. É o que conta Walter Faria, diretor-adjunto de serviços da Febraban. Um levantamento da instituição aponta que o valor médio do cheque em 2021 foi de R$ 3.046,52. No ano passado, a média ficou em R$ 3.257,88.
O Pix predomina em operações de baixo valor, até por ser muito utilizado em compras como alternativa ao dinheiro em espécie e ao cartão de crédito.
Quem ainda usa cheque?
Cheques ainda são muito usados pelo público com mais idade. A razão é um tanto óbvia: essas pessoas se acostumaram com a modalidade quando ela era mais popular e resistem em abrir mão dela.
Também não é incomum o uso de cheques para transações de alto valor, como a compra de um carro ou de um imóvel. É claro que as modalidades digitais podem ser usadas para isso. Mas existe um fator cultural que faz o cheque ser aceito até hoje para esse fim.
Quem explica é o próprio Walter Faria, ao Tecnoblog. O executivo conversou com nós em abril de 2022, quando publicamos a reportagem especial “Com Pix e carteiras digitais, o cheque ainda sobrevive“.
Na ocasião, causava espanto saber que o cheque ainda era muito utilizado no Brasil. Com boleto, cartão de crédito, transferências via DOC/TED e, mais recentemente, Pix, parecia que o cheque iria finalmente cair no esquecimento.
Não caiu. Mas o seu uso diminui ano a ano.
Eram 3,3 bilhões de cheques em 1995
203 milhões de cheques é uma quantidade elevada. Mas esse número já foi muito maior. A Febraban revela que, em 1995, quando a série histórica teve início, 3,3 bilhões de cheques foram compensados. De lá até 2022, a redução do uso da modalidade foi de 93,91%.
Ano | Cheques compensados | Variação desde 1995 |
---|---|---|
1995 | 3.334.224.724 | – |
1996 | 3.158.118.845 | -5,28% |
1997 | 2.943.837.133 | -11,71% |
1998 | 2.748.906.075 | -17,55% |
1999 | 2.602.863.723 | -21,93% |
2000 | 2.637.492.836 | -20,90% |
2001 | 2.600.298.561 | -22,01% |
2002 | 2.397.295.279 | -28,10% |
2003 | 2.246.428.302 | -32,63% |
2004 | 2.106.501.724 | -36,82% |
2005 | 1.940.344.627 | -41,81% |
2006 | 1.709.352.834 | -48,73% |
2007 | 1.533.452.222 | -54,01% |
2008 | 1.396.544.544 | -58,11% |
2009 | 1.234.971.610 | -62,96% |
2010 | 1.120.364.198 | -66,40% |
2011 | 1.012.774.771 | -69,62% |
2012 | 914.214.328 | -72,58% |
2013 | 838.178.679 | -74,86% |
2014 | 755.816.648 | -77,33% |
2015 | 672.014.638 | -79,84% |
2016 | 576.404.408 | -82,71% |
2017 | 494.055.868 | -85,18% |
2018 | 436.204.425 | -86,92% |
2019 | 384.278.195 | -88,47% |
2020 | 287.196.448 | -91,39% |
2021 | 218.944.650 | -93,43% |
2022 | 202.848.320 | -93,91% |
A adesão aos meios digitais é a explicação para isso, com destaque para o Pix. É o que comenta Faria:
Atualmente, sete em cada dez transações bancárias no país são feitas pelos canais digitais (internet e mobile banking), reflexo da comodidade, velocidade e segurança oferecidas por estes meios de pagamentos.
Soma-se a isso também o Pix, que ao longo de dois anos de funcionamento, se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros.
Apesar disso, a Febraban não tem previsão sobre se ou quando o cheque será descontinuado no Brasil.
https://tecnoblog.net/noticias/2023/01/25/mesmo-com-avanco-do-pix-203-milhoes-de-cheques-foram-compensados-em-2022/
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 119 pontos em janeiro. Esse valor representa uma queda de 3,6% na comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais, e é a segunda baixa consecutiva. Na comparação com janeiro de 2021, o otimismo também sofreu queda de 1,7%. Com redução mensal de todos os indicadores, o otimismo do comerciante chegou ao menor nível desde abril de 2022.
Um dos destaques é a queda de 6,4% no índice de expectativas para o curto prazo. A desaceleração da atividade econômica como um todo e, especificamente, do varejo no fim do ano passado levou as perspectivas dos comerciantes sobre a economia aos 125,7 pontos e sobre o setor do comércio aos 139 pontos. Esses são os menores níveis desde abril de 2021.
“O comércio de bens e serviços, que representa grande parte do PIB brasileiro e gera a maioria dos postos de trabalho formal, sente o desaquecimento das vendas provocado pela combinação da inflação persistente com os juros elevados”, afirma José Roberto Tadros, presidente da CNC. Ele ressalta que a desaceleração da criação de vagas no mercado de trabalho e o alto nível de endividamento das famílias geram mais cautela ao consumidor, cenário que deve persistir durante 2023.
Um terço dos comerciantes acha que a economia vai piorar
“Os comerciantes vêm apontando, há dois meses, deterioração rápida das expectativas sobre o desempenho da atividade econômica e do comércio no primeiro semestre deste ano”, analisa a economista da CNC responsável pelo Icec, Izis Ferreira. Saltou de 12,1% em novembro para 31,4% em janeiro a parcela de varejistas que acreditam em uma piora na economia, nos próximos meses. Em relação à performance do varejo, subiu de 9,3% em novembro para 23,7% em janeiro o percentual de comerciantes que têm perspectiva de piora nas vendas.
Mais de 40% dos comerciantes devem reduzir investimentos
Izis Ferreira assinala que os varejistas já suportam redução das vendas e, por isso, estão reajustando o planejamento para 2023. “A piora na percepção das condições atuais e das expectativas está levando os comerciantes a reavaliar investimentos na empresa e na recomposição dos estoques”, indica a economista. Conforme o Icec, a intenção de investir no negócio caiu 3,9% entre dezembro e janeiro, a quinta queda consecutiva, levando o índice aos 109,4 pontos. Do total de comerciantes, 42,4% pretendem reduzir investimentos: esse é o maior percentual desde junho do ano passado.
Os lojistas de todos os segmentos do varejo indicaram que vão enxugar seus investimentos. O destaque desse indicador é a queda de 5% em relação a dezembro entre os varejistas de produtos duráveis, o que levou o índice aos 103,4 pontos. “Os juros permanecerão elevados pelo menos até o terceiro trimestre deste ano, o que deve reverberar negativamente o consumo de bens dependentes do crédito”, explica Izis Ferreira.
Ainda houve pequena piora na avaliação dos comerciantes sobre o nível dos estoques em janeiro, uma queda de 0,3%. Esse indicador chegou a 94,6 pontos, e a parcela de comerciantes avaliando os estoques como adequados, 60% do total de varejistas, é a menor desde junho de 2021.
Menos contratações
Outro dado que chama a atenção é a redução de 10,4% na intenção de contratar novos funcionários, no comparativo com janeiro de 2021, além da queda de 6,7% em relação a dezembro. O índice ficou em 122,9 pontos, ainda no espectro de otimismo.
Izis Ferreira explica que, tradicionalmente, janeiro é um momento de redução da contratação, por ser um período de menor quantidade de vendas. Além disso, parte dos contratos temporários realizados até dezembro acaba sendo efetivada, o que reduz a intenção de criação de novas vagas.
Por Luciana Neto
Por Alessandra Saraiva, Valor — Rio
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), subiu 1,3% em janeiro ante dezembro, para 93,9 pontos, com expansão de 23,1% na comparação com janeiro de 2022.
Foi a maior pontuação desde abril de 2020, detalhou a CNC em comunicado sobre o indicador veiculado há pouco. De acordo com a entidade, um maior ímpeto de consumo entre famílias de menor renda impulsionou a alta no indicador.
Na passagem de dezembro de 2022 para janeiro de 2023, todos os sete tópicos usados para cálculo do ICF tiveram alta. É o caso dos aumentos observados em emprego atual (1%); renda atual (2%); nível de consumo atual (0,3%); perspectiva profissional (0,6%), perspectiva de consumo (2,7%); acesso ao crédito (0,1%) e momento para duráveis (1,2%).
Na comparação com janeiro do ano passado, houve aumentos respectivos, nesses mesmos tópicos, de 22,2%, de 31,8%, de 27,7%, de 25,1%, de 21,3%, de 13,5%, e de 19,6%.
Ao separar a evolução do ICF por faixas de renda, a CNC detalhou que, entre os com renda até dez salários-mínimos mensais, a alta de confiança foi de 1,9% em janeiro ante dezembro, com aumento de 25,7% ante janeiro de 2022. Já na faixa de renda acima de dez salários-mínimos mensais houve recuo de 1% ante dezembro, com alta de 15,1% na comparação com janeiro de 2022.
Para a economista responsável pela ICF, Izis Ferreira, os consumidores de rendas média e baixa acreditam em melhora das condições de consumo, nos próximos meses.
“Uma das causas do otimismo é a ampliação do principal programa de transferência de renda do governo, com o pagamento do valor mínimo de R$ 600, além do incremento de R$ 150 por criança até seis anos”, explicou, em comunicados sobre o indicador.
Segundo ela, essa injeção de mais recursos nos orçamentos das famílias gera ânimo ao consumo mesmo com maior endividamento e dificuldade de acesso ao crédito, informou a CNC.
Por Valor Investe — Rio
A saída dos investidores de produtos de renda variável para a renda fixa, ao longo de 2022, levou o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) a registrar crescimento de 2% no volume total de depósitos que contavam com a garantia em novembro em relação ao mês anterior. Na comparação anual, a elevação foi de 15,17%, um acréscimo de mais de R$ 498 bilhões.
O Censo Mensal feito com informações de 222 instituições financeiras aponta para um incremento R$ 74 bilhões em relação a outubro aplicados em depósitos à vista, a prazo -- como RDB, CDB --, poupança, Letras de câmbio, entre outros. No mesmo período, olhando todos os fundos de investimentos do país acumularam resgate líquido de R$ 25,7 bilhões em 2022, conforme a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O FGC permite que, no caso de quebra da instituição financeira, as aplicações por CPF sejam cobertas em até R$ 250 mil. Essa cobertura alcançava, em novembro R$ 1,9 trilhão, sendo aproximadamente R$ 157,6 bilhões de produtos totalmente garantidos distribuídos via corretoras.
Em números absolutos, 485,1 milhões de contas se encontravam 100% cobertas pela garantia, correspondentes a 99,6% do total de 486,6 milhões de contas existentes.
Ainda de acordo com o Censo Mensal de novembro, os depósitos a prazo como CDB, RDB tiveram um aumento anual de 21,43%, o que representa um aumento de pouco mais de R$ 358,5 bilhões em investimentos nestes produtos. Em comparação com outubro deste ano, a variação mensal foi positiva, com elevação de 2,52%
Por Valor Investe — Rio
A bolsa brasileira, a B3, registrou R$ 7,46 trilhões em negociações na renda variável, que inclui os mercados à vista, a termo e de opções, em 2022. O volume é 9,7% menor que o observado em 2021, quando as movimentações chegaram a R$ 8,26 trilhões.
Do montante, o volume negociado no mercado à vista, aquele que ocorro todos os dias em tempo real, correspondeu por R$ 7,21 trilhões. Enquanto que, no mercado a termo, em que as partes negociam uma data de compra ou venda do ativo com um acréscimo de juros, o giro foi de R$ 42,15 bilhões. Já na negociação de contratos de opções, o montante foi de R$ 205,97 bilhões.
Em um ano marcado pela pressão inflacionária e pelo aumento da taxa de juros para o patamar de 13,75% ao ano, o que afugenta os investidores dos investimentos de risco, os volumes negociados nos mercados à vista e à termo foram inferiores aos registrados em 2021, de R$ 7,99 trilhões e R$ 66,79 bilhões, respectivamente.
Em contrapartida, a negociação de opções no ano passado superou o volume registrado em 2021, de R$ 196,21 bilhões.
O número de negócios bateu recorde na renda variável como um todo, com 931,78 milhões, aumento de 0,6% na comparação com 2021, quando chegou a 926,44 milhões.