Por Alessandra Saraiva, Valor — Rio
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), subiu 1,3% em janeiro ante dezembro, para 93,9 pontos, com expansão de 23,1% na comparação com janeiro de 2022.
Foi a maior pontuação desde abril de 2020, detalhou a CNC em comunicado sobre o indicador veiculado há pouco. De acordo com a entidade, um maior ímpeto de consumo entre famílias de menor renda impulsionou a alta no indicador.
Na passagem de dezembro de 2022 para janeiro de 2023, todos os sete tópicos usados para cálculo do ICF tiveram alta. É o caso dos aumentos observados em emprego atual (1%); renda atual (2%); nível de consumo atual (0,3%); perspectiva profissional (0,6%), perspectiva de consumo (2,7%); acesso ao crédito (0,1%) e momento para duráveis (1,2%).
Na comparação com janeiro do ano passado, houve aumentos respectivos, nesses mesmos tópicos, de 22,2%, de 31,8%, de 27,7%, de 25,1%, de 21,3%, de 13,5%, e de 19,6%.
Ao separar a evolução do ICF por faixas de renda, a CNC detalhou que, entre os com renda até dez salários-mínimos mensais, a alta de confiança foi de 1,9% em janeiro ante dezembro, com aumento de 25,7% ante janeiro de 2022. Já na faixa de renda acima de dez salários-mínimos mensais houve recuo de 1% ante dezembro, com alta de 15,1% na comparação com janeiro de 2022.
Para a economista responsável pela ICF, Izis Ferreira, os consumidores de rendas média e baixa acreditam em melhora das condições de consumo, nos próximos meses.
“Uma das causas do otimismo é a ampliação do principal programa de transferência de renda do governo, com o pagamento do valor mínimo de R$ 600, além do incremento de R$ 150 por criança até seis anos”, explicou, em comunicados sobre o indicador.
Segundo ela, essa injeção de mais recursos nos orçamentos das famílias gera ânimo ao consumo mesmo com maior endividamento e dificuldade de acesso ao crédito, informou a CNC.
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