Empresa | UBS / 2020 | Consenso mercado / 2020 | UBS / 2021 | Consenso mercado / 2021 | |
Cielo | 824 | 1.172 | 1.154 | 1.340 | |
PagSeguro | 1.263 | 1.750 | 1.793 | 2.275 | |
Stone | 707 | 909 | 1.109 | 1.519 |
Pessoa jurídica - Desconto de duplicata
Classificadas por ordem crescente de taxa
Período: 24/03/2020 a 30/03/2020
Modalidade: Pessoa jurídica - Desconto de duplicatas
Tipo de encargo: Pré-fixado
Taxas de juros | |||
Posição | Instituição | % a.m. | % a.a. |
1 | BCO J.P. MORGAN S.A. | 0,39 | 4,74 |
2 | BCO CITIBANK S.A. | 0,58 | 7,12 |
3 | BCO DE LAGE LANDEN BRASIL S.A. | 0,62 | 7,70 |
4 | BCO MERCEDES-BENZ S.A. | 0,64 | 7,94 |
5 | BANCO FIDIS | 0,68 | 8,44 |
6 | BCO VOTORANTIM S.A. | 0,74 | 9,22 |
7 | BANCO BTG PACTUAL S.A. | 0,91 | 11,50 |
8 | ITAÚ UNIBANCO S.A. | 0,94 | 11,85 |
9 | BCO SAFRA S.A. | 1,06 | 13,52 |
10 | BCO DO BRASIL S.A. | 1,08 | 13,73 |
11 | BCO BRADESCO S.A. | 1,13 | 14,39 |
12 | BCO BNP PARIBAS BRASIL S A | 1,16 | 14,83 |
13 | BCO SANTANDER (BRASIL) S.A. | 1,19 | 15,19 |
14 | BCO DAYCOVAL S.A | 1,22 | 15,68 |
15 | HS FINANCEIRA | 1,40 | 18,18 |
16 | BCO INDUSTRIAL DO BRASIL S.A. | 1,43 | 18,62 |
17 | BCO ABC BRASIL S.A. | 1,57 | 20,52 |
18 | SANTANA S.A. - CFI | 1,59 | 20,83 |
19 | BCO DO ESTADO DO RS S.A. | 1,60 | 20,98 |
20 | OMNI BANCO S.A. | 1,62 | 21,29 |
21 | BANCO MONEO S.A. | 1,76 | 23,31 |
22 | BCO RENDIMENTO S.A. | 1,90 | 25,29 |
23 | BCO BANESTES S.A. | 1,94 | 25,86 |
24 | BANCO ORIGINAL | 1,98 | 26,48 |
25 | BCO FIBRA S.A. | 2,01 | 26,92 |
26 | BCO SOFISA S.A. | 2,05 | 27,59 |
27 | BCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. | 2,10 | 28,32 |
28 | CAIXA ECONOMICA FEDERAL | 2,21 | 29,94 |
29 | ZEMA CFI S/A | 2,21 | 29,96 |
30 | BANCO RANDON S.A. | 2,24 | 30,44 |
31 | BCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. | 2,25 | 30,56 |
32 | SANTINVEST S.A. - CFI | 2,39 | 32,79 |
33 | BCO TRIANGULO S.A. | 2,53 | 34,94 |
34 | BCO DA AMAZONIA S.A. | 3,04 | 43,20 |
35 | BCO MAXINVEST S.A. | 3,43 | 49,95 |
36 | BCO CAPITAL S.A. | 3,43 | 49,95 |
37 | BCO LUSO BRASILEIRO S.A. | 3,44 | 50,10 |
38 | BCO DO EST. DE SE S.A. | 3,49 | 50,87 |
39 | BIORC FINANCEIRA - CFI S.A. | 3,55 | 51,96 |
40 | BCO CREFISA S.A. | 3,85 | 57,26 |
41 | BRB - BCO DE BRASILIA S.A. | 3,85 | 57,43 |
42 | BCO RIBEIRAO PRETO S.A. | 3,88 | 57,84 |
43 | FINAMAX S.A. CFI | 6,72 | 118,15 |
44 | BANCO DIGIO | 8,65 | 170,50 |
45 | VIA CERTA FINANCIADORA S.A. - CFI | 12,12 | 294,80 |
Fonte: Banco Central do Brasil
(Bloomberg) — As medidas econômicas adotadas pelo governo federal para enfrentar os efeitos do coronavírus estão no caminho certo, mas ainda será preciso fazer mais e garantir a implementação de tudo o que está sendo proposto, disse o secretário de Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, em entrevista.
Como forma do dinheiro chegar na mão de quem precisa, ele vê como essencial que o Congresso dê poder ao Banco Central para comprar títulos privados de empresas para suprir o crédito.
“Uma das medidas mais importantes neste momento é a compra direta das carteiras de crédito pelo Banco Central, viabilizando alívio de risco para o sistema financeiro emprestar de forma mais fluída”, disse o ex-presidente do BC e ex-ministro da Fazenda. “Cabe um trabalho rápido do Senado. Isso é fundamental e se não ocorrer não teremos solução para enfrentar colapso da economia”, disse.
A ampliação dos poderes do BC está prevista na PEC do chamado Orçamento de guerra, cuja votação foi adiada para quarta-feira pelo Senado.
Linhas de financiamento já anunciadas pela equipe econômica para ajudar o setor produtivo também precisam chegar na ponta, afirmou Meirelles. “A direção está correta. Temos no entanto uma questão de execução, precisa ser mais rápida.”
Para isso, o caminho pode ser usar os bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil, mesmo que implique em aportes de recursos do Tesouro nessas instituições. Embora o déficit primário brasileiro previsto em 2020 já esteja próximo de R$ 500 bilhões com as medidas anunciadas, o que tira o Brasil da trajetória de ajuste fiscal que estava sendo buscada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, Meirelles disse que a hora é de salvar o parque industrial brasileiro e os empregos.
“As pessoas esquecem que na hora em que vai retomar a atividade, precisa dos trabalhadores e eles precisam estar vivos. Preservar vida é dever do Estado. Se faz isso e, em consequência, beneficia a economia.”
Apesar do cenário incerto, o ex-ministro prevê uma retração de 5% no PIB em 2020, mas disse que alguma recuperação já poderia começar a ocorrer no 3o. trimestre deste ano. A maior queda, segundo ele, será no 2o. trimestre, em torno de 10%.
Outro ponto que na visão de Meirelles pode demandar a ação do Tesouro é nas dívidas de estados e municípios com organismos multilaterais. “Esses bancos estão fora da jurisdição do Brasil e isso ainda é um valor substancial que continuará a ser pago. Poderia ser resolvido mediante aporte dicional da União para pagar os avais que têm nos empréstimos desses orgãos.”
A aprovação pelo Congresso do projeto de ajuda financeira a estados e municípios que reformula o chamado “plano Mansueto“ é importante para que os governadores possam combater os efeitos da crise. Meirelles lembrou que a proposta prevê uma ajuda financeira pelas perdas decorrentes das medidas de isolamento social na arrecadação de ICMS.
A equipe econômica já se comprometeu reforçar os fundos de participação, mas Meirelles ressalta que isso não é suficiente porque a maior parte do dinheiro desses fundos vai para estados do Norte e Nordeste, enquanto o epicentro da pandemia é o Sudeste.
“Recomposição ICMS e suspensão do pagamento das dívidas de 2020 são fundamentais”, disse.
Meirelles afirmou que, apesar da visão do presidente Jair Bolsonaro de que deve haver uma flexibilização das medidas de isolamento social, o que vai prevalecer dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) — se este tema acabar judicializado –é a prerrogativa dos governos locais de decidirem.
O ex-ministro demonstrou cautela ao falar sobre o uso das reservas internacionais para combater os efeitos da crise. Segundo ele, esse tipo de instrumento deve ser usado quando existe uma crise de liquidez. “Isso tem que ser usado com prudência.”
(Bloomberg) — Diante das incertezas provocadas pelos efeitos do coronavírus na economia, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 trará um mecanismo pelo qual a meta de resultado primário do ano que vem poderá variar, afirmaram quatro fontes com conhecimento do assunto.
A equipe econômica não sabe nem mesmo qual será o tamanho do rombo nas contas de 2020, e tem tido dificuldades em estimar qual será o tamanho do déficit fiscal do próximo ano, disseram as pessoas, que pediram para não ser identificadas já que as discussões não são públicas.
Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo é obrigado a fixar uma meta fiscal. O prazo legal para o envio da LDO 2021 ao Congresso é 15 de abril. No projeto de lei, é preciso estimar variáveis como PIB e inflação, que impactam tanto nas receitas como nas despesas. Os técnicos da equipe econômica estão com dificuldades para fazer projeções, tendo em vista as incertezas do cenário. De acordo duas fontes, o déficit de 2021 poderia chegar a R$ 150 bilhões, comparado com uma meta original de R$ 68,5 bilhões.
Os detalhes da proposta ainda não foram finalizados, segundo duas pessoas. O Brasil já teve bandas para a meta fiscal ao invés de um número fixo, mas o mecanismo adotado poderá ser novo, como vincular as metas a cenários economicos, elas disseram.
O Ministério da Economia não respondeu a um pedido de comentário.
O governo já editou um decreto de calamidade pública pelo qual ficou desobrigado de cumprir a meta fiscal de 2020, que era de R$ 124 bilhões. O número já está estimado em R$ 419 bilhões, mas pode chegar a R$ 500 bilhões, segundo a equipe econômica.
Um dos argumentos para a adoção de uma meta flexível é evitar revisões consecutivas do número caso a economia tenha um desempenho diferente do que o previsto hoje pelo governo, disse uma das fontes. Analistas tem revisado sucessivamente projeções para a economia brasileira, com o Banco Mundial prevendo contração de 5% no PIB em 2020.
Há uma preocupação na equipe econômica para que a flexibilização da meta não seja interpretada como um afrouxamento fiscal por parte do governo, segundo duas pessoas. Como forma de garantir seu comprometimento com o fiscal, o governo vai focar o discurso na preservação do teto de gastos, considerado pelo mercado financeiro como uma das mais importantes amarras fiscal do país.