(91) 9 9623-8982      contato@sinfacpara.com.br
Nossas Redes Sociais   

Afiliados

Lena

Lena

O distanciamento social não afetou apenas a receita das varejistas, mas também das credenciadoras de cartões. A estimativa é que o lucro da Cielo, PagSeguro e Stone caia em média 36% em 2020 e 26% em 2021, segundo relatório do banco UBS. Isso porque o volume total de pagamento deve recuar 3,2% neste ano (ante uma previsão anterior à pandemia do novo coronavírus de alta de 20,4%) e ter uma recuperação de 20,8% no ano que vem. “A projeção parte do pressuposto de que o isolamento durará até o fim de abril, com a volta do consumo no quarto trimestre”, escrevem Mariana Taddeo e Kaio Prato, analistas do UBS.

Paulo Caffarelli, presidente da Cielo, diz que ainda é cedo para fazer tais estimativas, porém deixa claro que deve haver impacto, sim. Afinal, o faturamento das varejistas vem caindo desde o início da pandemia de novo coronavírus no Brasil. A receita nominal chegou a contrair 52,3% na quarta semana de março e 43,3% na primeira de abril. Agora, na terceira semana deste mês, houve um arrefecimento para 37,8%, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado. Dessa forma, a queda acumulada do período da pandemia é de 27%. “Ainda assim é muito significativa”, diz Caffarelli.

Como muitas maquininhas estão de escanteio no momento porque as lojas estão com as portas fechadas, os empreendedores que não possuem estrutura própria de e-commerce têm recorrido ao pagamento por link. Por essa modalidade, basta enviar um link para que a compra seja paga por cartão de crédito ou débito. “A adesão aumentou 620%”, afirma Caffarelli, referindo-se ao período da pandemia. “Apesar do avanço, não é o suficiente para compensar a queda no volume de vendas no varejo físico.”

Até mesmo grandes grupos estão usando o pagamento por link, como O Boticário, Santa Lolla e Ri Happy. “Acho que essa tendência veio para ficar”, diz. Disponível desde outubro de 2019, o pagamento por link pode ser obtido no aplicativo Cielo Pay. Por meio dele, é possível gerar um QR Code no celular, emitir boletos e criar links de pagamentos — que podem ser compartilhados em redes sociais, como WhatsApp e Instagram.

A Cielo responde por cerca de 40% das transações no Brasil e tem 1,6 milhão de clientes – a maior parte do faturamento vem de grandes empresas, mas a companhia vinha fazendo um esforço para balancear esse mix com mais companhias de menor porte. “Hoje 65% do faturamento vêm de grandes contas e o restante de varejo [empresas menores]. A estratégia de inversão de pirâmide continua.”

Sobre o futuro do mercado de adquirência no Brasil, Caffarelli acredita que haverá um processo de consolidação, em linha com o que aconteceu em países mais desenvolvidos. No entanto, não quis dar detalhes se pretende liderar esse movimento.

Segundo os analistas do UBS, a pressão competitiva deve diminuir durante o período de bloqueio, pois os comerciantes têm menos probabilidade de trocar de adquirente nessa situação.

Apesar dos volumes menores, as três adquirentes com capital aberto têm posições líquidas ajustadas de caixa sólidas. A Cielo encerrou 2019 com 1 bilhão de reais em caixa, a PagSeguro com 8 bilhões de reais e a Stone com 5 bilhões de reais.

Com o declínio do TPV, há um risco crescente de inadimplência nos negócios de crédito das adquirentes. “Acreditamos que a PagSeguro e a Stone se tornarão mais conservadoras quanto à oferta de crédito, reduzindo significativamente a originação nos próximos meses”, escrevem os analistas.

A Stone, no entanto, anunciou que fornecerá 100 milhões de reais em micro-empréstimos para ajudar os comerciantes afetados pelo isolamento. Já a Cielo passou a ofertar a antecipação de recebíveis para os 900.000 clientes que nunca fizeram a antecipação. Mas mais importante ainda é que as adquirentes provavelmente atuarão como distribuidores de crédito dos bancos para pequenas e médias empresas e microempresários, a fim de ajudá-los a enfrentar a situação do coronavírus.

Estimativa de resultado líquido
 
Empresa UBS / 2020 Consenso mercado / 2020  UBS / 2021 Consenso mercado / 2021 
Cielo 824 1.172 1.154 1.340  
PagSeguro 1.263 1.750 1.793 2.275  
Stone 707 909 1.109 1.519

Fonte: UBS estimativas, Thomson Reuters

https://exame.abril.com.br/negocios/lucro-das-empresas-de-maquininha-deve-cair-36-em-2020/

 

Compartilhe nas redes sociais:
O mercado financeiro reduziu a projeção do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) este ano para menos 2,96%, contra os menos 1,96% apontados na semana passada. A informação consta do boletim Focus, com a projeção para os principais indicadores econômicos, divulgado hoje (20) pelo Banco Central. O boletim também registrou um corte na taxa básica de juros (Selic) de 2020 para 3%, ante os 3,25% da semana anterior.

As previsões do mercado para o PIB de 2021 é de um crescimento de 3,10%. Já para 2022 e 2023 a previsão continua sendo de crescimento de 2,50%.

A cotação do dólar é que a moeda deve fechar o ano em R$ 4,80, contra R$ 4,60 previstos na semana passada. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 4,50, contra R$ 4,47 da semana passada. Para 2022, a previsão é de que o câmbio fique em R$ 4,40 e, em 2023, em R$ 4,50.

Inflação

As instituições financeiras consultadas pelo BC também reduziram a previsão de inflação de 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 2,52% para 2,23%.

Para 2021, a estimativa de inflação também foi reduzida de 3,50% para 3,40%. A previsão para os anos seguintes não teve alterações e permanece em 3,50%.

A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual em cada ano.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 3,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic tenha mais uma redução e encerre 2020 em 3% ao ano. Na semana passada a previsão para o fim de 2020 era 3,25% ao ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 4,5% ao ano. A previsão anterior era de 4,75% ao ano. Para o fim de 2022 e o de 2023, as instituições mantiveram a previsão em 6% ao ano.

Na primeira elaboração do Boletim Focus deste ano, os economistas previam um crescimento de 2,30% no PIB. Devido aos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus (covid-19), essa é a décima semana consecutiva em que a previsão da atividade econômica brasileira é reduzida. Para o ano que vem, os principais analistas do mercado financeiro estimam que a economia irá crescer 3,10%.

Edição: Fernando Fraga

https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-04/mercado-financeiro-reduz-novamente-previsao-do-pib-para-2020

 

Compartilhe: 
Compartilhe nas redes sociais:

Pessoa jurídica - Desconto de duplicata

Classificadas por ordem crescente de taxa

Período: 
24/03/2020 a 30/03/2020

Modalidade: Pessoa jurídica - Desconto de duplicatas

Tipo de encargo: Pré-fixado

    Taxas de juros
Posição Instituição % a.m. % a.a.
1 BCO J.P. MORGAN S.A. 0,39 4,74
2 BCO CITIBANK S.A. 0,58 7,12
3 BCO DE LAGE LANDEN BRASIL S.A. 0,62 7,70
4 BCO MERCEDES-BENZ S.A. 0,64 7,94
5 BANCO FIDIS 0,68 8,44
6 BCO VOTORANTIM S.A. 0,74 9,22
7 BANCO BTG PACTUAL S.A. 0,91 11,50
8 ITAÚ UNIBANCO S.A. 0,94 11,85
9 BCO SAFRA S.A. 1,06 13,52
10 BCO DO BRASIL S.A. 1,08 13,73
11 BCO BRADESCO S.A. 1,13 14,39
12 BCO BNP PARIBAS BRASIL S A 1,16 14,83
13 BCO SANTANDER (BRASIL) S.A. 1,19 15,19
14 BCO DAYCOVAL S.A 1,22 15,68
15 HS FINANCEIRA 1,40 18,18
16 BCO INDUSTRIAL DO BRASIL S.A. 1,43 18,62
17 BCO ABC BRASIL S.A. 1,57 20,52
18 SANTANA S.A. - CFI 1,59 20,83
19 BCO DO ESTADO DO RS S.A. 1,60 20,98
20 OMNI BANCO S.A. 1,62 21,29
21 BANCO MONEO S.A. 1,76 23,31
22 BCO RENDIMENTO S.A. 1,90 25,29
23 BCO BANESTES S.A. 1,94 25,86
24 BANCO ORIGINAL 1,98 26,48
25 BCO FIBRA S.A. 2,01 26,92
26 BCO SOFISA S.A. 2,05 27,59
27 BCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 2,10 28,32
28 CAIXA ECONOMICA FEDERAL 2,21 29,94
29 ZEMA CFI S/A 2,21 29,96
30 BANCO RANDON S.A. 2,24 30,44
31 BCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. 2,25 30,56
32 SANTINVEST S.A. - CFI 2,39 32,79
33 BCO TRIANGULO S.A. 2,53 34,94
34 BCO DA AMAZONIA S.A. 3,04 43,20
35 BCO MAXINVEST S.A. 3,43 49,95
36 BCO CAPITAL S.A. 3,43 49,95
37 BCO LUSO BRASILEIRO S.A. 3,44 50,10
38 BCO DO EST. DE SE S.A. 3,49 50,87
39 BIORC FINANCEIRA - CFI S.A. 3,55 51,96
40 BCO CREFISA S.A. 3,85 57,26
41 BRB - BCO DE BRASILIA S.A. 3,85 57,43
42 BCO RIBEIRAO PRETO S.A. 3,88 57,84
43 FINAMAX S.A. CFI 6,72 118,15
44 BANCO DIGIO 8,65 170,50
45 VIA CERTA FINANCIADORA S.A. - CFI 12,12 294,80


Fonte: Banco Central do Brasil

 

Compartilhe nas redes sociais:
Metade dos estabelecimentos que suspenderam as atividades pelo coronavírus são micro e pequenas empresas, aponta um balanço da PontoMais. Segundo o levantamento, que contou com mais de 10 mil empresas,  35% dos trabalhadores não batem ponto desde o dia 15 de março.

O estudo reflete o momento de incertezas em meio à quarentena da Covid-19, que muda nas formas de agir das empresas.

Dentro dos setores mais afetados estão as clínicas de estéticas e saúde, que aparecem em primeiro lugar, representando 16% da base sem atividade. Restaurantes e bares foram os segmentos mais citados a respeito de crise nos últimos dias, já que muitos estabelecimentos estão fechados para o público e isso interfere diretamente na economia e na vida das pessoas. O setor vem em segundo lugar e representa 13% das empresas que não registraram atividade de trabalhadores.

Lojas de roupas e acessórios fazem parte dos 10% das empresas paradas no Brasil, seguida do varejo de móveis, equipamentos e peças que segue em queda representando 9% dos estabelecimentos que não estão registrando ponto.

“Esses dados mostram empresas que não apresentaram atividade de registro de ponto e acompanhamento de jornada nesse período de quarentena. Nos dá um parâmetro real e comprovado de como os setores estão se comportando e quais são os mais afetados”, explica Gabriel Colombo, diretor de aquisição da Pontomais.

De todas as empresas que estão totalmente sem atividades de registro de jornada, as micro e pequenas empresas de até 10 colaboradores representam metade dos estabelecimentos que não estão registrando ponto no país.

SETORES QUE SEGUEM EM ATIVIDADE

Os quatro setores que juntos chegam a pouco mais de 1% das empresas sem atividade de registro de ponto nesse período são os enquadrados como essenciais: supermercados (0,26%), o agronegócio (0,26%), o segmento de energia e combustíveis (0,13%). Um que chama a atenção é o mercado pet, que em meio à crise segue com suas equipes de funcionários trabalhando praticamente de forma estável, representando apenas 0,39% das empresas que estão sem registro nesse momento.

O segmento de hotéis e turismo faz parte de 1% das empresas paradas no país. O setor de diversão, recreação e eventos chegam a apenas 3%.

https://paranaportal.uol.com.br/economia/micro-pequenas-empresas-atividades-brasil-coronavirus/

 

Compartilhe nas redes sociais:
Empresas começam a obter na Justiça, por causa da pandemia da covid-19, o direito de trocar dinheiro penhorado ou depósito judicial por seguro, fiança bancária ou outros bens em discussões com a Fazenda Nacional. Nas execuções fiscais, as empresas são obrigadas a garantir o pagamento ao Fisco em caso de derrota.

Há pelo menos três decisões de segunda instância favoráveis aos contribuintes. Uma delas do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, em São Paulo, e duas do TRF da 4ª Região, no sul do país - uma pela liberação de penhora, via Bacen Jud, sem que a empresa apresentasse garantia em troca.

“Essas decisões mitigam uma posição mais tradicional dos tribunais, que prevalecia antes da pandemia, de que o dinheiro precede a todas as garantias”, diz o advogado Maurício Faro, do escritório BMA Advogados.

Há jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), favorável à União, sobre o assunto. O entendimento dos ministros, firmado antes da crise do coronavírus, é o de que a Lei de Execuções Fiscais estabelece uma lista com a ordem de preferência das garantias, onde o dinheiro aparece em primeiro lugar. Por isso, até a situação gerada pela pandemia, eram raríssimas as decisões que permitiam às empresas fazer a substituição.

Nos processos, a Fazenda Nacional afirma que o levantamento de depósito só pode ser feito após decisão final do Judiciário. Além disso, desde 1998, com a edição da Lei nº 9.703, os valores dos depósitos judiciais passaram a ficar disponíveis para a União na Conta Única do Tesouro Nacional e são considerados como parte do orçamento.

“É preciso, então, equilibrar dois pratos nessa questão. Um deles é que esses depósitos estão contemplados no orçamento votado pelo Congresso e que está sendo executado e o outro é a necessidade das empresas de alimentarem o seu fluxo de caixa para, muitas vezes, conseguirem manter a atividade”, diz Leonel Pittzer, sócio do Fux Advogados.

Em uma das decisões que favorecem o contribuinte, o desembargador Cotrim Guimarães, da 2ª Turma do TRF da 3ª Região, destaca que “é público e notório que as empresas estão na iminência de sofrer grande dificuldade econômica diante da pandemia que se acelera entre nós, isso porque é presumível que terão perdas significavas de receitas e, em sentido contrário, aumento de despesas inesperadas para se manter, minimamente, em atividade”.

Ele aplicou o princípio da menor onerosidade, o dispositivo do Código de Processo Civil (CPC) que equipara dinheiro à fiança bancária e ao seguro garantia, e considerou também que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) passou a “possibilitar às empresas substituir os depósitos recursais e penhoras sobre dinheiro por fiança bancária ou seguro garantia” (processo nº 5003034-09.2019.4.03.0000).

No dia 27 de março, em meio à situação gerada pelo coronavírus, os conselheiros do CNJ se manifestaram sobre o tema ao julgarem uma resolução do Conselho Superior da Justiça do Trabalho que dificultava o uso desses instrumentos nos processos judiciais. Eles consideraram que tal previsão é ilegal porque o CPC - como afirma o desembargador do TRF da 3ª Região - equipara o seguro a outras formas de garantia.

“A reconsideração se mostrou razoável no sentido de ser uma permissão em caráter excepcional”, afirma o advogado que representa a empresa no TRF, Sandro Machado dos Reis, do Bichara Advogados. “Além disso, o seguro oferecido garante o pagamento do valor em discussão e um acréscimo de 30%, conforme exigência da PGF”, acrescenta. Por meio da Portaria nº 440, de 2016, a Procuradoria Geral Federal (PGF) impõe requisitos para a troca de garantia em execução fiscal da União. A Fazenda já recorreu.

A decisão do CNJ vem servindo como impulso para que as empresas apresentem os pedidos ao Judiciário. E as solicitações têm sido até mais ousadas. Por exemplo, para que a dívida passe a ser garantida por bem imóvel ou mesmo para que não haja nenhuma garantia.

Já há decisões do TRF da 4ª Região também nesse sentido. Em uma delas, o desembargador atendeu pedido de uma empresa do interior do Paraná, a Comercial Matelândia, que atua no comércio de equipamentos e produtos para a construção, para liberar valores penhorados via Bacen Jud, e em troca apresentar um imóvel como garantia à execução fiscal.

Ao julgar o caso, o desembargador Alexandre Rossato da Silva Ávila também levou em conta a crise gerada pela pandemia. “Diante deste contexto de grave crise social e econômica, impõe-se a flexibilização da uniformidade da jurisprudência, conferindo à proteção da confiança e à segurança jurídica interpretação que pondere os interesses do devedor e os da Fazenda Pública”, afirma na decisão (processo nº 5012221-77.2020.4.04.0000).

Em uma outra decisão do TRF da 4ª Região, também sobre valores bloqueados via Bacen Jud, a Hidrautini, empresa de automação hidráulica do Rio Grande do Sul, conseguiu a liberação dos valores sem oferecer nada em troca (processo nº 5012 975-19.2020.4.04.0000).

O desembargador Francisco Donizete Gomes levou em conta a dificuldade de operacionalização do seguro e da fiança “em meio à pandemia que assola o país”. “Com isso não se quer dizer que a execução não terá prosseguimento, com a busca de bens para saldar a dívida fiscal que titulariza a executada, mas sim que, levando-se em consideração os interesses das partes, e restando comprovado que as verbas desbloqueadas são dirigidas ao pagamento de salários, sobrepõe-se o princípio da menor onerosidade”, frisa na decisão.

O advogado Eduardo Kiralyhegy, sócio do escritório NMK Advogados, chama a atenção, no entanto, que os magistrados têm levado em conta as situações específicas de cada contribuinte. “O Judiciário está cada vez mais refratário em conceder decisões que sejam uma carta branca para todos”, diz.

Já a advogada Priscila Faricelli, do Demarest Advogados, alerta que é mais difícil obter a liberação de valores em depósito judicial do que os penhorados. “No depósito, o dinheiro é receita pública porque está na conta do Tesouro”, afirma. Outro desafio, segundo ela, é concretizar a liberação dos depósitos porque não há mais acesso a alvarás físicos. “Deveria haver uma mudança de regra dos bancos para agilizar isso on-line.”

Por meio de nota, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) diz que “o esforço da União Federal no combate à pandemia, e os custos decorrentes dessa empreitada, não justificam que se defira a pretensão do contribuinte, nada obstante as noticiadas dificuldades econômicas pelas quais passam as empresas”.

O órgão também contesta o uso da recente orientação do CNJ sobre o uso do seguro garantia e da fiança bancária em substituição ao depósito recursal. Argumenta que a medida é válida especificamente para a execução trabalhista. “Os depósitos recursais vinculados à Justiça do Trabalho não se submetem ao rito da Lei 9.703, de modo que permanecem imobilizados em conta vinculada ao juízo e corrigida pela poupança”, diz a nota.

https://www.sinfacsp.com.br/noticia/empresas-conseguem-liberar-dinheiro-e-depositos-judiciais-valor-economico

 

Compartilhe nas redes sociais:
O governo federal irá lançar um programa de crédito a microempresas via Caixa Econômica Federal, que assumirá o risco de inadimplência para negócios com faturamento anual de até 360 mil reais que apresentarem histórico de bom pagamento no Simples, afirmaram duas fontes da equipe econômica à Reuters.

Segundo as fontes, que falaram em condição de anonimato, cerca de 3 milhões de empresas poderão ser contempladas e a expectativa é que o volume de crédito some 10 bilhões de reais, com carência nas parcelas iniciais e pagamento dos empréstimos em prestações alongadas.

O programa deverá sair nesta semana. A opção por canalizar os recursos via Caixa veio pela percepção de que a medida é urgente, em meio ao congelamento das atividades com as medidas de isolamento tomadas para frear o contágio pelo coronavírus.

“Tenho um cadastro de CNPJs de empresas ativas e operantes e que estão em dia com a Receita. Nada melhor do que dar uma reciprocidade a elas pelo fato de serem boas pagadoras”, disse uma das fontes.

Inicialmente, pensou-se num modelo em que o Tesouro disponibilizaria os recursos para operações de crédito via bancos públicos. Para o desenho seguir adiante, contudo, seria necessário formatar a proposta e enviá-la ao Congresso, o que seria mais demorado.

Por ora, prevalece a ideia de ofertar às empresas um crédito equivalente a 30% de dois faturamentos mensais. Segundo uma das fontes, essa é a estimativa do valor, em média, que as empresas precisariam “para sobreviver”.

O Simples Nacional é um regime simplificado de arrecadação tributária que contempla micro e pequenas empresas, com receita bruta de até 4,8 milhões de reais ao ano.

A avaliação do governo, entretanto, é que os empreendedores que faturam mais de 360 mil reais já foram contemplados pelo novo programa de crédito para a folha de pagamento, em que o Tesouro assume o risco majoritário de inadimplência para o financiamento de até dois salários dos empregados.

O programa de 40 bilhões de reais foi voltado para empresas com faturamento anual de 360 mil a 10 milhões de reais. O Tesouro entrará com 17 bilhões de reais por mês, e os bancos contribuirão com 3 bilhões de reais.

No fim de semana, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou que a delimitação no financiamento à folha ocorreu porque, abaixo do piso estabelecido para a receita bruta das empresas, o Banco Central não consegue identificar se os recursos estão sendo canalizados de fato para o pagamento de salários –uma das premissas do programa.

A segunda fonte ouvida pela Reuters pontuou que o governo precisa estender uma corda para as microempresas nesse momento de extrema dificuldade.

O socorro para as grandes companhias está em estudo, mas deve vir depois, pela percepção de que essas empresas dispõem de mais fôlego para atravessar os próximos dias. O governo também monitora se “soluções de mercado” não irão aparecer, com a compra de negócios por concorrentes. Muitos pequenos negócios, em contrapartida, estão na iminência de quebrar já em abril.

Segundo a Reuters apurou, a equipe econômica tentou pegar carona em projeto do senador Jorginho Mello (PL-SC) para emplacar sua proposta para as microempresas, que previa inicialmente aporte do Tesouro. Mas o substitutivo da senadora Kátia Abreu (PP-TO) aprovado no Senado acabou com escopo maior e mais complexo do que o demandado na crise, na visão dos técnicos da Economia.

Procurada, a Caixa Econômica Federal não se manifestou até o momento.

https://www.sinfacsp.com.br/noticia/governo-lancara-programa-de-credito-de-r-10-bilhoes-a-microempresas-via-caixa-moneytimes

 

Compartilhe nas redes sociais:

(Bloomberg) — As medidas econômicas adotadas pelo governo federal para enfrentar os efeitos do coronavírus estão no caminho certo, mas ainda será preciso fazer mais e garantir a implementação de tudo o que está sendo proposto, disse o secretário de Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, em entrevista.

Como forma do dinheiro chegar na mão de quem precisa, ele vê como essencial que o Congresso dê poder ao Banco Central para comprar títulos privados de empresas para suprir o crédito.

“Uma das medidas mais importantes neste momento é a compra direta das carteiras de crédito pelo Banco Central, viabilizando alívio de risco para o sistema financeiro emprestar de forma mais fluída”, disse o ex-presidente do BC e ex-ministro da Fazenda. “Cabe um trabalho rápido do Senado. Isso é fundamental e se não ocorrer não teremos solução para enfrentar colapso da economia”, disse.

A ampliação dos poderes do BC está prevista na PEC do chamado Orçamento de guerra, cuja votação foi adiada para quarta-feira pelo Senado.

Linhas de financiamento já anunciadas pela equipe econômica para ajudar o setor produtivo também precisam chegar na ponta, afirmou Meirelles. “A direção está correta. Temos no entanto uma questão de execução, precisa ser mais rápida.”

Para isso, o caminho pode ser usar os bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil, mesmo que implique em aportes de recursos do Tesouro nessas instituições. Embora o déficit primário brasileiro previsto em 2020 já esteja próximo de R$ 500 bilhões com as medidas anunciadas, o que tira o Brasil da trajetória de ajuste fiscal que estava sendo buscada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, Meirelles disse que a hora é de salvar o parque industrial brasileiro e os empregos.

“As pessoas esquecem que na hora em que vai retomar a atividade, precisa dos trabalhadores e eles precisam estar vivos. Preservar vida é dever do Estado. Se faz isso e, em consequência, beneficia a economia.”

Apesar do cenário incerto, o ex-ministro prevê uma retração de 5% no PIB em 2020, mas disse que alguma recuperação já poderia começar a ocorrer no 3o. trimestre deste ano. A maior queda, segundo ele, será no 2o. trimestre, em torno de 10%.

Outro ponto que na visão de Meirelles pode demandar a ação do Tesouro é nas dívidas de estados e municípios com organismos multilaterais. “Esses bancos estão fora da jurisdição do Brasil e isso ainda é um valor substancial que continuará a ser pago. Poderia ser resolvido mediante aporte dicional da União para pagar os avais que têm nos empréstimos desses orgãos.”

 

A aprovação pelo Congresso do projeto de ajuda financeira a estados e municípios que reformula o chamado “plano Mansueto“ é importante para que os governadores possam combater os efeitos da crise. Meirelles lembrou que a proposta prevê uma ajuda financeira pelas perdas decorrentes das medidas de isolamento social na arrecadação de ICMS.

A equipe econômica já se comprometeu reforçar os fundos de participação, mas Meirelles ressalta que isso não é suficiente porque a maior parte do dinheiro desses fundos vai para estados do Norte e Nordeste, enquanto o epicentro da pandemia é o Sudeste.

“Recomposição ICMS e suspensão do pagamento das dívidas de 2020 são fundamentais”, disse.

Meirelles afirmou que, apesar da visão do presidente Jair Bolsonaro de que deve haver uma flexibilização das medidas de isolamento social, o que vai prevalecer dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) — se este tema acabar judicializado –é a prerrogativa dos governos locais de decidirem.

O ex-ministro demonstrou cautela ao falar sobre o uso das reservas internacionais para combater os efeitos da crise. Segundo ele, esse tipo de instrumento deve ser usado quando existe uma crise de liquidez. “Isso tem que ser usado com prudência.”

Compartilhe nas redes sociais:

(Bloomberg) — Diante das incertezas provocadas pelos efeitos do coronavírus na economia, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 trará um mecanismo pelo qual a meta de resultado primário do ano que vem poderá variar, afirmaram quatro fontes com conhecimento do assunto.

A equipe econômica não sabe nem mesmo qual será o tamanho do rombo nas contas de 2020, e tem tido dificuldades em estimar qual será o tamanho do déficit fiscal do próximo ano, disseram as pessoas, que pediram para não ser identificadas já que as discussões não são públicas.

Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo é obrigado a fixar uma meta fiscal. O prazo legal para o envio da LDO 2021 ao Congresso é 15 de abril. No projeto de lei, é preciso estimar variáveis como PIB e inflação, que impactam tanto nas receitas como nas despesas. Os técnicos da equipe econômica estão com dificuldades para fazer projeções, tendo em vista as incertezas do cenário. De acordo duas fontes, o déficit de 2021 poderia chegar a R$ 150 bilhões, comparado com uma meta original de R$ 68,5 bilhões.

Os detalhes da proposta ainda não foram finalizados, segundo duas pessoas. O Brasil já teve bandas para a meta fiscal ao invés de um número fixo, mas o mecanismo adotado poderá ser novo, como vincular as metas a cenários economicos, elas disseram.

O Ministério da Economia não respondeu a um pedido de comentário.

O governo já editou um decreto de calamidade pública pelo qual ficou desobrigado de cumprir a meta fiscal de 2020, que era de R$ 124 bilhões. O número já está estimado em R$ 419 bilhões, mas pode chegar a R$ 500 bilhões, segundo a equipe econômica.

Um dos argumentos para a adoção de uma meta flexível é evitar revisões consecutivas do número caso a economia tenha um desempenho diferente do que o previsto hoje pelo governo, disse uma das fontes. Analistas tem revisado sucessivamente projeções para a economia brasileira, com o Banco Mundial prevendo contração de 5% no PIB em 2020.

Há uma preocupação na equipe econômica para que a flexibilização da meta não seja interpretada como um afrouxamento fiscal por parte do governo, segundo duas pessoas. Como forma de garantir seu comprometimento com o fiscal, o governo vai focar o discurso na preservação do teto de gastos, considerado pelo mercado financeiro como uma das mais importantes amarras fiscal do país.

 
Compartilhe nas redes sociais:
Após dias registrando preocupantes índices de operações de entradas de caixa nunca superiores a 70%, o setor atingiu ontem (08/04) 91,19% entre as empresas que compõem o “Gabinete de Crise” criado pelo SINFAC-SP, atualmente formado por 72 membros.

“Este resultado é uma excelente notícia, pois mostra que aos poucos estamos vencendo a barreira do medo e operando de forma segura”, argumenta o presidente do SINFAC-SP, Hamilton de Brito Junior (Credere Consultoria e Fomento Mercantil).

Segundo o dirigente, embora à primeira vista pareça que o mercado esteja abandonando a cautela e acelerando as operações, ocorre justamente o contrário. “As empresas estão realizando operações mais seguras, estipulando determinados requisitos para a liberação de crédito, como o atendimento a segmentos fora de quarentena, mercadorias entregues e confirmadas, sem restrições nem pedidos de prorrogação”, explica o líder setorial.

“O factoring está voltando às suas origens, financiando as pequenas e médias empresas sérias, mesmo que tenham restrições, mas com uma forte avaliação do risco/sacado”, complementa Hamilton.

Índices

 

 
Já o índice médio de liquidez diária registrado foi de 67,9% no dia 7 e 71,75% ontem (8), enquanto o índice de operações diárias ficou em 54,8% no dia 7, baixando para 51,58% no dia seguinte.

Informações

O andamento da pesquisa se dá por meio de uma ferramenta de levantamento estatístico, que diariamente envia aos inscritos o link das perguntas. Cabe às empresas, logo pela manhã, enviar os seus números à entidade, por meio deste caminho. Em seguida, eles são tabulados, gerando-se a média do dia, e divulgados detalhadamente aos componentes do “Gabinete de Crise”.

Inclusão

Para entrar neste grupo, o interessado deve fazer a solicitação exclusivamente no e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. informando o número do celular e o nome da empresa. Em seguida, basta acompanhar a inclusão no grupo do WhatsApp e preencher a pesquisa em curso no dia.

O Sindicato reforça ao pretendente a importância do compromisso de diariamente enviar as informações da sua empresa, ação que garantirá a participação no grupo.

O não fornecimento das informações ao Sindicato levará à exclusão do participante, que deixará de receber o feedback pormenorizado das respostas às perguntas formuladas no grupo.

Fonte: Reperkut

https://www.sinfacsp.com.br/noticia/aumento-de-operacoes-em-comparacao-com-as-entradas-de-caixa-do-dia-indica-que-empresas-atuam-com-maior-seguranca

 

Compartilhe nas redes sociais:
A crise provocada pelo novo coronavírus expôs uma série de questões importantes para a humanidade. A falta de atendimento básico de saúde e a fragilidade de alguns territórios ficaram evidentes. A queda na poluição em função da quarentena revela o impacto da atividade econômica no meio ambiente. “Tudo fica mais transparente em momentos de crise”, afirma Carlos Takahashi, presidente gestora de ativos BlackRock no Brasil. 

Para as organizações, o momento é decisivo. Segundo Takahashi, passada a pandemia, a sociedade vai demandar mais responsabilidade e os padrões de atuação empresarial vão mudar. Como consequência, ele prevê uma nova precificação de ativos.  “Esse evento deixou muito claro a importância de se olhar para o longo prazo”, afirma o executivo. 

Maior gestora de ativos do mundo, com uma carteira de quase 7 trilhões de dólares, a BlackRock é uma das organizações mais ativas na disseminação do chamado capitalismo de stakeholder, modelo de gestão de empresas que coloca o impacto gerado pelas companhias à frente do lucro. Para os defensores desse novo capitalismo, o resultado financeiro é apenas a consequência de uma boa gestão e, para obtê-lo, as empresas devem atuar com base em um propósito, que é a sua razão de existir. 

Takahashi acredita que esse movimento em direção a um novo capitalismo irá se intensificar por conta da pandemia. “Tanto que nosso CEO, Larry Fink, reescreveu sua carta anual aos investidores”, afirma. Em janeiro deste ano, em seu comunicado aos investidores, Fink fez compromissos importantes, como o de desinvestir em setores intensivos em carbono, a exemplo da indústria de carvão térmico. No final de março, ele publicou um novo texto, em que praticamente dobra a aposta na análise sustentável das empresas. “Quando emergirmos dessa crise, e à medida que os gestores reequlibrem seus portfólios, teremos a oportunidade de acelerar a transição para um mundo mais sustentável”, afirmou Fink. 

A tecnologia ajudará nesse processo. A BlackRock utiliza um sistema proprietário de análise de riscos e construção de portfólios chamado Aladdin. Este ano, a gestora finalizou uma atualização no sistema para incluir métricas de ESG (sigla para meio ambiente, social e governança), transversalmente, em todas as suas análises. O ESG estabelece padrões mensuráveis de gestão sustentável. É a versão financeira do capitalismo de stakeholder.   

O Brasil no caminho certo

Se, por um lado, o novo capitalismo demanda um pensamento de longo prazo, a severidade da crise exige medidas emergenciais. “Eu comparo a economia brasileira, neste momento, a um paciente na UTI”, diz Takahashi. “Ele precisa de acompanhamento intensivo, o que significa tomar decisões diariamente”. Para o executivo, o conjunto de medidas anunciado pelo Ministério da Economia e pelo Banco Central é bastante razoável e, se o Brasil se comunicar bem com o mercado, os investidores vão retornar.  “O País vinha em uma boa trajetória, apesar de alguns atrasos nas reformas e do crescimento decepcionante em 2019”, afirma. “Se o governo conseguir comunicar bem as ações que estão sendo tomadas e as que virão, o ambiente será positivo”. 

O cenário externo será complexo, no entanto. Desde o início da crise, os mercados emergentes sofreram a maior fuga de capitais da história, com os investidores buscando mais segurança, em vez de rentabilidade. Após a pandemia, todos os países estarão preocupados em reconstruir a própria economia, o que implica olhar mais para dentro, algo que o Brasil também terá de fazer. 

A recuperação promoverá três agendas concomitantes: a de esforços emergenciais de contenção da crise, voltada para o social; medidas mais amplas de retomada, focadas na reconstrução econômica; e a agenda empresarial, concentrada no desenvolvimento de uma nova maneira de atuar perante a sociedade. “As três se conversam e têm como fio condutor a sustentabilidade”, define Takahashi.

https://exame.abril.com.br/mercados/havera-uma-nova-precificacao-de-ativos-apos-a-pandemia-diz-blackrock/

 

Compartilhe nas redes sociais:

Copyright ©. Todos os direitos reservados a Sinfac-PA. Desenvolvido por
       

Search