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Apesar de algumas medidas adotadas pelo governo para ajudar pequenos e médios empresários, na prática, várias empresas de pequeno porte seguem em situação difícil, gerando preocupações sobre o processo de retomada da economia brasileira.

Sendo as mais afetadas pela crise desencadeada pela pandemia da Covid-19, as pequenas empresas do Brasil vêm lutando como podem para sobreviver em meio às incertezas que tomaram conta do país nos últimos meses. E, com problemas para conseguir crédito, as dificuldades enfrentadas por esses empresários podem colocar em risco o processo de retomada da economia brasileira.

O diagnóstico faz parte de um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) na semana passada, que mostrou um baixo índice de confiança entre os empresários de pequeno porte, fraca recuperação da demanda, dificuldade para conseguir crédito e perspectiva de normalização, por boa parte deles, apenas para 2021.

"O governo tem feito algumas medidas para essas pequenas e médias empresas. Mas o grande problema, de uma forma ampla, é que quem é pequeno não tem toda aquela papelada em dia, todas as certidões, os 'nada consta', essas questões de cartório", diz em entrevista à agência de notícias Sputnik Brasil o economista Gilberto Braga, professor do Ibmec-Rio e da Fundação Dom Cabral. "Então, por uma questão burocrática, há uma certa dificuldade no acesso às linhas de créditos, por conta dessa documentação que os pequenos e médios não conseguem atender."

Entre as medidas mais recentes tomadas pela administração federal para tentar melhorar esse cenário está a regulamentação do Programa de Capital de Giro para Preservação de Empresas (CGPE), com o qual se espera destravar até R$ 120 bilhões em crédito para micro, pequenos e médios empresários, a condições melhores do que as encontradas em geral no mercado.

Com esse programa, o Banco Central, na prática, amplia a base de capital dos bancos para que eles possam correr mais riscos ao conceder créditos para empresas de menor porte.

"Esse tipo de atividade de empreendedorismo, das pequenas e médias empresas, elas, normalmente, se dedicam à prestação de serviços a pequenos comércios e são grandes contratadores de mão de obra. Embora não sejam contratantes como uma indústria, que pode colocar uma quantidade imensa de empregados, mas são negócios que contratam um, dois, três, cinco, até 10 funcionários e, assim, geram emprego na economia, fazem o dinheiro circular. As pessoas gastam, as pessoas pagam tributos, os governos arrecadam, então, fazem a roda econômica andar para a frente", afirma Braga.

Segundo o especialista, a flexibilização das condições para concessão de crédito é essencial para aumentar as chances de sobrevivência desses negócios de menor porte. No entanto, com a decisão pela concessão a cargo dos bancos, o índice de resposta negativa é muito alto, o que leva muitos desses negócios a quebrarem antes de a questão ser resolvida.

"Da mesma forma, a crise gera oportunidades para novos negócios", pondera o especialista, argumentando sobre a possibilidade de haver um lado menos sombrio da crise. "Então, o governo poderia ter algum tipo de incentivo exatamente para estimular, para facilitar essa organização, para que esses pequenos negócios também pudessem surgir em momentos de pandemia como esse que estamos vivendo."

Na passagem de junho para julho, o indicador de incerteza da economia recuou 9,9 pontos. Essa foi a terceira queda mensal seguida do indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV), mas, segundo informou o G1 nesta sexta-feira (31), os recuos ainda não foram suficientes para recuperar as perdas provocadas pela pandemia da Covid-19.

O último indicador de incerteza, em 163,7 pontos, ainda está muito acima do recorde registrado antes do surto do coronavírus, que ocorreu em setembro de 2015, quando o índice chegou a 136,8 pontos. (Com agência Sputnik Brasil)

https://www.jb.com.br/economia/2020/07/1024924-sem-garantia-de-sobrevivencia--pequenas-empresas-ameacam-economia-brasileira.html

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo que autorizou o ministro da Economia, Paulo Guedes, a discutir a criação de um novo imposto baseados nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF).

No entanto, ele destacou que a eventual adoção dessa medida deve vir acompanhada de desonerações ou extinção de algum tributo atualmente em vigor, de acordo com declarações publicadas pela mídia.

Segundo o presidente, o governo não pretende aumentar a carga tributária do país. "Ninguém aguenta pagar mais imposto", afirmou durante parada em uma padaria em Brasília.

Bolsonaro disse ainda que dentre as possibilidades de compensação para o novo tributo, que estão sendo discutidas com Guedes, estaria a revisão na tabela do Imposto de Renda.

"O que eu falei com o Paulo Guedes. Pode ser o imposto que você quiser. Tem que ver do outro lado o que vai deixar de existir. Se vai diminuir a tabela do Imposto de Renda, fazer desoneração, acabar com o IPI [Imposto sobre Produto Industrializado]. Tem que botar os dois lados da balança", acrescentou o presidente.

Na mesma ocasião, Bolsonaro confirmou que, a princípio, o executivo André Brandão será o próximo presidente do Banco do Brasil.

https://www.terra.com.br/economia/bolsonaro-da-aval-a-guedes-sobre-nova-cpmf-com-desoneracoes,4f6ce4fe1760dde6cfda487e701eb2cft5uktywr.html

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O tema já foi alvo do grupo de humor Porta dos Fundos, para quem “a meia é a nova inteira, e a inteira é o novo dobro”. A piada, no entanto, não é mera impressão. Quase 80% de todos os ingressos de cinema vendidos no Brasil no ano passado tiveram preço de meia-entrada. A participação do ingresso na categoria inteira nas receitas das redes cai há três anos, segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Os dados levaram o órgão regulador a abrir uma consulta pública sobre a obrigatoriedade legal da meia-entrada e seus impactos no mercado exibidor. A discussão está aberta para contribuições até 13 de agosto, mas o Ministério da Economia já se manifestou e defendeu a extinção de todas as regras que garantem o benefício.

Toda a análise tem como base as informações do Sistema de Controle de Bilheteria (SBC), por meio do qual a Ancine tem acesso às informações de mais de 3 mil salas em todo o País desde 2017. Os dados são fornecidos praticamente em tempo real e mostram os números de vendas de ingressos por categoria, dia, horário e filme. As meias são divididas em legais (permitidas por lei), promocionais – por meio de parcerias comerciais com operadoras de telecomunicações ou bancos, por exemplo – e cortesias, ou seja, bilhetes gratuitos.

Com base nas informações fornecidas pelas redes de cinema no Brasil, a Ancine descobriu que venda de ingressos na categoria inteira, que era cerca de 30% em 2017, caiu para 21,6% no ano passado. Quase 60% das meias-entradas concedidas no ano passado estavam ligadas às diversas leis que existem no País sobre o tema.

Há três leis federais sobre o assunto, que garantem o benefício a estudantes, jovens de baixa renda, pessoas com deficiência e adultos com mais de 60 anos. A estimativa da Ancine é que 96,6 milhões de brasileiros se enquadrem nos termos da legislação federal – quase metade da população medida pelo IBGE, de 211 milhões de habitantes.

Existem também leis editadas por Estados e municípios, que ampliam o alcance da meia-entrada. Na cidade do Rio de Janeiro e no Estado de São Paulo, professores da rede estadual e municipal pagam menos. Dependendo do Estado e do município, há ainda benefícios para servidores públicos, doadores de sangue, portadores de câncer, doadores de medula, além de sindicatos de categorias profissionais.

Para o ex-secretário de Política Econômica e presidente do Insper, Marcos Lisboa, a meia-entrada nos cinemas é uma distorção que se repete em diversos setores, como no crédito, que é subsidiado para alguns setores, e no transporte público, que é gratuito para alguns grupos. Na avaliação dele, em todos os casos, se o Estado quer beneficiar algum grupo, deve pagar pelo subsídio com recursos do orçamento.

Segundo Lisboa, porém, há outras formas melhores de utilizar os recursos públicos do que custear entradas de cinema.

“O Brasil tem há muitos anos essa prática de criar distorções, em que se oferece um preço diferente para um certo grupo, e o que acontece é que o custo tem que ser coberto e preço cheio acaba ficando muito maior. Se todo mundo paga meia, a meia vira a entrada cheia”, diz Lisboa. “Isso expulsa quem paga o preço cheio do mercado, e aí o preço tem que subir mais ainda. É um ciclo vicioso.”

Por Agência Estado

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As vendas de presentes para o Dia dos Pais este ano devem ser marcadas por compras pela internet, por causa do novo coronavírus. Pesquisa realizada pela Boa Vista para identificar o comportamento e as perspectivas de compra dos consumidores brasileiros nessa data, que é comemorada no próximo domingo, mostra que a intenção de adquirir algum item subiu 142%, na comparação com o mesmo período de 2019. Para 58% dos entrevistados, trata-se de um novo hábito de compras, neste momento de pandemia.

Por conta disso, 80% pretendem gastar o mesmo valor, se comparado com igual período do ano passado, ou menos. “Os consultados indicam que a conjuntura econômica preocupa e inibe investimento alto no presente”, diz a nota.

O ticket médio geral será em torno de R$ 173, o que significa 5% menor quando comparado ao de 2019.

A despeito disso, 96% consideram importante presentear nesta data. De acordo com o levantamento, serão presenteados pais (46%), maridos (29%) e sogros (7%), com itens de setores já tradicionalmente comercializados: vestuários e calçados (45%), acessórios (17%) e perfumes/cosméticos (16%).

Retomada da atividade

A Boa Vista também questionou os entrevistados sobre a retomada gradual do comércio e serviços. Para 60%, essa ideia recebeu apoio, com 29% afirmando que voltaram a ter uma rotina de compras fora de casa, priorizando idas a supermercado (64%), restaurantes e padarias (29%). Roupas e calçados representam 21% desse universo.

Neste sentido, a pesquisa reforça o observado desde o início da quarentena, que foi a busca por compras online, devido ao fechamento do comércio como forma de atenuar a disseminação da covid-19 na população.

Na mesma direção, a pesquisa observa mais empresas buscando o Cadastro Positivo para aperfeiçoar as análises de crédito. Este movimento “contribui com o mercado de crédito como um todo, neste momento delicado da economia”, afirma Flávio Calife, economista da Boa Vista.

Fonte: InfoMoney.

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Funcionários dos Correios afirmam que devem entrar em greve no próximo dia 18, alegando que tiveram 70 direitos revogados, como 30% do adicional de risco, vale-alimentação e auxílio-creche.

De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a categoria entrou em estado de greve e vai realizar assembleias regionais no dia 17 para confirmar a paralisação.

Em nota publicada em seu site, a federação aponta que os Correios desrespeitaram um acordo coletivo vigente até 2021, e que funcionários receberam o contracheque de agosto com descontos indevidos.

A Fentect ainda afirma que houve aumento na participação dos planos de saúde, enquanto houve redução da parte da empresa, algo incompatível com a média do piso salarial dos funcionários, de R$ 1,7 mil.

Além disso, a federação afirma que há “descaso e negligência da empresa com a vida de trabalhadores e clientes” durante a pandemia.

De acordo com a publicação, os sindicatos estão travando diversas disputas judiciais para itens de segurança, como sabonete, álcool em gel, desinfecção de agências e testagem de trabalhadores.

O sindicato também diz que os Correios se negam a fornecer os dados de funcionários e terceirizados infectados pela covid-19 e a quantidade de óbitos pela doença.

Procurados pelo jornal O Estado de S. Paulo, os Correios ainda não se manifestaram.

Fonte: InfoMoney.

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SÃO PAULO — A XP Investimentos anunciou nesta segunda-feira (20) um cartão de crédito que ficará atrelado à conta dos clientes na corretora. A diferença para os demais cartões do mercado é que ele vai dar cashback — ou seja, parte do dinheiro gasto de volta ao usuário —, mas, em vez de crédito em conta, o valor devolvido será aplicado em um fundo exclusivo.

Por enquanto, o produto está em fase beta e será testado apenas pelos funcionários do grupo XP Inc. e pelos agentes autônomos parceiros da plataforma de investimentos. A expectativa da corretora é começar a disponibilizar o cartão para um grupo de clientes no quarto trimestre deste ano, e depois para toda a base de investidores da XP no começo de 2021.

A novidade é fruto de uma parceria da corretora com a Visa que, segundo Bruno Constantino, CFO e sócio da XP Inc., está trabalhando com a companhia há um ano para desenvolver o produto. O cartão será internacional, com a bandeira Visa e da categoria Infinite, que está entre as mais completas do mercado.

Não será cobrada taxa de anuidade para os clientes da XP que quiserem ter o cartão e o custo do fundo exclusivo da XP onde os recursos do cashback serão aplicados vai ser “mínimo”, segundo Constantino. “A ideia não é a XP lucrar com isso, mas sim oferecer um produto que o nosso cliente demandava e, ao mesmo tempo, incentivá-lo a continuar investindo.”

Os clientes não serão obrigados a deixarem os recursos recebidos de cashback aplicados no fundo exclusivo, mas a corretora não definiu ainda se haverá um tempo mínimo de permanência antes da retirada. Sobre o limite do cartão, Constantino disse que ele será definido conforme o perfil de uso e o volume de investimentos do cliente na corretora.

A XP também não fechou ainda qual será a taxa de conversão do cashback — qual percentual do gasto do cliente no cartão será devolvido em forma de investimento. Essa taxa será definida conforme os testes na fase beta do produto forem sendo feitos (antes de disponibilizar para o público geral).

Os clientes que preferirem vão poder ter apenas a versão digital do cartão XP Visa Infinite no app da corretora, mas quem quiser ter o produto físico também terá essa opção. A plataforma da corretora será preparada para que o usuário do cartão possa resolver problemas básicos com poucos cliques, como mudar data de vencimento de fatura ou acompanhar os gastos, como já acontece em outras fintechs do mercado. É o mesmo app por onde os clientes hoje fazem investimentos.

Os juros que serão cobrados por quem não pagar as faturas em dia também não foram definidos ainda. O processo vai acontecer na fase de testes, antes de o produto estar disponível para todos os clientes. Constantino garantiu que eles serão menores do que os praticados pelos bancos.

“Queremos revolucionar o mercado de cartões de crédito no país da mesma forma que fizemos com os investimentos. Acreditamos que podemos transformar o segmento e mostrar que os cartões também podem ser um aliado para aumentar o potencial dos clientes como investidores”, disse o CFO da XP Inc.

 

Por Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O ministro Paulo Guedes (Economia) deve entregar, aos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), nesta terça-feira (21), a primeira fase da proposta de reforma tributária do governo federal.

A promessa vem sendo feita há mais de um ano, mas gerou ansiedade entre os agentes econômicos na semana passada após uma nova sinalização dada pelo chefe da área econômica do governo federal.

O texto inicial deverá tratar apenas da unificação de impostos federais, na forma de uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com alíquota de 12% – ponto de maior consenso, na avaliação da equipe econômica. O desenho já chegou a ser apresentado como solução por governos anteriores. Mas mesmo essa versão enxuta hoje enfrenta resistências, sobretudo do setor de serviços.

O plano do governo é deixar para uma segunda etapa a discussão acerca da possibilidade de se desonerar a folha de salários das empresas e compensar com a criação de um novo tributo sobre transações financeiras. Também devem esperar os debates sobre possíveis mudanças no Imposto de Renda e um desenho de tributação sobre lucros e dividendos como forma de viabilizar uma redução do IRPJ.

A sinalização do governo vem em meio a uma série de cobranças de parlamentares de uma posição mais clara do Palácio do Planalto sobre o assunto. Dada a complexidade do tema e a multiplicidade de interesses envolvidos, muitos argumentam ser difícil avançar sem a atuação do Poder Executivo.

O governo vinha acenando com uma proposta própria há mais de um ano, mas adiou sucessivas vezes a apresentação do texto. No momento em que chegou mais próximo de cumprir a promessa, com um modelo que combinava a introdução do IVA à recriação da CPMF, o então secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, foi demitido.

O episódio foi visto como uma pá de cal sobre a possibilidade de tributação sobre movimentações financeiras. Ao longo dos últimos meses, o assunto foi reconquistando espaço nas discussões do Ministério da Economia e não sofreu, até o momento, a mesma resistência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) do que a vista em outubro do ano passado.

Lideranças do Congresso Nacional veem como positivo o novo gesto do governo federal de apresentar um texto, mas entendem que a proposta inicial, caso contemple de fato apenas uma simplificação de tributos federais, seria muito tímida para atacar o problema. Outro desafio seria lidar com a disputa por protagonismo das duas casas legislativas no tema.

Atualmente, há duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) sobre o assunto em tramitação no parlamento. De um lado, os deputados discutem a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 45/2019, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), com base nas ideias defendidas pelo CCiF (Centro de Cidadania Fiscal).

Por Marcos Mortari

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A Caixa Econômica Federal admitiu nesta segunda-feira, 20, mais uma vez que a alta demanda pelo acesso às contas digitais causou intermitência nos aplicativos dos bancos.

Na manhã desta segunda-feira, diversos trabalhadores foram às redes sociais reclamar que os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) já haviam sido descontados do saldo, mas não apareciam para movimentação por meio do Caixa Tem. Segundo a Caixa, o problema já foi resolvido.

A procura foi grande porque hoje começa o pagamento do saque emergencial – de R$ 1.045 – do FGTS para 4,9 milhões de trabalhadores nascidos em abril.

De acordo com a Caixa, o montante liberado para os nascidos no quarto mês do ano será de até R$ 3,1 bilhões. Como os saques em espécie nas agências do banco estão limitados devido à pandemia de covid-19, o acesso à conta digital é o único meio de realizar pagamentos de contas e transferências.

“Devido ao grande volume de acessos simultâneos, o aplicativo FGTS apresentou no início da manhã intermitência, mas já voltou a ficar estável. Os recursos disponíveis aos trabalhadores com direito ao saque emergencial de até R$ 1.045 seguiram podendo ser consultados normalmente no aplicativo Caixa Tem e no site fgts.caixa.gov.br”, respondeu o banco, em nota.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) no começo deste mês, o Caixa Tem já havia mostrado instabilidade para conseguir atender os mais de 65 milhões de brasileiros que recebem o auxílio emergencial de R$ 600 por mês do governo federal. Os usuários reclamam de longas filas de espera para conseguirem acessar suas contas e chegam a receber apenas a mensagem de que o sistema estaria indisponível.

No dia 6 de julho, a Caixa reconheceu a ocorrência de “intermitência momentânea” em alguns serviços do Caixa Tem, e creditou o problema à quantidade de acessos simultâneos no aplicado, de cerca de 500 mil usuários por hora.

A Caixa lembrou nesta segunda-feira que, além do saque emergencial do FGTS e do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e Renda (BEM), o banco já pagou mais de R$ 121 bilhões do auxílio emergencial por meio do aplicativo.

 

Por Agência Estado

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SÃO PAULO – A pandemia tem gerado muitas lições e acelerado algumas tendências entre as empresas que, diante das paralisações para conter o avanço do vírus e das mudanças causadas no consumo, estão buscando soluções para enfrentar os impactos causados pela crise em seus negócios.

Soluções que vão desde a transformação digital das operações, mudança da cultura corporativa, com a adoção do teletrabalho, foco em diversidade e a preocupação com a saúde e bem-estar dos consumidores e colaboradores e o cuidado com as questões socioambientais.

Esses movimentos foram temas de diversos painéis durante a Expert XP 2020, conferência promovida pela XP Inc. na última semana.

Garantir a segurança de seus colaboradores e desenvolver ações para ajudar a comunidade ao seu redor foram as preocupações iniciais de empresas como XP Inc., Renner e Ambev quando a pandemia do coronavírus chegou ao país.

A XP Investimentos criou a campanha “Juntos Transformamos” e doou o equivalente a R$ 30 milhões em cestas básicas para comunidades carentes. Já a Renner doou máscaras de proteção e aventais e fez doações em torno de R$ 4,1 milhões para hospitais na linha de frente de combate à Covid-19.

“Essa crise acordou o lado cidadão de todos nós”, disse Carlos Brito, CEO da Anheuser-Busch InBev durante painel sobre liderança. Durante a pandemia, a Ambev produziu álcool em gel e máscaras acrílicas em suas fábricas, além de ter ajudado na construção de 100 novos leitos para atender a rede pública de São Paulo.

Solidariedade que gera impacto

Com o cenário que se forma, Beatriz Johannpeter, uma das herdeiras da família Gerdau, afirmou que as empresas brasileiras estão mais preocupadas em gerar valor para suas marcas, a partir de investimentos de impacto e com a criação de estruturas de governança com foco nessas áreas.

Em painel com empresários e investidores engajados em projetos ambientais e sociais, a executiva pontuou que, apesar de as doações terem aumentado durante a pandemia, é preciso desenvolver mais ações continuadas para que os investimentos gerem impactos ainda maiores.

“A sociedade civil organizada precisa desses recursos e realmente as empresas têm um papel importante nesse sentido. Os empresários, as famílias bilionárias podem contribuir e cada um de nós, como cidadãos, também”, disse.

Assumir um papel de transformação numa sociedade tão desigual como a brasileira deve ser um dos aprendizados gerados pela crise, de acordo com Eduardo Lyra, fundador da ONG Gerando Falcões.

Em conversa com o CEO da XP Inc., Guilherme Benchimol e Izabella Mattar, CEO da Xpeed, plataforma de educação da XP, o empreendedor social, que desde do início da pandemia arrecadou mais de R$ 20 milhões em doações, reforçou que a cultura de filantropia deve ser disseminada no país nos próximos anos.

“Uma ação agora resolve um problema pontual, mas o que vai efetivamente fazer a diferença é se todo mundo participar das agendas mais importantes e estratégicas para o país por décadas. Temos um Brasil com quase 14 milhões de brasileiros em favelas e 60 milhões de pessoas sem acesso à internet. Os problemas são reais e só resolveremos essas questões, que estão enraizadas na sociedade brasileira, se tivermos uma capacidade de atuar no longo prazo”, disse Lyra.

Já os empreendedores sociais Rodrigo Pipponzi e Alex Seibel pontuaram a importância de fomentar esse ecossistema no momento em que a a filantropia e a doação se tornam instrumentos poderosos nos esforços de reduzir as disparidades sociais existentes.

“O capital tem um poder gigantesco de escalar as coisas e esses negócios ajudam a construir um novo modelo de sociedade e atender os desafios globais que temos, sem perder a rentabilidade financeira. A filantropia tem o seu papel, mas o negócio precisa do lucro. Eu não vejo conflito em ser rentável e resolver problemas da sociedade”.

Diversidade e inovação

Na mesma linha, Andreza Rocha, CEO da AfrotechBR e head de operações e diversidade da Brasil JS, afirmou que entre mudar o mundo e ganhar dinheiro, as pessoas devem ficar com os dois.

“Tem escolha e espaço para todas as pessoas. Encontre seu propósito, que pode mudar ao longo do tempo. Depois saiba a qual nicho você atende e seu papel nesse processo. Faz sentido empreender onde couber”, disse durante um painel na Expert XP 2020.

Durante o painel “O avanço das mulheres na liderança de PMEs é um modelo a ser seguido”, que abordou os desafios que essas empreendedoras têm na construção do próprio negócio, Ana Fontes, empreendedora, pesquisadora e fundadora da Rede Mulher, destaca que não existe um parâmetro para o sucesso e ressaltou que o mundo corporativo e a sociedade, como um todo, ainda possuem dificuldade em falar dos erros durante essa processo de inclusão.

“Empacotar as pessoas nas mesmas caixas não funciona. Empreender tem muito mais a ver com a atitude empreendedora do que com oportunidade em si. As redes sociais só mostram o que deu certo. Importante dizer que nem tudo são flores. É uma jornada, não existe sucesso da noite para o dia. Quanto você está disposto? Em que momento você está? Quem vê o flash, não vê o ‘corre’”, afirma.

Amanda Graciano, head de desenvolvimento de negócios na iDEXO, acrescenta que essa “glamourização” do empreendedorismo é ruim.

“O trabalho é duro por trás de qualquer reconhecimento. Há uma tendência em olhar as experiências dos outros e tentar espelhar no que temos.  Não tem como copiar um homem branco, herdeiro, poliglota, sendo uma mulher negra. É utópico porque não tenho esses mesmos recursos para criar minha história”, disse.

Por parte das grandes corporações, a tendência precisa se tornar um pilar fundamental, conforme disse o CEO da Unidas, Luis Fernando Porto, destacando ainda que “empresas e líderes que não compreenderem a responsabilidade social e diversidade como regra estarão fora do jogo”.

Essa mudança de postura também vem da pressão dos consumidores, que estão cada vez mais engajados e não aceitam mais o “lucro a qualquer custo”, como apontou Tania Consentino, presidente da Microsoft no Brasil, durante outro painel do evento.

“A preocupação social é algo que toda empresa deveria ter. Para ter este olhar para a sociedade, é preciso ter um grupo diverso, que inclua vários grupos da sociedade, dentro da empresa”, ressaltou.

Sobre inovação, Ana, da Rede Mulher, pontuou que ela pode estar em qualquer lugar. “As pessoas veem inovação como ciência da NASA, mas a mulher que faz bolo no pote pode inovar, a que faz cabelo, a que tem negócio pequeno. É possível inovar em qualquer nível”, disse.

Andreza, da Brasil JS, em linha com essa ideia, afirma que inovar é automatizar qualquer parte do negócio. “É usar a tecnologia mais adaptada a você e ao seu segmento e negócio. A transformação digital é acessível, há quatro meses estamos descobrindo isso”, disse.

Porém, para se ter sucesso nessa jornada, Konrad Dantas, fundador do Kondzilla, garante que o aprendizado é constante e nada fácil. “Você vai ter que aprender a gerir pessoas, entender dos tributos, fornecedores, custos e muito mais”, disse.

 

Por Equipe InfoMoney

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Nos primeiros quinze dias de junho, 1,3 milhão de empresas fecharam as portas no Brasil de forma temporária ou definitiva, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total, 39,4% ou 522,7 mil empresas pararam as atividades por conta de avanço da pandemia de covid-19 no país.

Os dados, divulgados nesta quinta-feira, são da primeira edição da pesquisa Pulso Empresa, que mede o impacto da covid-19 no setor empresarial.

Analisadas por setor, 258,5 mil empresas fechadas (49,5% das atingidas pela pandemia) pertenciam ao setor de Serviços. Na outra metade, 192 mil (36,7%) eram do Comércio, 38,4 mil (7,4%) da Construção e 33,7 mil (6,4%) da Indústria.

Tombo nas vendas em 7 de 10 empresas

Sete a cada dez empresas sentiram queda nas vendas na primeira quinzena de junho ante março, informou o IBGE.

Segundo a pesquisa, o recuo nas vendas relacionadas aos efeitos da pandemia de covid-19 foi sentido por 70,9% das empresas de pequeno porte nos primeiros 15 dias de junho. Essa parcela foi de 62,9% entre negócios de porte intermediário e 58,7% entre empresas de grande porte.

Para os setores, o recuo nas vendas foi sinalizado por 73,1% das empresas de construção, 71,9% de serviços, 70,8% de comércio e 65,3% da indústria.

Em relação à produção, 63,0% de todas as empresas tiveram dificuldade de fabricação ou atendimento a clientes na 1ª quinzena de junho.

Por essa razão, cerca de 32,9% das organizações alteraram o método de entrega de seus produtos ou serviços, aderindo, por exemplo, a serviços online. Cerca de 20,1% também lançaram ou passaram a comercializar novos produtos ou serviços desde o início da crise sanitária.

Por fim, o IBGE informou que 1,2 milhão (44,5%) das empresas em funcionamento adiaram o pagamento de impostos desde o início de março. Cerca de 347,7 mil (12,7%) empresas conseguiram crédito emergencial para pagamento da folha salarial desde então.

Fonte: ibge-valor-economico

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