Por Estadão Conteúdo
Apesar de o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizar que o ritmo de alta de 1 ponto porcentual na Selic é adequado no momento, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra, enfatizou nesta sexta-feira, 15, que isso não é um compromisso.
“O BC não tem compromisso com qualquer ritmo de alta de juros, nem menor nem maior. Embora as projeções do mercado sejam uma informação relevante, o BC tem seus próprios modelos e a política monetária segue suas próprias projeções”, afirmou Serra, em videoconferência organizada pela Upon Global.
Ele reconheceu que o mercado acredita não ser possível trazer a inflação para a meta em 2022 no atual ritmo de alta da Selic, mas repetiu que o Copom entendeu na última reunião que não era necessário acelerar o ciclo para entregar o centro da meta no próximo ano. “Nesse ritmo, vemos um cenário no qual entregamos a inflação na meta”, reforçou.
Para o diretor, a decisão do BC em manter o ritmo de alta da Selic não está entre os fatores que levaram ao aumento da volatilidade do câmbio. “Minha percepção é de que a dinâmica do câmbio e outros ativos não sugere uma percepção negativa, de acomodação. Meu entendimento é de que o câmbio performou mal recentemente por outras razões. Espero que tenhamos um cenário mais líquido de câmbio do que nos últimos 18 meses”, completou.
Bruno Serra avaliou também que é natural que BC tenha de ser mais duro para lidar com um choque de inflação com um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dois dígitos em 12 meses. “Estamos desancorados para 2022, como outros países. É natural que país que vive há décadas com inflação baixa e estável e modelo de metas maduro vai ter como olhar através desse choque com a convicção de que ele é temporário, com mais cautela na hora de reagir. Mas é natural que o BC tenha que reagir a esse choque de forma mais aguda que outros países”, afirmou.
Para Serra, diversos bancos centrais estão caminhando para diagnóstico similar ao do BC brasileiro, de choque de demanda de duração mais persistente.
“Alta de juros recente no Chile de 125 pontos base foi rara para o padrão daquele país, que tem um regime bem estável. Esse é o tipo de exemplo que sugere que o resto do mundo caminha para diagnóstico semelhante ao nosso”, completou o diretor.
O GPA, dono das marcas Pão de Açúcar, Extra e outras, deixou o setor de hipermercados depois de vender 71 lojas da marca Extra Hiper para o Assaí por R$ 5,2 bi. Nem todas as lojas Extra Hiper foram vendidas - sobraram 32, que devem ser convertidas em lojas de outros formados pelo GPA.
Segundo Jorge Faiçal, CEO do GPA, a decisão foi tomada porque o formato de hipermercado já enfrentava dificuldades há algum tempo. "Hipermercado é um formato desafiador com inflação e perde clientes há uma década", disse ele, em entrevista ao UOL.
De acordo com ele, com o aumento de custo dos alimentos e outros produtos, os clientes deixam de ir a hipermercados e optam pelo formato atacarejo, que mistura o atacado e varejo e tem opções mais em conta. Com a inflação a dois dígitos nos últimos 12 meses, essa migração foi ainda mais intensa, diz ele. "O maior desafio que os supermercadistas estão passando esse ano é a inflação de alimentos", afirma. Os preços dos produtos subiram de 10% a 12% no grupo, e categorias como iogurtes especiais, sucos prontos para beber e outros perderam espaço. "Com a inflação e o alto nível de desemprego, é um momento extremamente desafiador." Para Faiçal, o formato de hipermercado, com grandes lojas, já não fazia sentido para o grupo. Por ser uma loja cara para se manter, precisava de vendas muito altas por metro quadrado para se sustentar. Ao deixar o formato de grandes lojas, o grupo também para de vender itens como eletrônicos e roupas. Deve manter a venda de produtos para casa, mesa e banho e chinelos. O Assaí faz parte do mesmo grupo controlador, o francês Casino, e, até março deste ano, era uma das marcas do GPA. As empresas anunciaram a cisão em setembro do ano passado e em março o Assaí estreou na Bolsa sob o código ASAI3. As ações da GPA (Grupo Pão de Açúcar) sobem mais de 17% na manhã de hoje em repercussão ao anúncio da venda de lojas do Extra para Assaí. Por volta das 11h30 (de Brasília), os papéis ordinários (PCAR3, com direito a voto) do grupo subiam 17,12%. Já as ações do Assai apresentavam queda de 6,22%. No mesmo horário, o índice geral do Ibovespa subia 0,74%, aos 114.019,64 pontos. Atendimento ao público de baixa renda De acordo com Belmiro Gomes, presidente do Assaí, os produtos em um atacarejo são cerca de 15% mais baratos do que em um hipermercado. Segundo ele, com a queda de renda e pressão maior por preço, o formato atacarejo é mais requisitado. A população escolhe lojas e marcas mais baratas. "Uma diferença de 15% em uma conta de R$ 600 significa R$ 90. A família pode colocar outros itens no carrinho que não colocaria antes", afirmou em coletiva de imprensa. Apesar de anunciar investimentos focados nas lojas Pão de Açúcar, voltadas para as classes A e B, o presidente do grupo diz que continuará atendendo "todas as classes sociais". A equipe comercial deve buscar itens mais variados e gourmet, mas não pode esquecer dos produtos mais básicos, declarou Faiçal. "Vamos ter menos leite tradicional e vender mais os especiais, semidesnatado. Fazíamos oferta de carne de segunda no Extra Hiper, agora vamos fazer oferta de carne de primeira. Mas não é grande novidade para nossa equipe comercial, nós nos adaptamos", diz.
Foco em supermercados e lojas de bairro O GPA irá voltar o seu foco a supermercados e lojas de bairro da marca Pão de Açúcar. A empresa deve reduzir seu tamanho em cerca de 30%, com mudanças na logística e na equipe administrativa. Nos próximos três anos, o grupo prevê inaugurar cem novas lojas Pão de Açúcar e cem Minuto Pão de Açúcar, formato de unidades pequenas e de proximidade, além de reformar 185 lojas existentes. Com isso, a equipe de expansão e obras irá triplicar. O grupo também irá investir em suas vendas digitais.
Com o negócio, a marca Pão de Açúcar representará 50% das vendas da companhia, a marca Extra será responsável por 25% a 30%, e o restante virá de outros negócios, como galerias de lojistas, postos e outros. A marca Extra continuará existindo, e Faiçal diz que a expansão dela passa por eventuais compras de redes regionais. "Para entrar em Belo Horizonte, por exemplo, com a marca Pão de Açúcar, podemos começar com três lojas. Já com a marca Extra, precisaríamos de dezenas de lojas", disse. "Aquisições fazem parte da nossa pauta. Agora temos caixa disponível de R$ 4 bilhões", afirmou, mencionando o valor que será pago pelo Assaí, de forma parcelada, entre dezembro deste ano e janeiro de 2024. O R$ 1,2 bilhão restante será pago ao GPA por um fundo imobiliário que tem garantia do Assaí. A empresa também detém a marca Compre Bem, voltada para lojas de bairro e de cidades menores no interior.
Para o Assaí, lojas melhores e vendas maiores .
Para o Assaí, a compra adiciona mais de 420 mil metros quadrados ao seu parque de lojas, cerca de 50% do que a empresa tem hoje. De acordo com o presidente, Belmiro Gomes, "o maior desejo era pela localização dessas lojas". Os hipermercados estão em regiões centrais de capitais e de grandes cidades e muitos foram abertos há muitos anos. Hoje, não seria possível abrir lojas de maneira orgânica nesses lugares, tanto pelo custo alto quanto pela falta de terrenos disponíveis. Antes da cisão entre as duas empresas, muitas lojas Extra Hiper já haviam sido convertidas para a marca Assaí -as vendas das novas lojas são três vezes maiores. No entanto, havia entraves burocráticos para acelerar essas conversões. "Mantemos a previsão de multiplicar as vendas em três. Por estarem em regiões mais centrais e adensadas, também vamos operar com margens melhores nessas lojas", diz Belmiro.
A concorrência também está de olho no formado de atacarejo. Em março, o Carrefour anunciou a compra do Grupo Big, ex-Walmart Brasil, por R$ 7,5 bilhões. Juntas, as duas empresas teriam vendas brutas de cerca de R$ 100 bilhões em 2020, considerando os resultados das empresas no ano passado.
POR ESTADAO CONTEUDO
A alta no custo da energia elétrica, do gás de botijão e dos alimentos fez a inflação dos brasileiros mais pobres encerrar o mês de setembro 20% maior que a dos mais ricos, segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda registrou uma aceleração da pressão inflacionária na passagem de agosto para setembro em todas as faixas de renda. No entanto, o aumento de custos foi maior entre as famílias mais pobres, com renda domiciliar inferior a R$ 1.808,79 mensais: a variação dos preços passou de alta de 0,91% em agosto para elevação de 1,30% em setembro.
Entre as famílias de renda mais alta, que recebem mais de R$ 17.764,49 mensais, a inflação saiu de 0,78% em agosto para 1,09% em setembro. Entre os de renda média alta, com rendimento domiciliar mensal entre R$ 8.956,26 e R$ 17.764,49, a inflação acelerou de 0,85% para 1,04% no período.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado pelo Ipea para fazer o cálculo da inflação por faixa de renda, encerrou o mês de setembro com avanço de 1,16%, ante uma elevação de 0,87% em agosto.
Em setembro, os gastos com habitação deram a maior contribuição para a inflação percebida pelos três segmentos de renda familiar mais baixa, enquanto que o custo do transporte teve maior impacto sobre a inflação para as três faixas de renda mais alta, apontou o Ipea.
"No caso das famílias de renda mais baixa, os reajustes de 6,5% das tarifas de energia elétrica, de 3,9% do gás de botijão e de 1,1% dos artigos de limpeza foram os principais responsáveis pela alta do grupo habitação, cujo impacto de 0,65 ponto percentual (p.p.) responde por metade da inflação apontada, em setembro, nesse segmento. Ainda que em menor intensidade, o aumento dos alimentos no domicílio, especialmente de frutas (5,4%), aves e ovos (4,0%) e leites e derivados (1,6%), ajuda a completar esse quadro de alta inflacionária nas faixas de renda mais baixa", apontou a técnica Maria Andreia Parente Lameiras, na Carta de Conjuntura do Ipea divulgada nesta sexta-feira, 15.
Entre os mais ricos, o principal foco inflacionário foi decorrente, sobretudo, dos reajustes de 2,3% da gasolina, de 28,2% das passagens aéreas e de 9,2% dos transportes por aplicativo, enumerou Lameiras.
A inflação acumulada em 12 meses até setembro foi de 10,98% para as famílias mais pobres, mais de 20% superior à taxa de 8,91% observada no segmento mais rico da população.
"No caso das famílias de baixa renda, além dos aumentos nos preços dos alimentos no domicílio - carnes (24,9%), aves e ovos (26,3%) e leite e derivados (9,0%) -, os reajustes de 28,8% da energia e de 34,7% do gás de botijão explicam grande parte da alta inflacionária em doze meses. Já para as famílias de renda mais elevada, a inflação acumulada no período reflete, sobretudo, as variações de 42,0% dos combustíveis, de 56,8% das passagens aéreas, de 14,1% dos transportes por aplicativo e de 12,1% dos aparelhos eletroeletrônicos", observou Lameiras, no estudo.
O indicador do Ipea separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo IPCA. Os grupos vão desde uma renda familiar de até R$ 1.808,79 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 17.764,49, no caso da renda mais alta.
JUCA GUIMARÃES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Banco Central criou um pacote de novas regras para garantir mais segurança nas transações por meio do Pix. A principal delas, que é o limite de transferência de valor no período da noite, vale a partir desta segunda (4). As demais vão entrar em vigor no dia 16 de novembro.
O limite estabelecido para transferência é de R$ 1.000, no horário das 20h às 6h. A regra é para as transações entre pessoas físicas, incluindo os MEIs (microempreededores individuais).
Também será possível pedir a ampliação, porém, este tipo de alteração não será automática - também como medida de segurança para inibir, por exemplo, sequestro-relâmpago– e o banco terá entre 24 e 48 horas para atender o pedido.
Outra medida de segurança é a possibilidade de cadastro de contatos que poderão receber Pix acima de R$ 1.000 a qualquer hora do dia. Neste caso, a alteração também só vale após 24 horas do pedido.
No final de dezembro de 2020, havia 56 milhões de usuários de Pix, segundo o BC, já no final de agosto de 2021, último balanço divulgado, são 106,6 milhões. O aumento se deve à praticidade. O Pix não tem tarifa, é concluído na hora e quem manda o dinheiro só precisa da chave do favorecido, que pode ser um email, o número do celular, o CPF ou uma senha aleatória.
Com isso, atraiu também golpistas. Em janeiro, o pesquisador William Douglas de Almeida, 36 anos, que faz pós-doutorado na USP, teve seus dados utilizados por uma quadrilha que tentou dar um golpe por meio da modalidade. O golpe começou com a clonagem do seu WhatsApp.
"Eu estava vendendo um apartamento e entraram em contato fingindo ser o site onde eu tinha cadastrado o imóvel pedindo uma confirmação de dados. Assim que fiz isso, a quadrilha começou a se passar por mim e pedir dinheiro para os meus contatos", conta.
Na mensagem, os golpistas diziam que não estavam conseguindo fazer um pagamento via Pix de R$ 1.130 e pediam ajuda com a promessa de devolução do dinheiro no dia seguinte. "Por sorte, ninguém depositou."
Por ser instantâneo, o Pix passou a ser uma alternativa para o uso do cartão de débito. Para os comerciantes também é mais atrativo porque não tem taxa", diz Caio Mastrodomênico, analista econômico da Vallus Capital. Ele avalia que, com mais regras de segurança, o Pix será uma ferramenta ainda mais popular entre os usuários de bancos, principalmente aqueles que têm receio de golpe nos caixas.
Dica para ter mais segurança é conferir dados antes da transação Antes de usar o Pix para mandar dinheiro para alguém, é importante seguir algumas precauções, como orienta Ricardo Hiraki, analista financeiro e diretor da Plano, Fintech de Educação Financeira. "Tem que conferir quem é o destinatário e sempre desconfiar de pedidos de dinheiro urgente".
Segundo ele, os golpistas contam histórias que, geralmente, "deixam a gente ansioso e aflito para ajudar".
Outra dica é entrar em contato com o amigo ou parente que "pede" a grana, por telefone, para confirmar se a mensagem é real.
Foi o que fez pedagoga e auxiliar de RH Dalva Helena Rocha, 46. Ela foi vítima de golpe via Pix no mês de junho. Primeiro, recebeu uma mensagem via "WhatsApp da irmã" dizendo que tinha mudado o número do telefone e pedindo dinheiro.
"Eu desconfiei e liguei para a minha irmã em outro número e ela disse que não era ela. Eu voltei na conversa do WhatsApp e, quando disse que sabia que era um golpe, eles começaram a rir."
No entanto, Dalva chegou a fazer três transferências. Uma delas de quase R$ 400. Depois, registrou boletim de ocorrência proteger seus dados.Confira as novas regras A partir desta segunda-feira (4), três importantes mudanças começam a valer
1 - Limite de transferência
Entre 20h e 6h, o limite de transferência via Pix será de R$ 1.000
A regra também vale para TED (Transferência Eletrônica Disponível)
2 - Ampliação
O cliente poderá pedir a ampliação do limite, porém a aprovação do pedido será entre 24h e 48h após a solicitação
3 -Transferência camarada
Outra possibilidade é cadastrar contatos que poderão receber Pix acima de R$ 1.000 a qualquer hora
Neste caso, a alteração também só vale após 24 horas da solicitação
Outras mudanças para novembro Bloqueio por cautela
Em caso de suspeita, o banco vai poder bloquear o crédito na conta do destinatário do Pix
De dia, este bloqueio será de 30 minutos e, à noite, de uma hora
Quem estiver recebendo o Pix será avisado sobre o bloqueio temporário
Alerta de laranjas
Os usuários de Pix terão que passar por etapas extras de confirmação da operação, nas transações envolvendo contas marcadas no DICT, inclusive para fins de eventual recusa a seu processamento, combatendo assim a utilização de contas de aluguel ou "laranjas"
Fontes: Banco Central e reportagem
Galeria Conheça as principais fraudes e golpes com PIX O Pix tem sido usado por criminosos para aplicar golpes pela internet https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1709009185902355-conheca-as-principais-fraudes-e-golpes-com-pix *
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A confiança dos consumidores brasileiros recuou ao menor patamar em cinco meses em setembro diante de temores inflacionários, risco de crise energética e crescentes incertezas econômicas e políticas, de acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV, divulgado nesta sexta-feira (24), teve queda de 6,5 pontos neste mês, a 75,3 pontos, mínima desde abril de 2021 (72,1 pontos).
Esse resultado, disse em nota a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt, confirma a interrupção da tendência de recuperação da confiança iniciada em abril, na esteira da segunda onda de Covid-19.
“A queda foi determinada pela combinação de fatores que já vinham afetando a confiança em meses anteriores, como a inflação e desemprego elevados, e de novos fatores, como o risco de crise energética e o aumento da incerteza econômica e política”, explicou Bittencourt.
Ela acrescentou que o pessimismo está bastante disseminado entre todas as faixas de renda, embora se destaque entre as famílias de menor poder aquisitivo.
No mês, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 1,0 ponto, a 68,8 pontos, mínima desde maio passado (68,7). Já o Índice de Expectativas (IE) teve queda mais expressiva, de 9,8 pontos, a 81,1, menor nível desde abril de 2021 (79,2).
Segundo a FGV, o componente das expectativas que mais influenciou a queda do índice geral de confiança foi o que mede as perspectivas em relação à situação da economia. O indicador despencou 14,3 pontos, a 97,5 pontos, mínima desde março deste ano (92,1).
“A fragilidade da confiança dos consumidores tem sido marcada pela grande distância em relação à confiança empresarial e pela alta sensibilidade a qualquer novo fator, tornando muito difícil a antecipação de alguma tendência para os meses seguintes”, completou Bittencourt.
São Paulo/SP 24/9/2021 – É necessário que as empresas de limpeza estejam preparadas para que a higienização corporativas seja devidamente feita.
Segundo dados da KPMG, 61% das empresas devem retornar ao local de trabalho até 2022, para isso, as empresas de limpeza têm que redobrar a atenção na higienização dos ambientes corporativos.
Com o avanço da cobertura vacinal contra a Covid-19 no Brasil, as empresas corporativas começam, aos poucos, a programar o retorno gradativo do trabalho presencial de seus funcionários. Na maioria das empresas esse retorno ainda ocorre de forma híbrida, com funcionários indo ao local de trabalho apenas alguns dias na semana.
Segundo estudos feitos pela consultoria da KPMG, 39% das empresas têm a intenção de retornar para o trabalho presencial já no segundo semestre de 2021, enquanto 27% deles já programavam a volta aos escritórios para os primeiros seis meses deste ano. Já outros 34% dos participantes planejam que este retorno deverá ocorrer apenas em 2022. Ou seja, com 61% das empresas tem o interesse em retornar às atividades corporativas presenciais na metade do ano de 2021 até o início de 2022.
Apesar da movimentação nos escritórios ainda estar distante da correria conhecida, o trabalho fundamental das equipes de limpeza se torna ainda mais importante, já que é necessário a atenção redobrada para as questões de higiene e prevenção. Desse modo, as empresas de limpeza necessitam estar atentas para proporcionar um ambiente de trabalho limpo e seguro.
Para o retorno do trabalho presencial, é necessário que as corporações sigam os protocolos necessários para evitar a contaminação da Covid-19, como o distanciamento social, o uso obrigatório de máscara e principalmente a higienização correta do local.
Além da conscientização coletiva sobre os protocolos que devem seguir, é necessário que a empresa tenha uma equipe de limpeza preparada para esse retorno dos demais funcionários. Uma das melhores formas de uma empresa proporcionar um ambiente higienizado, é contratar empresas de limpeza terceirizadas, pois essas equipes já têm todo o preparo e treinamento para manter a segurança sanitária de todos.
A terceirização das equipes de limpeza tem sido cada vez mais procurada pelas demais corporações, por conta de todo o preparo e treinamento para manter o ambiente de trabalho higienizado, seguro e preparado para receber os funcionários nesse retorno às atividades.
Limpeza e Prevenção
As empresas de limpeza e conservação devem se atentar aos protocolos exigidos para evitar a propagação do novo coronavírus. Além disso, um ambiente devidamente limpo impacta diretamente na saúde e bem estar das demais pessoas. Segundo Rui Monteiro, presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo (SEAC), “é necessário que as empresas de limpeza estejam preparadas para que a higienização corporativas seja devidamente feita, pois com retorno dos funcionários ao local de trabalho, a segurança sanitária deve ser redobrada”.
Para ter todo o preparo para manter o ambiente de trabalho limpo e seguro, é importante que as equipes de limpeza e conservação estejam em constante aprendizado sobre novas normas, novos protocolos de prevenção, formas de aprimorar a limpeza corporativa e repassar essas informações para seus colaboradores estarem preparados para qualquer medida que deva ser tomada. Rui ainda afirma que “o constante aprendizado sobre as medidas de limpeza, faz com que as companhias tenham êxito ao exercer o seu trabalho, tornando sua equipe mais preparada e ganhando o devido reconhecimento dentro do mercado de trabalho”.
Com o devido preparo, as corporações têm a confiança em contratar uma companhia de limpeza e também terão a certeza de que o retorno dos seus funcionários ao local de trabalho será seguro de qualquer eventualidade, além de um ambiente de trabalho devidamente limpo trazer positividade, bem-estar e a capacidade dos funcionários serem mais produtivos em suas atividades corporativas
Limpeza é saúde
Com esse retorno gradativo, a importância das empresas de limpeza terem as qualificações devidas, o preparo para exercer sua função e capacidade para atender os protocolos exigidos pelas demais corporativas, é fundamental. Pensando nisso, o SEAC-SP está promovendo a campanha “Limpeza é Saúde” com o objetivo de atender corporações de todos os segmentos na contratação de empresa de limpeza profissional.
O principal intuito dessa campanha é conscientizar as empresas sobre os riscos à saúde, que podem ser evitados a partir de um ambiente limpo e bem conservado, principalmente no ambiente corporativo, que impacta diretamente na vida de milhares de pessoas.
Em breve o SEAC irá apresentar ao mercado os devidos critérios para as empresas que irão aderir a campanha. Estas empresas irão receber um selo de qualidade, que representará que a empresa é qualificada e que se importa com a saúde e bem-estar das demais pessoas e que fará a diferença na hora da contratação de uma equipe de limpeza.
Mais informações: https://www.seac-sp.com.br/index.php/comunicacao2/campanha-limpeza-e-saude
Por Luciana Neto - Site CNC
Aumento da circulação de consumidores faz entidade projetar a criação de 94,2 mil postos de trabalho no varejo em 2021.
O avanço da vacinação e o consequente aumento da circulação de consumidores deverão fazer com que o Natal de 2021 registre a maior oferta de vagas temporárias para o período nos últimos oito anos. De acordo com projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a estimativa é que haja a contratação de 94,2 mil trabalhadores para atender ao aumento sazonal das vendas neste fim de ano. A entidade prevê ainda aumento de 3,8% nas vendas natalinas, em comparação com o ano passado.
Em 2020, a principal data comemorativa do comércio coincidiu com a segunda onda da pandemia do novo coronavírus, o que fez com que a contratação de temporários para o Natal fosse a menor em cinco anos (68,3 mil). O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que a mudança de cenário em 2021 renova a esperança dos varejistas. “Os estabelecimentos comerciais estão voltando a receber um fluxo maior de consumidores e, consequentemente, têm registrado avanços sucessivos nas vendas desde abril deste ano”, afirma Tadros.
Regionalmente, São Paulo (25,55 mil), Minas Gerais (10,67 mil), Rio de Janeiro (7,63 mil) e Paraná (7,19 mil) concentrarão mais da metade (54%) da oferta de vagas. Os maiores volumes de contratações deverão acontecer nos ramos de vestuário (57,91 mil vagas) e de hiper e supermercados (18,99 mil). Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo, lembra que as lojas de vestuário, acessórios e calçados são, historicamente, as que respondem pela maior parte dos empregos temporários neste período do ano. “Enquanto o faturamento do varejo cresce em média 34% na passagem de novembro para dezembro, no segmento de vestuário o faturamento costuma subir 90%”, ressalta Bentes.
Salário médio cresce
Segundo os cálculos da CNC, o salário médio de admissão para as vagas temporárias no Natal deverá ser de R$ 1.608, valor 5,1% maior em relação a igual período do ano passado. Assim como em 2020, os maiores salários deverão ser pagos pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.866) e pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.647) – contudo, esses segmentos deverão responder por apenas 0,8% das vagas totais.
Em relação às profissões, a Confederação estima que oito em cada dez vagas criadas devem ser preenchidas por vendedores (60,7 mil) e operadores de caixa (15,2 mil). Farmacêutico (R$ 3.373) e gerente administrativo (R$ 3.054) devem receber os maiores salários médios.
A taxa de efetivação dos temporários após o Natal deverá ser maior do que nos últimos cinco anos, com a expectativa de absorção definitiva de 12,2% desses trabalhadores. “As incertezas quanto à rapidez no combate aos fatores que têm dificultado uma evolução ainda mais favorável das condições de consumo e os desdobramentos decorrentes da crise hídrica tendem a impedir uma taxa de efetivação próxima àquelas observadas antes de 2016”, explica Bentes.
A instituição divulgou um balanço dos indicadores que formam o sistema PIX, cada vez mais utilizado pelos brasileiros. Banco Central esperava satisfação de 99,90% nas transferências simples, mas índice superou a meta , atingindo 99,98% de qualidade.
O Banco Central divulgou, nesta segunda-feira (23), um balanço dos indicadores do Pix referentes a julho. Foram analisadas a Disponibilidade do Diretório de Contas Transnacionais (DICT), a Disponibilidade do Sistema de Pagamentos Instantâneos (STI) que tratam, respectivamente, da qualidade do serviço prestado por instituições financeiras e de pagamento e da infraestrutura tecnológica do Banco Central em relação às transações.
Para o primeiro critério, a meta estabelecida é de 99,90% e o resultado do mês passado foi equivalente a 99,92%. Quanto ao STI, a ideia é manter uma porcentagem de 99,90% para transações bem-sucedidas, porém o resultado de julho é equivalente a 99,98%, ultrapassando a meta esperada.
“A partir de hoje, os resultados dos três índices serão divulgados mensalmente para que a população acompanhe a qualidade dos serviços prestados pelas instituições financeiras e de pagamentos, bem como o nível de disponibilidade das plataformas providas pelo BC”, diz nota do Banco Central.
Além disso, o BC avaliou a composição do chamado Índice de Qualidade de Serviços (IQS), formado pelo índice de reclamações (IR), de disponibilidade (ID) e de timeouts (IT). Nesse quesito, a grande maioria das instituições financeiras ficou com a nota máxima no resultado mensal. Nos dois indicadores que evidenciam o grau de disponibilidade das plataformas, o resultado foi superior à meta estabelecida. Entenda como é a avaliação de qualidade do sistema:
O IR leva em conta reclamações de cidadãos, reclamações resolvidas e avaliação do cliente sobre atendimento prestado; o ID mede o grau de disponibilidade de infraestrutura necessária para a apresentação do PIX para os usuários finais; e o IT considera a quantidade de transações que foram rejeitadas por exceder o tempo máximo estabelecido pelo Banco Central. O estudo detalhado pode ser acessado por este link.
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), acelerou a 1,14% em setembro, após ficar em 0,89% em agosto. Essa foi a maior variação para um mês de setembro desde 1994 e a maior entre todos os meses do ano desde fevereiro de 2016, quando o índice foi de 1,42%. Com isso, o índice acumula alta de 7,02% no ano e de 10,05% em 12 meses. Em setembro de 2020, a variação havia sido de 0,45%. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A meta do Banco Central para a inflação neste ano é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%. Combustíveis e energia elétrica puxam alta Assim como mês passado, a energia elétrica teve o maior impacto individual do mês no IPCA-15, desta vez ao lado dos combustíveis. Cada um deles teve impacto de 0,17 ponto percentual no índice total. A energia elétrica subiu 3,61%, variação inferior à de agosto (5%), e continua exercendo papel importante na inflação desde o mês passado, quando passou a vigorar a bandeira vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. Já a alta dos combustíveis foi de 3% , acima da registrada no mês anterior (2,02%). A gasolina subiu 2,85% e acumula 39,05% nos últimos 12 meses. Os demais combustíveis também tiveram altas: etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%). A alta dos combustíveis fez com que o grupo Transportes tivesse o maior impacto (0,46 p.p.) e a maior variação (2,22%) entre os grupos pesquisados.
Dos nove grupos, apenas Educação teve variação negativa (0,01%). Segue a lista completa:
Transportes: 2,22%
Alimentação e Bebidas: 1,27%
Habitação: 1,55%
Artigos de residência: 1,23%
Vestuário: 0,54%
Despesas pessoais: 0,48%
Saúde e cuidados pessoais: 0,33%
Comunicação: 0,02% Educação: - 0,01%
Carnes sobem 1,11%
A alimentação em domicílio teve a maior influência na variação do Grupo Alimentos e Bebidas, com aceleração de 1,29% em agosto para 1,51% em setembro. Entre os produtos, as carnes subiram 1,10% e contribuíram com 0,03 p.p. de impacto no índice geral. Houve altas também nos preços da batata-inglesa (10,41%), do café moído (7,80%), do frango em pedaços (4,70%), das frutas (2,81%) e do leite longa vida (2,01%). Já o arroz teve queda no preço pelo oitavo mês consecutivo ( -1,03%) e a cebola pelo sexto mês (-7,51%). A alimentação fora do domicílio, por sua vez, acelerou de 0,35% em agosto para 0,69% em setembro. Metodologia Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de agosto a 14 de setembro de 2021 (referência) e comparados aos vigentes de 14 de julho a 13 de agosto de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Fonte: economiauol.com.br
O Ministério da Economia revisou novamente a previsão da inflação para 2021. O percentual estimado pelo governo para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) neste ano subiu de 6,2% para 8,4%. A inflação mais alta também eleva o valor previsto para o salário mínimo de 2022 e para o teto do INSS, que é o valor máximo pago em aposentadorias do instituto. Veja os impactos da nova inflação prevista no Orçamento do ano que vem.
Com a nova previsão do INPC de 2021, o salário mínimo poderá subir dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.192,40 no ano que vem. Com o mesmo índice de reajuste, o teto do INSS passaria dos atuais R$ 6.433,57 para R$ 6.973,99. O INPC acumulado de janeiro a dezembro também é aplicado no reajuste anual de todas as aposentadorias do INSS. Veja abaixo como pode ficar seu benefício no ano que vem com o reajuste de 8,4%.
O índice final que será aplicado nas aposentadorias do INSS só será conhecido em janeiro de 2022, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgar o resultado da inflação medida no acumulado de janeiro a dezembro deste ano. O INPC considera a inflação das famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos.
O teto do INSS também é usado como referência para calcular o maior valor da contribuição paga por trabalhadores ao INSS (o chamado teto de contribuição). Veja quem pode se aposentar pelo teto.
Na projeção anterior, divulgada em agosto, o salário mínimo subiria dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.169. Já o teto do INSS passaria dos atuais R$ 6.433,57 para R$ 6.832,45.