Os juros do cheque especial subiram em abril, de acordo com as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas nesta sexta-feira (28), pelo Banco Central (BC).
A taxa chegou a 124,5% ao ano, após subir 2,2 pontos percentuais em relação a março.
A taxa média do rotativo do cartão de crédito subiu 0,7 ponto percentual para 335,3% ao ano.
As famílias pagaram, em média, juros de 41% ao ano, aumento de 0,1 ponto percentual em relação a março. Na comparação com abril de 2020, houve queda de 3,7 pontos percentuais nessa taxa.
Esses dados são do chamado crédito livre em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes.
Empresas
Nas contratações com empresas, a taxa livre alcançou 14,7% ao ano, com elevação de 0,8 em relação a março. No ano, houve redução de 1 ponto percentual nos juros às empresas.
Com isso, a taxa média de juros do crédito livre para empresas e famílias atingiu 29% ao ano. Uma elevação de 0,5 ponto percentual no mês e redução de 2,3 pontos percentuais na comparação com abril de 2020.
Juros do crédito direcionado
A taxa média de juros do crédito direcionado para as famílias chegou a 6,7% ao ano, com recuo de 0,1 ponto percentual em relação a março. No caso das empresas, a taxa subiu 0,2 ponto percentual para 8,4% ao ano. O crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
Indicador
De acordo com o BC, abril também registrou um aumento de 0,1 ponto percentual no Indicador de Custo do Crédito, que mede o custo médio de todo o crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN), ficando em 17,2% ao ano. Na comparação de 12 meses, o índice apresentou uma queda de 2,5 pontos percentuais.
Inadimplência
A inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) das famílias, no crédito livre, permaneceu em 4%, em abril. No caso das empresas, o indicador subiu 0,1 ponto percentual para 1,7%.
Em relação ao crédito direcionado, a inadimplência ficou em 0,6% para as empresas e em 1,6% para as famílias, com alta de 0,1 ponto percentual tanto para as pessoas físicas quanto jurídicas.
Saldo do crédito
Em abril, o crédito do SFN chegou a R$ 4,126 trilhões, alta de 0,5% no mês e de 15,1% em 12 meses. Em abril, houve estabilidade na carteira de pessoas jurídicas (saldo de R$ 1,8 trilhão) e expansão de 1% na de pessoas físicas (R$ 2,3 trilhões).
Fonte Agência Brasil – Luciano Nascimento e Kelly Oliveira
https://www.jornalcontabil.com.br/juros-do-cheque-especial-sobem-para-1245-ao-ano-informa-bc/
Por Ana Conceição e Marta Watanabe, Valor — São Paulo
A economia teve um desempenho melhor que o esperado no primeiro trimestre, apesar do recrudescimento da pandemia e dados apontam algum ganho de tração em maio, após a queda de abril. Bancos e consultorias elevaram as estimativas para o PIB do ano. Novos e velhos riscos, contudo, mantêm o sentimento de cautela entre os analistas.
Caio Megale, economista-chefe da XP, vê três riscos relevantes para a atividade neste ano. A pandemia, a crise hídrica e o aumento da inflação. No primeiro caso, embora o cenário da XP contemple a vacinação de toda a população acima de 18 anos até o fim do ano, a casa ressalta que os números ainda muito ruins, com uma média móvel de mortos por covid-19 ainda perto dos 2 mil por dia. Foram 1.870 na média de sete dias encerrada hoje e está acima de 1,5 mil desde o início de março.
No segundo quesito, Megale pondera que há dúvidas sobre quanto a crise gerada pela forte queda do nível dos reservatórios vai se traduzir em impacto na atividade, mas certamente um efeito já foi notado: uma dinâmica menos favorável para inflação por causa do aumento do custo da energia elétrica.
Por Anaïs Fernandes, Valor — São Paulo
Assim como o crescimento da atividade brasileira no primeiro trimestre chegou a ser subestimado, os riscos inflacionários para o país também podem não estar recebendo a atenção merecida, avalia Armando Castelar, coordenador de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). O economista diz não ver espaço para uma normalização apenas parcial dos juros neste ano.
Ontem, o IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,2% no primeiro trimestre, na comparação com os três meses imediatamente anteriores. O resultado veio bem acima da mediana colhida pelo Valor Data, que aponta para alta de 0,7%.
Na ponta mais otimista, o Ibre projetava 1,6%. Se por um lado, boas estatísticas sinalizam que as pessoas estão saindo e consumindo, por outro, também indica uma taxa de contágio maior e expansão da pandemia. “Acho que esse vai ser o drama do ano”, resume Castelar. Por isso, lembra ele, vale a fórmula já conhecida: a melhor política econômica é a vacinação.
Por Estevão Taiar, Valor — São Paulo
O Banco Central (BC) confirmou nesta quarta-feira que a nova norma para registro e negociação de recebíveis de cartões entrará em vigor na segunda-feira, dia 7 de junho. O BC já havia adiado anteriormente a entrada em vigor da norma.
Na prática, a nova regra estabelece a obrigatoriedade de registro dos recebíveis gerados por vendas com cartões. As registradoras, por sua vez, atuarão “como uma espécie de interface entre o lojista que deseja obter crédito utilizando seus recebíveis [como garantia] e potenciais financiadores”, segundo o BC.
A expectativa da autoridade monetária é que a concorrência na negociação de recebíveis cresça, “propiciando a redução do spread e o aumento do volume das operações, principalmente no segmento de micro e pequenas empresas”.
Esse aumento da concorrência também acontecerá, segundo o BC, pelo fato de a norma permitir ao “lojista dividir suas agendas de recebíveis e as negociar com diversos financiadores simultaneamente, ampliando seus limites de crédito”.
“Do ponto de vista do financiador também haverá mais segurança, pois as registradoras exercerão o papel de recepcionar os contratos de negociação dos recebíveis do lojista, particionando as agendas de recebíveis e controlando a ordem de prioridade dos contratos, garantindo, assim, que o mesmo recebível não seja negociado em duplicidade”, disse a autoridade monetária.
O BC espera ainda “o surgimento de novas fintechs atuando tanto na oferta de crédito como também na prestação de serviços inovadores, tanto para lojistas como para financiadores”.
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
O Estado do Pará vem alcançando resultados significativos na geração de empregos formais nos últimos meses. Dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) já apontavam esse crescimento nos primeiros meses de 2021, em especial nos setores de Serviço e Comércio (https://agenciapara.com.br/noticia/26613/). No mês de março, o saldo positivo foi mantido. O Pará também se destaca nos cenários regional e nacional, atesta o Dieese.
Em um estudo divulgado nesta quarta-feira (28), o Departamento atesta que em março ocorreram, em todo o Pará, 28.704 admissões contra 24.552 desligamentos, gerando um saldo positivo de 4.152 postos de trabalho formais. No mesmo período do ano passado (março/2020), o cenário foi inverso, com o registro de 24.066 admissões contra 26.437 desligamentos - um saldo negativo de 2.371 postos de trabalho no setor formal.
Everson Costa, economista e técnico do Dieese, ressalta que, apesar da conjuntura causada pela pandemia de Covid-19, o esforço realizado para a retomada da economia tem sido fundamental no alcance de resultados positivos.
Retoma Pará - "A gente sabe que desde o ano passado, com a situação pandêmica e as restrições de atividades, foram acarretadas perdas na economia em escala global. É possível perceber o trabalho que tem sido realizado no Estado do Pará através do Retoma Pará, da manutenção do calendário de obras, investimentos, apoio a empresários e microempreendedores, junto ao acompanhamento do cenário e as ações em saúde. Isso tudo possibilita a retomada de atividades e, consequentemente, uma injeção na economia. À medida que você mantém as pessoas em ocupações, também movimenta os recursos e automaticamente vê reflexos no comércio, no serviço", destacou Everson Costa.
Em março, a grande maioria dos setores econômicos do Pará apresentaram saldos positivos de empregos formais, com destaque para o setor de Serviços, com a geração de 3.054 postos de trabalho, seguido do setor do Comércio, com a geração de 873 postos de trabalho, e do setor da Agropecuária, com 241 novos postos de trabalho.
Everson Costa, economista e técnico do Dieese, ressalta que, apesar da conjuntura causada pela pandemia de Covid-19, o esforço realizado para a retomada da economia tem sido fundamental no alcance de resultados positivos.
Retoma Pará - "A gente sabe que desde o ano passado, com a situação pandêmica e as restrições de atividades, foram acarretadas perdas na economia em escala global. É possível perceber o trabalho que tem sido realizado no Estado do Pará através do Retoma Pará, da manutenção do calendário de obras, investimentos, apoio a empresários e microempreendedores, junto ao acompanhamento do cenário e as ações em saúde. Isso tudo possibilita a retomada de atividades e, consequentemente, uma injeção na economia. À medida que você mantém as pessoas em ocupações, também movimenta os recursos e automaticamente vê reflexos no comércio, no serviço", destacou Everson Costa.
Em março, a grande maioria dos setores econômicos do Pará apresentaram saldos positivos de empregos formais, com destaque para o setor de Serviços, com a geração de 3.054 postos de trabalho, seguido do setor do Comércio, com a geração de 873 postos de trabalho, e do setor da Agropecuária, com 241 novos postos de trabalho.
Cenários regional e nacional - O estudo do Dieese aponta ainda que no primeiro trimestre deste ano (janeiro a março/2021), e também nos últimos 12 meses, o Pará foi o estado na Região Norte que apresentou a maior geração de empregos formais, alcançando a 6ª colocação no ranking nacional. No comparativo entre admitidos e desligados, todos os estados do Norte do Brasil apresentaram crescimento, mas o Pará ganha destaque como o maior gerador da região, registrando saldo positivo de 41.909 novos postos de trabalho nos últimos 12 meses, seguido do Estado do Amazonas, com a geração de 12.511 postos, e do Tocantins, com a geração de 10.936 postos.
Para o titular da Seaster, Inocencio Gasparim, a retomada da economia tem sido analisada de forma estratégica e cautelosa. "O Pará tem se adiantado com proposições e projetos econômicos que têm como foco os trabalhadores essenciais, aqueles mais atingidos durante a pandemia. Nós entendemos que a população paraense precisa de emprego e renda para manter suas necessidades. Por isso, o pacote econômico apresentado pelo governo é tão importante. Ele dá suporte, mantém o olhar sob aqueles que mais precisam. Todas as ações econômicas, somadas às de saúde, têm o intuito de manter a população segura e tranquila, ciente de que o governo tem feito o possível para minimizar os impactos causados por essa crise sanitária. Com cuidado, cautela e atenção nos vamos passar por tudo isso", garantiu o secretário.
(Texto: Camila Santos – Ascom/Seaster).
Um estudo do Dieese Pará, publicado nesta sexta-feira (23), aponta que mesmo com uma conjuntura bastante adversa o Pará registrou aproximadamente 6 mil contratações de jovens aprendizes durante os últimos 12 meses, com destaque para os setores do Comércio, Indústria e Serviço. O resultado obtido pelo Estado é o maior verificado entre os demais estados da Região Norte. Os dados foram elaborados em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), com base em informações do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Luciana Gomes está trabalhando há quatro meses como jovem aprendiz no Paysandu Sport Clube. A fala da jovem de 17 anos contempla a soma de aproximadamente 2.200 jovens aprendizes que, mesmo com todos os reflexos restritivos por conta da pandemia, conseguiram adentrar no mercado de trabalho formal.
"Hoje, eu atuo como auxiliar administrativo em uma área que eu gosto e isso tem agregado muito no meu conhecimento. A minha mãe é empregada doméstica, e eu quero ser a pessoa que vai mudar a vida dela. Eu ajudo a pagar as contas, ajudo com as compras; a gente mora de aluguel, então conseguir essa vaga foi uma grande oportunidade", disse.
Luciana foi uma das jovens contempladas com o Primeiro Ofício - programa do governo do Estado lançado em agosto de 2019, com o objetivo de gerar oportunidade de inserção no mercado de trabalho para jovens entre 14 e 24 anos que se encontram em vulnerabilidade social.
Por meio da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), o Estado mantém a iniciativa que visa sensibilizar empresas que usufruem de algum tipo de benefício fiscal a dedicar 30% de vagas do Programa Jovem Aprendiz a jovens oriundos do cumprimento de medidas socioeducativas e do sistema prisional, ou que estejam em situação de vulnerabilidade. O programa já inseriu aproximadamente 1.200 pessoas em vagas de aprendizagem no estado do Pará e certificou diversas empresas com o selo “Empresa Cidadã”.
Os dados analisados pelo Dieese mostram que o incentivo tem dado certo. Só no primeiro trimestre deste ano (janeiro a março), foram contratados formalmente 2.222 jovens aprendizes em todo o Estado, a maioria para o setor de Serviços, que registrou a admissão de 722 (equivalente a 32,5% do total de contratações), seguido do setor de Construção com a contratação de 550 jovens e o setor do Comércio com a contratação de 509 jovens.
O titular da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Inocencio Gasparim, comemora o desempenho do Pará na movimentação da economia e na geração de emprego e renda.
"O plano de retomada da economia implantado pelo governo do Estado tem cuidado com zelo e atenção da saúde da população. Fizemos os lockdowns e as paradas obrigatórias na economia, que são o último recurso, mas que foi necessário. Por outro lado, incentivamos as atividades produtivas, com redução de 90% de ICMS às empresas de transformação, além de ações no sentido de prover recursos à economia, o que movimentou o comércio, o serviço e, consequentemente, potencializou a contratação de trabalhadores, entre eles, os jovens. Só nesse primeiro trimestre, mais de 2 mil foram contratados, isso é sinal de avanço e reforço na geração de emprego e renda em nosso Estado", reforça o secretário.
A Wiz Soluções, gestora de canais de distribuição de seguros e produtos financeiros, dará às mulheres empreendedoras que pedirem empréstimos da Wimo, seu braço de empréstimos com imóveis como garantia (o "home equity"), 1% de volta dos valores solicitados. A campanha de cashback vale até 31 de maio e vale apenas para contratos de crédito com imóveis e automóveis próprios ("car equity") como garantia.
“Muitas empreendedoras desejam ampliar os negócios, precisam de capital de giro ou quitar dívidas. É nosso papel promover incentivos que contribuam com o desenvolvimento econômico do país. O home equity e o car equity são formatos muito interessantes, seja para uma ocasião de contratempos ou até mesmo para quem tem maior educação financeira, planejamento e pretende investir. Eles são mecanismos de crédito simples, seguros, baratos e que diminuem a burocracia”, explica Rodrigo Salim, diretor-executivo da Wiz Parceiros.
As mulheres requisitantes receberão o valor do cashback em conta corrente em até 30 dias, após a contratação do crédito. As interessadas devem acessar o site da Wimo e, na seção “Nossos Parceiros”, escolher o agente comercial que lhe for conveniente. Somente farão parte da ação os pedidos feitos com uma ou mais proponentes, conforme regulamento da campanha.
O empréstimo é viabilizado pela Wimo, plataforma para concessão de créditos fruto da joint venture da Wiz Soluções (à frente da operação e comercialização dos empréstimos) com a Galápagos Capital (responsável pela estruturação financeira e o funding do negócio).
A modalidade de empréstimo com imóvel e carro como garantia é bastante comum nos Estados Unidos e vem crescendo no Brasil, nos últimos anos. O Banco Central tem promovido estímulos de acesso aos produtos por meio de concedentes não bancários.
O último levantamento divulgado pela autoridade monetária destacou que o mercado de Home Equity e Car Equity tem potencial para movimentar R$ 500 bilhões no Brasil neste início de década.
Por Naiara Bertão, Valor Investe — São Paulo
A busca do consumidor por crédito aumentou 4,9% em abril em comparação a março, segundo o indicador da Serasa Experian. A leve alta é um movimento saudável para o mercado de empréstimos, mas ainda não indica a retomada do poder de compra, na avaliação de Luiz Rabi, economista do birô de crédito.
“Com as taxas de desemprego ainda elevadas e o menor valor do auxílio emergencial neste ano, os consumidores continuam buscando por crédito para suprir despesas essenciais e fazer negociações, trocando dívidas mais caras por outras mais baratas. Portanto, embora o índice tenha demonstrado expansão, a demanda por crédito em abril teve como foco a realização de compras e pagamentos prioritários”, afirma.
Os consumidores que possuem menor renda foram os que mais procuraram empréstimos. Na faixa de pessoas que recebem até R$ 500 mensais e entre R$ 500 e R$ 1 mil, o crescimento na busca foi de 7,4% e 5,3%, respectivamente.
Todas as regiões do país registraram aumento na procura por crédito, sendo Norte (8,9%), Centro-Oeste (8,4%) e Nordeste (4,7%) aquelas onde a busca mais cresceu. Em sequência estão Sudeste (4,2%) e Sul (3,8%).
Ao comparar abril de 2021 com o mesmo mês do ano passado, houve uma elevação recorde de 45,7% na procura por empréstimos. “Como os períodos de lockdown foram intensos em abril de 2020, afetando diretamente os consumidores, a base de comparação ficou prejudicada, já que esse crescimento recorde foi, na verdade, uma recuperação da grande queda do ano anterior”, diz Rabi.
Cuidados ao tomar crédito
O risco do consumidor tomar crédito e contrair dívidas que levam ao superendividamento é grande e nem sempre o empréstimo é a melhor saída para resolver o problema. Sabendo desses riscos, nunca tome crédito por impulso. Em qualquer situação, você só deve pedir um empréstimo depois de planejar seu orçamento atual e futuro e ter certeza de que as parcelas caberão no bolso.
É uma boa ideia tomar um empréstimo para refinanciar dívidas, ou seja, quitar outras dívidas que têm taxa de juro mais alta, como o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito. O empréstimo também pode servir numa emergência, se você tiver um imprevisto de saúde ou ficar desempregado, por exemplo.
Porém, o ideal é ter uma reserva financeira para lidar com emergências em vez de se endividar. Se o empréstimo for para realizar um sonho, tenha um pé atrás. Os especialistas recomendam o investimento mês a mês para realizar seus planos, com antecedência, em vez de gastar um dinheiro que você ainda não tem. Só tome crédito para realizar um sonho que possa ajudá-lo a ganhar dinheiro no futuro, como um curso ou um negócio.
Se for apenas para antecipar um consumo, segure a onda e espere a hora certa de pegar dinheiro emprestado.
Pesquise a melhor modalidade de empréstimo para você e compare o Custo Efetivo Total cobrado pelas instituições financeiras. Para saber onde obter o crédito mais barato, sites como o Bom Pra Crédito, ComparaOnline e FinanZero fazem a comparação de taxas de juro de empréstimos para você, de acordo com seu perfil. Eles são marketplaces de crédito, espécie de shoppings de empréstimos on-line.
Por Júlia Lewgoy, Valor Investe — São Paulo
A expectativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 aumentou de 5,15% para 5,24%, após alta na semana passada. Para 2022, a projeção avançou de 3,64% para 3,67%, elevação pela 2ª semana consecutiva.
As estimativas estão no Relatório Focus, que é divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central (BC) e traz as expectativas do mercado para os principais indicadores econômicos do país.
A meta de inflação a ser perseguida pela autoridade monetária é de 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Este é o terceiro Relatório Focus publicado após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC de aumentar a taxa básica de juros, a Selic, pela segunda vez consecutiva, em 0,75 ponto percentual, para 3,50% ao ano, no início de maio. O Copom confirmou o aviso dado seis semanas antes. Para a próxima reunião, de acordo com o comunicado, uma nova alta de 0,75 ponto deve chegar, levando a Selic aos 4,25% ao ano.
Foi mantida no texto a expressão "normalização parcial da taxa de juros". Ou seja, o Banco Central indicou que o processo de alta não deve levar a taxa, no final, ao patamar do que chama de "juros neutros". A novidade, no entanto, foi acrescentar que "não há compromisso com essa posição". Ou seja, o BC pode mudar de ideia daqui e subir sim o juro básico acima desse nível "neutro", a depender dos riscos pela frente.
PIB
A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 aumentou de 3,45% para 3,52%, após alta na semana passada. Para 2022, a projeção caiu de 2,38% para 2,30%, após aumento na última semana.
Selic
A expectativa para o juro básico no fim de 2021 foi mantida em 5,50% ao ano, após três semanas de permanência. Para o final de 2022, a projeção para a taxa se manteve em 6,50% ao ano, após alta na semana passada.
Dólar
A expectativa do mercado para o dólar no fim de 2021 se manteve em R$ 5,30, após baixa na semana passada. A projeção para a moeda em 2022 caiu de R$ 5,35 para R$ 5,30, diminuição pela segunda semana seguida.
e cada 100 microempreendedores individuais (MEI) no Brasil, 82 revelaram que tiveram perda de faturamento.
Essa categoria de empreendedores foi a mais prejudicada com a pandemia do coronavírus, de acordo com a 10ª edição da Pesquisa “O Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios”, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Entre as empresas de micro e pequeno porte, 74% afirmaram queda de faturamento, número aproximadamente 10% inferior às perdas entre os MEI.
Atualmente, existem no Brasil mais de 11 milhões de microempreendedores individuais em atividade.
Em 2020, mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19, foram criados 2,6 milhões de novos MEI, o maior número registado nos últimos cinco anos.
“Muitas pessoas desempregadas viram no MEI uma oportunidade para obter renda, e por isso, é tão importante que o Sebrae ajude na capacitação desse público e trabalhe também na elaboração de políticas públicas que facilitem o crédito e amparem esse público”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
O presidente do Sebrae comenta ainda que 60% dos microempreendedores individuais procuraram as instituições bancárias para pedir empréstimos, mas que apenas 28% obtiveram êxito.
“A dificuldade dos pequenos empreendedores em conseguir crédito é histórica, e quanto menor o porte da empresa mais difícil a resposta positiva dos bancos ”, ressalta Melles, destacando como exemplo de programa emergencial que beneficiou os MEI, o Peac-Maquininha.
O Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac) Maquininhas, criado pelo governo federal, em 2020, para aumentar a concessão de crédito para os pequenos negócios, conseguiu, em menos de dois meses de operação, atender mais de 112 mil donos de pequenos negócios com um volume de crédito de aproximadamente R$ 3,19 bilhões.
Os principais beneficiários dessa modalidade de empréstimo, feita por meio das maquininhas de cartão de crédito, foram os MEI e os donos de micro empresas.
De acordo com estudo do Ministério da Economia, o Peac-Maquininhas representou o único crédito durante o último trimestre de 2020 para 18% dos microempreendedores individuais.
Digitalização
A pesquisa feita pelo Sebrae também detectou que houve um aumento no número de microempreendedores individuais que passou a usar a internet para vender os seus produtos, passando de 44%, em 2009, para 69%, em 2021, o que representa um incremento de 56%.
“Com todas as dificuldades impostas pela pandemia, os MEI precisaram se reinventar e um dos caminhos encontrados foi a digitalização do negócio e a adesão ao e-commerce”, pontua Carlos Melles.
Entre os 140 cursos online e gratuitos oferecidos pelo Sebrae, um dos mais procurados pelos empreendedores é o de Marketing Digital, que ensina como construir e monitorar uma estratégia de marketing digital para alavancar a empresa.
Outra capacitação disponível é “Como vender pela internet na crise do coronavírus”, que explica como a internet é fundamental, principalmente neste momento de crise, para o avanço e o sucesso da empresa.
Ensina técnicas para melhorar a performance nas redes sociais e aumentar o tráfego de clientes nos canais de vendas.
Fonte: Sebrae
https://www.jornalcontabil.com.br/queda-de-faturamento-do-mei-atinge-82/