O mercado de cartão de crédito passa por uma evolução. Este movimento começou em 7 de junho, quando entrou em vigor o novo sistema de registro de cartões. A norma do Banco Central (BC) tem como objetivo elevar a liquidez dos lojistas ao permitir que o adiantamento de recebíveis seja feito com qualquer instituição financeira e também com os fornecedores.
Até o mês passado, o lojista que tinha um montante a receber referente aos pagamentos feitos pelas maquininhas em geral, nas vendas a crédito, contava com o prazo mínimo de um mês para recebimento. Anteriormente à nova regra, a única opção do lojista para antecipar estes pagamentos era negociar com a instituição financeira fornecedora de sua maquininha de cartão ou com as adquirentes de cartão. Por exemplo: Rede, Itaú, Cielo, Bradesco, Getnet, Santander, entre outras. Com a nova regra promovida pelo BC, esse montante pode ser direcionado para uma registradora de recebíveis, nova instituição no mercado de adquirência.
Como vai funcionar
Na prática, as registradoras passam a “catalogar” todas as transações feitas por cartões no Brasil. Com a autorização dos lojistas, essas informações podem ser cedidas para instituições interessadas em ofertar crédito, como as fintechs, outras financeiras como securitizadoras, por exemplo, e até empresas não-financeiras como indústrias, que fornecem para o lojista.
“A vantagem é que os administradores podem fazer um leilão e escolher a melhor taxa para antecipar pagamentos, independentemente de qual maquininha processou a venda”, diz Celso Sato, CEO da Accesstage, techfin com uma plataforma financeira para empresas. Ele calcula que a mudança deve refletir em uma queda de cerca de até 30% nas taxas de juros cobradas pelo adiantamento.
O BC tem dois objetivos ao implementar a regulamentação: contribuir para a diminuição do custo de capital de giro dos negócios e destravar o mercado de capitais, uma vez que o segmento de cartões movimenta mais de R$ 2 trilhões por ano.
Para além de instituições financeiras, os lojistas podem negociar a cessão desses recebíveis com os fornecedores. “Uma das vantagens é a possibilidade de o varejo depender menos de operações de crédito”, diz Marcos Elias dos Santos, diretor de Inovação, Produtos e Marketing da Accesstage. “Além disso, o empresário pode pagar a cadeia de fornecimento com os recebíveis sem o desconto de taxas”.
Tecnologia para otimizar processos
Se antes os administradores tinham três ou quatro instituições que poderiam negociar o adiantamento dos recebíveis, a nova regra multiplica essas possibilidades para a casa dos milhares. Estima-se que hoje exista entre 8 e 10 mil empresas aptas para fazer as transações – entre securitizadoras, factorings e financiadoras.
Portanto, um dos desafios para que a nova regra se traduza nos benefícios planejados é o contato dos lojistas com essas empresas – e com os fornecedores interessados em alinhar acordos. A resposta está na tecnologia, que aproxima e otimiza a comunicação. “Passamos os últimos meses desenvolvendo um sistema específico para organizar e aproximar esse ecossistema”, diz Elias.
Muito mais que uma mudança pontual, esse movimento do segmento pode ser visto como uma quebra de paradigmas da maneira com que os administradores lidam com os recursos. “O empresário, diretor de empresa, tesoureiro irão se relacionar de maneira mais dinâmica e ágil com o capital em meio ao processo para buscar cada vez mais ganhos nessa jornada de adiantamento dos recebíveis”, diz Sato.
É possível, ainda, dividir os recebíveis ao ceder uma parte do valor para cada parceiro – financeira ou fornecedor. “O parceiro tecnológico potencializa os ganhos e diminui o custo de capital “, diz Elias, que ressalta a importância das ferramentas para elevar os ganho de competitividade nessa jornada. “É preciso ter uma plataforma e APIs necessárias para fazer a integração dessas empresas. Do contrário, o administrador corre o risco de se perder em meio à imensa quantidade de informação e interações”, diz.
Com o objetivo de oferecer as melhores soluções já nos primeiros momentos das mudanças de regulamentação, a Accesstage acompanha de perto todos os movimentos do mercado. E, por isso, está um passo à frente. “Nosso propósito é divulgar e aconselhar as empresas a usufruir de todos os benefícios que refletem movimentos como esse”, afirma Sato.
Melhorias na área de duplicatas
Faz parte do conjunto de regras que o BC está promovendo também otimizar o segmento de duplicatas. A autoridade monetária é responsável pela regulamentação da Lei 13.755/2018, que institui a duplicata eletrônica no Brasil.
Esses títulos emitidos pelas empresas lastreados em uma nota fiscal – considerados um compromisso de pagamento futuro – serão igualmente “anotados” nas registradoras, o que facilitará a sua “venda” para as instituições financeiras, que os adquirem em troca do pagamento de juros pelas empresas.
“Hoje, esses documentos ainda não têm registro centralizado, o que aumenta a chance de fraudes, pois a mesma duplicada pode ser negociada com diversas instituições”, diz Sato. Todos os anos são emitidos mais de R$ 800 bilhões em duplicatas no País. Com a regulamentação da lei, a estimativa é que R$ 280 bilhões sejam adicionados a esse montante, como crédito via recebíveis.
O mercado prevê que o BC deve aprovar a convenção das duplicatas em junho, o que abre espaço para regulamentar a operação das registradoras. “A expectativa é que em até 1 ano esse mercado esteja estabelecido”, diz Sato.
Uma das mudanças esperadas com o registro central das duplicatas é a provável queda da taxa de juros com a entrada de mais instituições financeiras no processo, mesmo movimento esperado para os cartões. “Isso vai trazer mais transparência e segurança jurídica para quem está adquirindo esses ativos. O que aumentará a liquidez dos títulos – um importante incentivo para o crescimento do mercado de capitais”, afirma o CEO.
As mudanças nos segmentos de cartões e duplicatas têm potencial para reinventar a cadeia de relacionamento entre empresas (B2B) nos próximos anos. Por isso, a gestão assertiva dos ativos é essencial para que as empresas alcancem a liquidez que necessitem para otimizar a operação. “Reforçamos a nossa parceria com o cliente, como provedor de tecnologia e também como consultores de mercado”, ressalta Elias.
Pioneira na gestão financeira para empresas, a Accesstage, por meio da sua plataforma, otimiza a conexão das empresas com os parceiros, a tomada de crédito, e organiza o Contas a Pagar e a Receber. Mas a sua atuação vai além. “Por meio da tecnologia, a nossa meta é deixar as pessoas confiantes para tomar decisões acertadas”, conclui Elias.
https://www.infomoney.com.br/negocios/nova-norma-para-adiantar-recebiveis-de-cartoes-traz-liquidez-para-lojistas/
Por Agência Brasil
A taxa média de juros paga pelas famílias no crédito livre caiu em maio para 39,9% ao ano. O número apresenta uma queda de 1,2 ponto percentual no mês, segundo as estatísticas monetárias e de crédito de maio, divulgadas nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central. Na comparação com maio de 2020, o declínio da taxa é de 3,8 pontos percentuais.
Segundo o BC, esse recuo nos juros foi influenciado pelo crédito pessoal, que teve queda de 5,3 pontos percentuais na taxa (83% ao ano). O rotativo do cartão de crédito chegou a 329,6% ao ano, com recuo de 6,5 pontos percentuais.
A taxa de juros do cheque especial caiu 2,2 pontos percentuais para 122,1% ao ano.
Os juros do crédito direcionado para as famílias chegou a 6,7% ao ano, em maio, estável em relação a abril.
No caso das empresas, a taxa de juros do crédito livre chegou a 14,6%, com queda de 0,1 ponto percentual em relação a abril. No caso do crédito direcionado, a taxa para as empresas ficou em 7,6% ao ano, com recuo de 0,8 ponto percentual no mês.
O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
Em maio, o saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançou R$ 4,2 trilhões, o que configura aumento de 1,2% no mês, “com crescimento tanto na carteira de pessoas jurídicas (saldo de R$ 1,8 trilhão, expansão de 0,7%) quanto na de pessoas físicas (R$ 2,4 trilhões, 1,7%)”, informa o BC.
De acordo com o BC, em 12 meses, o crescimento da carteira total (saldo de operações de crédito) acelerou de 15,1%, em abril, para 16,1%, em maio. No caso de pessoas físicas, observou-se uma variação de 14,5% para 16,5% nas operações de crédito, enquanto a de pessoas jurídicas permaneceu em desaceleração, de 16,0% para 15,7%.
A inadimplência (situação em que o atraso para o pagamento da dívida supera 90 dias) total no SFN registrada no mês é 2,3% (variação de 0,1 ponto percentual), distribuída entre os segmentos de pessoas jurídicas (alta de 0,2 ponto percentual) e pessoas físicas (0,1 ponto percentual).
Os juros do crédito direcionado para as famílias chegou a 6,7% ao ano, em maio, estável em relação a abril.
No caso das empresas, a taxa de juros do crédito livre chegou a 14,6%, com queda de 0,1 ponto percentual em relação a abril. No caso do crédito direcionado, a taxa para as empresas ficou em 7,6% ao ano, com recuo de 0,8 ponto percentual no mês.
O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
Em maio, o saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançou R$ 4,2 trilhões, o que configura aumento de 1,2% no mês, “com crescimento tanto na carteira de pessoas jurídicas (saldo de R$ 1,8 trilhão, expansão de 0,7%) quanto na de pessoas físicas (R$ 2,4 trilhões, 1,7%)”, informa o BC.
De acordo com o BC, em 12 meses, o crescimento da carteira total (saldo de operações de crédito) acelerou de 15,1%, em abril, para 16,1%, em maio. No caso de pessoas físicas, observou-se uma variação de 14,5% para 16,5% nas operações de crédito, enquanto a de pessoas jurídicas permaneceu em desaceleração, de 16,0% para 15,7%.
A inadimplência (situação em que o atraso para o pagamento da dívida supera 90 dias) total no SFN registrada no mês é 2,3% (variação de 0,1 ponto percentual), distribuída entre os segmentos de pessoas jurídicas (alta de 0,2 ponto percentual) e pessoas físicas (0,1 ponto percentual).
No caso crédito livre, a inadimplência das pessoas físicas chegou a 4,1% (aumento de 0,1 ponto percentual na comparação com abril) e das empresas, 1,7%, estável em relação a abril.
Por Rafael Walendorff, Valor — Brasília
O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Renato Naegele, afirmou hoje, em coletiva de imprensa, que o setor agropecuário demonstra grande apetite por crédito rural, apesar da alta de juros, o que deve sustentar ou até aumentar a procura por financiamentos na safra 2021/22. O movimento de elevação das taxas, por outro lado, pode reduzir as margens dos produtores e afetar o desempenho das linhas de industrialização, segundo ele.
“A demanda por crédito será igual ou maior que a da última safra”, afirmou. “As perspectivas são positivas, por conta dos preços das commodities. O aumento dos juros pode gerar impacto na margem do produtor, mas ele está capitalizado, viveu a safra passada com Selic de 2%”.
Segundo Naegele, a alta das taxas pode afetar principalmente as operações de industrialização. Ele disse que os bancos direcionavam recursos para essas linhas para cumprir as exigibilidades do crédito rural, operando até com margem negativa, o que não deverá ser feito agora com juros mais altos.
“Tem movimento recente de aumento dos juros. Ainda não está muito claro onde em que patamar eles vão se estabilizar. Precisamos acompanhar isso ao longo dos próximos três ou seis meses, talvez até o final do ano”, completou.
Naegele também disse que o bom momento do agronegócio vai puxar a demanda por crédito. “O momento do agronegócio não é conjuntural, não tem um boom, não é porque entrou na moda. O posicionamento do agro hoje é estrutural, um setor econômico consolidado, é a fortaleza econômica do país”, continuou. Ele afirmou que a experiência e conhecimento do BB sobre o setor, a busca por tecnologia e o acesso mercados externos vão sustentar os resultados dos financiamentos na safra 2021/22.
“O banco está entendendo com muita solidez o desempenho do agronegócio nessa última safra, atípica em virtude de toda a situação da pandemia”, destacou.
Apesar da redução das medidas restritivas e do avanço da vacinação contra o coronavírus, o faturamento dos pequenos negócio ainda está, na média, 43% menor do que o nível de antes do início da pandemia, segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgada nesta sexta-feira (25).
Segundo o Sebrae, trata-se do pior resultado desde julho do ano passado, quando o faturamento médio chegou a cair quase metade (45%).
O estudo “O Impacto da pandemia do coronavírus nos Pequenos Negócios”, realizado em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que 79% das empresas continuam relatando perdas no faturamento – percentual que se mantém inalterado desde fevereiro. Para 67%, a renda atual do negócio não é suficiente sequer para cobrir as despesas.
"É fundamental que a vacinação seja acelerada e que sejam criadas novas políticas que amparem os empreendedores, ampliem o acesso ao crédito e reduzam o custo desses empréstimos de forma rápida”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles, destacando que o setor é o que mais emprega no país, respondendo por cerca de 40% do PIB (Produto Interno Bruto).
A pesquisa entrevistou 7.820 microempreendedores individuais (MEI) e donos de pequenos negócios entre os dias 25 de maio e 1º de junho, em todos os estados e no Distrito Federal. O intervalo de confiança é de 95%.
Aumento da inadimplência
O levantamento aponta que o número de empresas com dívidas em atraso passou de 34% em fevereiro para 36% em maio.
Por outro lado, aumentou o número de empresários que buscaram crédito e conseguiram. O percentual de sucesso nos pedidos de empréstimos subiu de 11%, em abril do ano passado, para 52% em maio. Agora, apenas 5% disseram ainda aguardar uma resposta dos bancos. A maior dificuldade para obter crédito permanece para quem é MEI.
O Sebrae defende um projeto para suspender o pagamento de tributos para o segmento, numa espécie de moratória, e outro que prevê um parcelamento especial de débitos relativos a impostos (Refis do Simples Nacional).
"Um Refis é mais do que importante, é sobrevivência. O setor de turismo e eventos está há 14 meses com faturamento zero, então vai pagar o que? Não fatura nada", afirma Melles.
56% se dizem aflitos com o futuro
A pesquisa revela também que mais da metade (56%) das pequenas empresas se diz aflita e apreensiva com relação ao futuro, enquanto que 44% estão animados, conformados ou aliviados.
Na visão dos empresários, o retorno à normalidade ocorrerá daqui 18 meses, a partir das eleições de de 2022. Esse índice tem crescido desde novembro do ano passado, quando o tempo de retorno estimado estava em 14 meses.
A pesquisa revela ainda que apenas 3 em cada 10 negócios têm mais de 50% do faturamento com vendas online.
Segundo o Sebrae, as atividades mais afetadas no momento são as dos segmentos de turismo, economia criativa, salões de beleza, academias e logística e transporte – todas com perda de faturamento acima dos 50%. As atividades menos afetadas são o agronegócios, energia, indústria de base tecnológica, pet shops e serviços empresariais.
"Quem vai nos ajudar a retomar é só a vacinação mesmo", afirmando o presidente do Sebrae, destacando também a perspectiva de uma maior abertura da economia e melhora do ritmo de recuperação da economia a partir do segundo semestre.
https://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2021/06/25/faturamento-dos-pequenos-negocios-ainda-esta-43percent-abaixo-do-nivel-pre-pandemia-aponta-sebrae.ghtml
essoa jurídica - Desconto de duplicata
Classificadas por ordem crescente de taxa
Período: 24/05/2021 a 28/05/2021
Modalidade: Pessoa jurídica - Desconto de duplicatas
Tipo de encargo: Pré-fixado
Taxas de juros | |||
Posição | Instituição | % a.m. | % a.a. |
1 | BCO MUFG BRASIL S.A. | 0,05 | 0,64 |
2 | BCO HSBC S.A. | 0,36 | 4,40 |
3 | BCO VOTORANTIM S.A. | 0,42 | 5,13 |
4 | BCO J.P. MORGAN S.A. | 0,45 | 5,49 |
5 | BCO DE LAGE LANDEN BRASIL S.A. | 0,45 | 5,53 |
6 | BCO SOCIETE GENERALE BRASIL | 0,45 | 5,55 |
7 | BCO CITIBANK S.A. | 0,50 | 6,18 |
8 | BCO MERCEDES-BENZ S.A. | 0,53 | 6,57 |
9 | BOFA MERRILL LYNCH BM S.A. | 0,58 | 7,18 |
10 | BANCO BTG PACTUAL S.A. | 0,60 | 7,40 |
11 | BCO BNP PARIBAS BRASIL S A | 0,66 | 8,20 |
12 | BCO SANTANDER (BRASIL) S.A. | 0,69 | 8,63 |
13 | BCO SAFRA S.A. | 0,75 | 9,43 |
14 | BANCO FIDIS | 0,76 | 9,57 |
15 | BCO BRADESCO S.A. | 0,79 | 9,84 |
16 | BCO INDUSTRIAL DO BRASIL S.A. | 0,79 | 9,90 |
17 | BCO DAYCOVAL S.A | 0,87 | 10,99 |
18 | ITAÚ UNIBANCO S.A. | 1,06 | 13,43 |
19 | BCO FIBRA S.A. | 1,10 | 13,96 |
20 | GAZINCRED S.A. SCFI | 1,10 | 14,04 |
21 | BCO BS2 S.A. | 1,13 | 14,45 |
22 | BANCO CNH INDUSTRIAL CAPITAL S.A | 1,23 | 15,81 |
23 | CARUANA SCFI | 1,23 | 15,83 |
24 | BCO RIBEIRAO PRETO S.A. | 1,24 | 15,88 |
25 | BCO ABC BRASIL S.A. | 1,29 | 16,62 |
26 | BCO DO BRASIL S.A. | 1,30 | 16,70 |
27 | BCO BANESTES S.A. | 1,39 | 18,05 |
28 | BANCO INTER | 1,44 | 18,73 |
29 | OMNI BANCO S.A. | 1,53 | 19,95 |
30 | BCO DO ESTADO DO RS S.A. | 1,53 | 19,97 |
31 | BCO SOFISA S.A. | 1,58 | 20,67 |
32 | BCO RNX S.A. | 1,59 | 20,88 |
33 | BANCO RANDON S.A. | 1,63 | 21,43 |
34 | BCO RENDIMENTO S.A. | 1,70 | 22,43 |
35 | CAIXA ECONOMICA FEDERAL | 1,76 | 23,24 |
36 | BCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. | 1,77 | 23,37 |
37 | BANCO MONEO S.A. | 1,80 | 23,87 |
38 | BANCO ORIGINAL | 2,05 | 27,57 |
39 | BCO GUANABARA S.A. | 2,26 | 30,73 |
40 | BCO TRIANGULO S.A. | 2,42 | 33,29 |
41 | SANTANA S.A. - CFI | 2,54 | 35,14 |
42 | BCO LUSO BRASILEIRO S.A. | 2,61 | 36,17 |
43 | BCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. | 2,84 | 39,95 |
44 | HS FINANCEIRA | 2,97 | 42,00 |
45 | SANTINVEST S.A. - CFI | 2,99 | 42,40 |
46 | BCO CREFISA S.A. | 3,38 | 48,94 |
47 | BRB - BCO DE BRASILIA S.A. | 3,51 | 51,20 |
48 | BCO CAPITAL S.A. | 3,72 | 55,03 |
49 | FINAMAX S.A. CFI | 4,52 | 70,01 |
50 | VIA CERTA FINANCIADORA S.A. - CFI | 5,23 | 84,44 |
51 | BANCO DIGIO | 7,67 | 142,73 |
Fonte: Banco Central do Brasil
O avanço da vacinação trouxe expectativas de melhora para as pequenas e médias empresas em todo país. Mas, mesmo antes disso, alguns setores foram na contramão da crise e continuaram superaquecidos.
Uma pesquisa feita pela BizCapital, fintech de soluções financeiras para micro e pequenas empresas, mostrou que o setor agropecuário foi o que mais apresentou crescimento nos pedidos de empréstimo para empresas durante a pandemia.
De abril do ano passado a maio de 2021, o segmento teve um aumento de 18% nas solicitações de crédito PJ quando comparado com o período de abril/2019 a março/2020.
“Todos os segmentos da cadeia produtiva do agronegócio brasileiro tiveram alta em 2020. E para aproveitar o bom momento e seguir em expansão, empresas do setor recorreram às linhas de crédito PJ”, afirma Cristiano Rocha, diretor de crédito e cofundador da BizCapital.
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o agronegócio gerou mais de 100 mil empregos formais entre os meses de janeiro e outubro de 2020.
Embora também tenham ocorrido prejuízos aos produtores rurais, o agronegócio ajudou o Brasil a crescer na pandemia e, para o executivo, esse foi um dos motivos que explica o crescimento nos pedidos de empréstimos do setor.
Sudeste lidera procura
Ainda de acordo com o estudo, o sudeste foi a região que mais recorreu ao empréstimo para empresas, registrando um aumento de 29% entre abril/2020 a março/2021, quando comparado com o período de abril/2019 a março/2020.
Em contrapartida, o sul teve uma queda de 25% na média mensal de busca por crédito PJ em comparação aos mesmos períodos.
São Paulo, Minas Gerais e Bahia foram os estados que apresentaram o maior aumento na procura por crédito durante o período de análise, chegando a 33%, 32% e 31%, respectivamente.
“A expectativa das PMEs era começar o ano com um crescimento satisfatório, mas infelizmente, para muitos empreendedores, a realidade foi outra. Mas a boa notícia é que já podemos perceber, aos poucos, sinais de retomada dos pequenos negócios. Não à toa, segundo o Sebrae, 70% dos trabalhos de carteira assinada criados no primeiro trimestre de 2021 foram nas pequenas empresas”, finaliza Rocha.
https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/agronegocio-esta-aquecido-e-tem-aumento-de-18-nos-pedidos-de-emprestimo/20210618-164150-r336
Por Lu Aiko Otta, Valor — Brasília
A ideia de reverter parte do crescimento da arrecadação em cortes na alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) foi recebida com cautela por especialistas.
A ideia foi apresentada hoje pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) — sem detalhamento.
A redução da alíquota do IRPJ seria feita em duas etapas de 2,5 pontos, uma a cada ano. Havendo reeleição do presidente Jair Bolsonaro, disse o ministro, seriam mais dois cortes de 2,5 pontos.
Ele citou vários valores para a possível nova faixa de isenção do IRPF, sendo o mais alto de R$ 2,3 mil. Haveria também o aumento da tributação nas faixas mais altas de renda, com a cobrança de imposto sobre a distribuição de dividendos.
O Planalto pressiona por valores mais elevados, segundo se informa nos bastidores. O objetivo é chegar aos R$ 3 mil prometidos na campanha eleitoral de 2018.
“É preocupante”, disse o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto. “Não se pode tomar o cenário de curtíssimo prazo como tendência.” A própria IFI melhorou o cenário para o crescimento econômico, de 3% para 4,2% em 2021. “Mas o futuro é incerto, e muda conforme as decisões tomadas no presente.”
Por Mariana Ribeiro e Lu Aiko Otta, Valor — Brasília
O governo quer acabar com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), disse há pouco o ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Com isso, o setor ganhará competitividade como ocorre hoje com o agronegócio, comentou. Trata-se, porém, de uma medida “ousada” que demandará “gastar um pouco mais de dinheiro”, comentou.
“Temos compromisso, vamos reindustrializar o Brasil com energia barata”, repetiu.
Ele informou que a reforma tributária vem em dois estágios. Um deles está em discussão no Senado, o Passaporte Tributário, um programa de refinanciamento de dívidas tributárias com descontos de multas e juros.
Ao comentar a proposta do empresário Josué Gomes, que pediu uma alíquota de 8% a 9% para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) - em vez dos 10% a 12% que estão em análise - Guedes disse que a alíquota pode cair para 10%.
A CBS é o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) federal, disse. Segundo o ministro, há unanimidade entre os Estados que o Brasil deve migrar para um IVA.
Os Estados poderão aderir a esse IVA. “Mas não pode ser na premissa anterior, do fundo de compensação”, disse. Governadores querem a criação de dois fundos, no valor total próximo a R$ 500 bilhões. O Ministério da Economia é contra e isso travou os debates.
“Acho que esse movimento vai ser feito logo depois no Senado, quando convidarmos governadores para e entrarem em acordo conosco”, disse. A ideia é aprovar o IVA federal na Câmara, onde está em tramitação e, ao chegar ao Senado, ampliar o debate para a adesão dos Estados.
“O risco de reabrir conversas sobre Estados e municípios na Câmara é que de repente acaba o ano e não aprova”, comentou. Depois, afirmou que o presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), está “100% comprometido com agenda”.
No Senado, disse, a ideia é trazer os Estados e fazer “o fim do IPI”.
Por Ana Paula Ragazzi, Valor PRO — São Paulo
Os fundos de crédito privado continuam captando em velocidade acelerada, com os investidores atraídos pelo ciclo de alta da Selic. No entanto, a concentração dos recursos novamente em carteiras com liquidez diária já acende um sinal de atenção no segmento. Nas últimas semanas, inclusive, começaram a surgir casos de gestoras fechando fundos para captação — ou avaliando a medida.
No fim de 2019, essa indústria viveu um ajuste significativo por conta de resgates. Isso aconteceu porque produtos com liquidez diária captaram de forma acelerada e esse aumento de demanda acabou levando à compressão muito acentuada dos spreads das emissões de debêntures. Esses títulos, que predominam nessas carteiras, são de longo prazo e possuem liquidez ainda longe do ideal no mercado secundário. Esse descasamento entre ativo e passivo acentuou problemas da indústria com retiradas. Depois da primeira onda, no fim de 2019, por conta da falta de atratividade das operações, logo veio a segunda leva de resgates, mais aguda, no início da pandemia em 2020. A covid-19 também levou a Selic para as mínimas. Agora, o ciclo de alta da taxa básica de juros está voltando a atrair investidores para o produto.
Conforme levantamento feito pela Quantum Finance para o Valor, uma amostra de 521 fundos de gestoras independentes com no mínimo 50% do patrimônio líquido em ativos de crédito privado teve captação líquida de R$ 3,3 bilhões em maio, no segundo mês de resultado positivo após quase dois anos de resgates. A maior parte dos recursos, 85%, foi para produtos com liquidez em até 30 dias (até 22 dias úteis). Essas carteiras respondem por 82% do patrimônio líquido da indústria, de R$ 165 bilhões.
Dados iniciais para o mês de junho levantados pela Quantum indicam nova captação expressiva neste mês: até dia 18, ela estava em R$ 4,5 bilhões.
Pesquisa do Sebrae revela que microempreendedores individuais têm a menor taxa de sobrevivência entre os pequenos negócios.
Os microempreendedores individuais (MEI) são os que apresentam a maior taxa de mortalidade em até cinco anos. De acordo com a pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), realizada pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal e com pesquisa de campo, a taxa de mortalidade desse porte de negócio é de 29%. Já as microempresas têm uma taxa de mortalidade, após cinco anos, de 21,6% e as de pequeno porte, 17%.
De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o estudo comprova a tese de que quanto maior o porte, maior a sobrevivência, pois o empresário tem um maior preparo e muitas vezes opta por empreender por oportunidade e não por necessidade. “Entre os microempreendedores individuais há uma maior proporção de pessoas que estavam desempregadas antes de abrir o negócio e que, por isso, se capacitam menos e possuem um menor conhecimento e experiência anterior no ramo que escolheram, o que afeta diretamente a sobrevivência do negócio”, afirma Melles.
Segundo o estudo, é possível inferir que a maior taxa de mortalidade dos MEI também esteja associada à extrema facilidade de abrir e de fechar esse tipo de empreendimento, quando comparado às Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP). Para Melles, as facilidades de abrir e fechar o MEI faz com que este sistema se assemelhe ao padrão norte-americano de abrir e fechar empresa. Logo, com a maior facilidade de registro e baixa, passa a ser natural entrar e sair de uma atividade, sem que isso gere implicações burocráticas excessivas.
Além disso, quanto menor o porte da empresa, mais difícil obter crédito para manter o capital de giro e conseguir superar obstáculos como os ocasionados pela Covid-19. “Independentemente do porte, mais de 40% dos entrevistados citaram explicitamente como causa do encerramento da empresa a pandemia do coronavírus. Para 22%, a falta de capital de giro foi primordial para o fechamento do negócio”, explica o presidente do Sebrae. A pesquisa também detectou que 20% dos antigos empresários reclamaram do baixo volume de vendas e da falta de clientes.
Entre as empresas que encerraram as suas atividades, cerca de 34% dos entrevistados acreditam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento da empresa. Ainda segundo o levantamento, apenas 7% desse grupo de empresas solicitaram crédito bancário e obtiveram êxito. “Esse dado comprova a importância de programas como o Pronampe, que foi criado para corrigir um problema histórico de acesso a crédito pelos pequenos negócios e que ampliou o acesso a empréstimos no país. Antes do programa, cerca de 11% das empresas conseguiam crédito, após a iniciativa, esse número saltou para 39%”, comenta Melles.
Ao analisar a sobrevivência por setor, o levantamento feito pelo Sebrae detectou que a maior taxa de mortalidade é verificada no comércio, onde 30,2% fecham as portas em 5 anos. Na sequência, aparecem Indústria da Transformação (com 27,3%) e Serviços, com 26,6%. As menores taxas de mortalidade estão na Indústria Extrativa (14,3%) e na Agropecuária (18%).
Minas Gerais é o estado com a maior taxa de mortalidade com um percentual de 30%. Distrito Federal, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina apresentaram uma taxa de mortalidade de 29%. Amazonas e Piauí foram os que apresentaram as menores taxas de mortalidade (22%), seguidos por Amapá, Maranhão e Rio de Janeiro (23%).
Outros dados da pesquisa:
*42% dos entrevistados estavam desempregados até três meses antes de abrir a empresa. Este número é expressivamente maior do que o total de desempregados verificados na pesquisa realizada em 2016: 23%.
*Dentre aqueles que estavam desempregados antes de abrir a empresa, apenas 41% continuam com o empreendimento em atividade atualmente. Já entre os que estavam empregados, esse número sobre para 51%.
*72% dos entrevistados possuíam experiência anterior ou conhecimento no ramo de negócio da empresa.
*57% dos entrevistados consideram que empreenderam por oportunidade. Enquanto isso, quase 30% dos respondentes empreenderam por necessidade. Em comparação à pesquisa de 2016, observa-se uma diminuição no percentual de empreendedores que abriram empresas motivados por “oportunidade”.
*A sobrevivência de quem empreende por oportunidade é de 58%, já no grupo de quem empreende por necessidade, esse percentual cai para 28%
*Entre os empreendedores que fecharam a empresa, 34% dos acreditam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento do negócio. Já ¼ dos respondentes afirmou que ter mais clientes teria sido útil.
Fonte: SEBRAE