Segundo dados do Sebrae, em 2019 micros e pequenas empresas representaram 99% do total de empresas no País, mas ainda se ressentem das dificuldades de obtenção de crédito. Corresponderam a 12 milhões de negócios, dos quais 8,3 milhões eram microempreendedores individuais (MEIs), e responderam por 54% dos empregos com carteira assinada. É enorme a importância das micro e pequenas empresas na economia nacional, mas ainda têm uma participação limitada no PIB - somente 27%. A mesma dificuldade de crédito também valeu para as médias empresas.
Para 2020, a expectativa é que o aumento da confiança dos consumidores impulsione ainda mais a criação de novos negócios. E as oportunidades são crescentes para as pequenas e médias empresas, apoiadas por melhores condições devido aos juros mais baixos e por uma maior oferta de crédito, fora dos bancos tradicionais. Entre elas, das empresas de factoring e ESCs, associadas à ANFAC - Associação Nacional de Fomento Comercial.
Ainda corroborando com a facilidade de crédito para empresas, o Banco Central implementará o "open banking" em 2020 e 2021, com o objetivo de modernizar o sistema financeiro brasileiro e aumentar a competição no mercado. Os dados como históricos de pagamentos e perfil de investimentos de milhões de clientes não estarão mais somente sob a posse dos bancos, o que promete alterar toda a dinâmica do setor,
No mês que completa 38 anos de existência, a Associação Nacional de Fomento Comercial - ANFAC, comemora entre outras vitórias, a modernização das práticas e procedimentos operacionais de suas associadas, em suas distintas estruturas empresariais de factoring, de securitizadora, de gestora de fundos de investimentos em direitos creditórios. Estão aptas para competir nesse mercado, de acordo com as oportunidades que se apresentam, entre elas o "open banking".
Outra vitória do setor foi a criação, em abril de 2019, da Empresa Simples de Crédito - ESC, já abrigada no escopo institucional da ANFAC. Encerraram 2019 com 538 unidades, em 24 estados e no DF, das quais, 40 já se filiaram à ANFAC. Para 2020 a expectativa é que se interiorizem no País, onde a demanda de crédito por parte do pequeno empreendedor poderá ser atendida.
De acordo com Luiz Lemos Leite, presidente da ANFAC, com a retomada do crescimento, a associação espera para 2020 um aumento de 10% de sua base de associados e consequente oferta de crédito para as empresas de pequeno e médio porte.
A entidade também está atuando para aprovar leis que são fundamentais para o crescimento da categoria. Entre as que mais se destacam, está a da Reforma Tributária.
O esforço se concentra em aliviar a carga fiscal que tanto tem onerado as operações de seus associados, que acabam pesando no custo para a sua clientela composta de milhares de pequenas e médias empresas. Junto ao Banco Central, a ANFAC tem encaminhado sugestões pera regular a Lei 13775/18 de 20/12/2018, que trata da emissão de duplicata pelo sistema eletrônico.
Fone: Six Bureau de Comunicação