Por Anaïs Fernandes e Victor Rezende, Valor — São Paulo
A mudança das metas de inflação do Brasil a partir de 2024 está incorporada nas expectativas do mercado para o índice de preços da economia, mas apenas parcialmente, dizem analistas. Membros da equipe econômica do governo federal têm sinalizado nos últimos dias a possibilidade de alteração dos alvos perseguidos e da forma como eles são avaliados.
Economistas apontam que o risco está em a alteração das metas desencadear desancoragem adicional das expectativas de inflação e ter o efeito contrário ao pretendido pelo governo: abrir espaço para o Banco Central cortar juros.
No início de abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “se a meta está errada, muda-se a meta”. Em entrevista publicada ontem no jornal “O Estado de S. Paulo”, ao ser questionado sobre a indicação de Lula de que, talvez, fosse o momento de discutir a meta, Haddad respondeu que, na sua opinião, “tem o momento de fazer”. “Nós estamos acompanhando o debate acadêmico, o mercado, como as pessoas estão reagindo. Há divergências entre os economistas”, disse. Haddad deu mais ênfase à troca da avaliação anual da meta (em dezembro de cada ano) por um alvo contínuo.
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