Por Fernanda Guimarães e Mônica Scaramuzzo, Valor — São Paulo
As projeções de captação das companhias brasileiras por meio de ações estão em revisão para baixo diante das incertezas sobre o momento em que o Banco Central (BC) dará início ao corte da taxas de juros. Empresas começam a adiar planos de ir a mercado no primeiro semestre, especialmente as candidatas a estrear na bolsa com ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês).
No último trimestre do ano passado, visões mais otimistas do mercado financeiro previam um volume de até de R$ 100 bilhões em ofertas de ações. Nesse bolo, estava incluído um rol de mais de dez IPOs, o que quebraria um marasmo de mais de um ano sem estreias na bolsa brasileira provocada pelo aumento da aversão a risco. Projeções mais conservadoras indicavam que cerca de R$ 60 bilhões poderiam ser movimentados neste ano em 25 a 30 operações, boa parte delas, de companhias já listadas, com ofertas subsequente (“follow-ons”).
Agora, parte dos bancos de investimento já vislumbra volumes ainda menores, uma vez que a volatilidade e o ciclo de juro alto devem durar mais tempo que o esperado, empurrando para o segundo semestre as captações corporativas por meio de ações. Agora, uma retomada mais robusta do mercado de capitais passou a ser esperada só para 2024.
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