Por Lucianne Carneiro, Valor — Rio
A indústria de alimentos e de bebidas têm sentido em 2021 os efeitos da inflação, da massa de rendimentos estagnada no país, além dos valores menores do auxílio emergencial. A avaliação foi feita pelo gerente da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), André Macedo.
Pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tanto a produção de alimentos quanto a de bebidas operavam, em julho, em patamar inferior ao pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e também em relação ao fim do ano passado, em dezembro.
No caso de produtos alimentícios, o patamar é 7,4% inferior ao pré-pandemia e 2,3% abaixo de dezembro de 2020. Em bebidas, as taxas são de -6,4% e -7,2%, respectivamente.
“Esses são setores afetados diretamente pelo poder de consumo e pelo poder de renda. O aumento do nível de preços tem impacto importante e há toda a questão do mercado de trabalho, com a massa salarial que não avança”, diz ele, acrescentando.
“O auxílio emergencial também tem valores menores e é um fator a mais a ser considerado. E o próprio aumento do nível de preços consome parte do auxílio, que já é menor.”
Macedo explica que há comportamento negativo nos diferentes itens dos setores de bebidas e alimentos. No caso de bebidas, há quedas em cerveja, chope, refrigerantes e também na matéria-prima de bebidas.
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