(91) 9 9623-8982      contato@sinfacpara.com.br
Nossas Redes Sociais   

Notícias

Três em cada 10 MEI fecham as portas em até cinco anos de atividade no Brasil

Avalie este item
(0 votos)

Pesquisa do Sebrae revela que microempreendedores individuais têm a menor taxa de sobrevivência entre os pequenos negócios.

Os microempreendedores individuais (MEI) são os que apresentam a maior taxa de mortalidade em até cinco anos. De acordo com a pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), realizada pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal e com pesquisa de campo, a taxa de mortalidade desse porte de negócio é de 29%. Já as microempresas têm uma taxa de mortalidade, após cinco anos, de 21,6% e as de pequeno porte, 17%.

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o estudo comprova a tese de que quanto maior o porte, maior a sobrevivência, pois o empresário tem um maior preparo e muitas vezes opta por empreender por oportunidade e não por necessidade. “Entre os microempreendedores individuais há uma maior proporção de pessoas que estavam desempregadas antes de abrir o negócio e que, por isso, se capacitam menos e possuem um menor conhecimento e experiência anterior no ramo que escolheram, o que afeta diretamente a sobrevivência do negócio”, afirma Melles.

Segundo o estudo, é possível inferir que a maior taxa de mortalidade dos MEI também esteja associada à extrema facilidade de abrir e de fechar esse tipo de empreendimento, quando comparado às Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP). Para Melles, as facilidades de abrir e fechar o MEI faz com que este sistema se assemelhe ao padrão norte-americano de abrir e fechar empresa. Logo, com a maior facilidade de registro e baixa, passa a ser natural entrar e sair de uma atividade, sem que isso gere implicações burocráticas excessivas.

Além disso, quanto menor o porte da empresa, mais difícil obter crédito para manter o capital de giro e conseguir superar obstáculos como os ocasionados pela Covid-19. “Independentemente do porte, mais de 40% dos entrevistados citaram explicitamente como causa do encerramento da empresa a pandemia do coronavírus. Para 22%, a falta de capital de giro foi primordial para o fechamento do negócio”, explica o presidente do Sebrae. A pesquisa também detectou que 20% dos antigos empresários reclamaram do baixo volume de vendas e da falta de clientes.

Entre as empresas que encerraram as suas atividades, cerca de 34% dos entrevistados acreditam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento da empresa. Ainda segundo o levantamento, apenas 7% desse grupo de empresas solicitaram crédito bancário e obtiveram êxito. “Esse dado comprova a importância de programas como o Pronampe, que foi criado para corrigir um problema histórico de acesso a crédito pelos pequenos negócios e que ampliou o acesso a empréstimos no país. Antes do programa, cerca de 11% das empresas conseguiam crédito, após a iniciativa, esse número saltou para 39%”, comenta Melles.

Ao analisar a sobrevivência por setor, o levantamento feito pelo Sebrae detectou que a maior taxa de mortalidade é verificada no comércio, onde 30,2% fecham as portas em 5 anos. Na sequência, aparecem Indústria da Transformação (com 27,3%) e Serviços, com 26,6%. As menores taxas de mortalidade estão na Indústria Extrativa (14,3%) e na Agropecuária (18%).

Minas Gerais é o estado com a maior taxa de mortalidade com um percentual de 30%. Distrito Federal, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina apresentaram uma taxa de mortalidade de 29%. Amazonas e Piauí foram os que apresentaram as menores taxas de mortalidade (22%), seguidos por Amapá, Maranhão e Rio de Janeiro (23%).

 

Outros dados da pesquisa:

*42% dos entrevistados estavam desempregados até três meses antes de abrir a empresa. Este número é expressivamente maior do que o total de desempregados verificados na pesquisa realizada em 2016: 23%.

*Dentre aqueles que estavam desempregados antes de abrir a empresa, apenas 41% continuam com o empreendimento em atividade atualmente. Já entre os que estavam empregados, esse número sobre para 51%.

*72% dos entrevistados possuíam experiência anterior ou conhecimento no ramo de negócio da empresa.

*57% dos entrevistados consideram que empreenderam por oportunidade. Enquanto isso, quase 30% dos respondentes empreenderam por necessidade. Em comparação à pesquisa de 2016, observa-se uma diminuição no percentual de empreendedores que abriram empresas motivados por “oportunidade”.

*A sobrevivência de quem empreende por oportunidade é de 58%, já no grupo de quem empreende por necessidade, esse percentual cai para 28%

*Entre os empreendedores que fecharam a empresa, 34% dos acreditam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento do negócio. Já ¼ dos respondentes afirmou que ter mais clientes teria sido útil.

Fonte: SEBRAE

Compartilhe nas redes sociais:

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.

MAIS LIDAS

SIGA PELO INSTAGRAM

Copyright ©. Todos os direitos reservados a Sinfac-PA. Desenvolvido por
       

Search