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Setor de serviços cresce 0,7% em abril, acima do esperado

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Por Lucianne Carneiro, Valor — Rio

Após queda em março, o volume de serviços prestados no país teve alta de 0,7% em abril, frente ao mês anterior, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em março, os serviços tinham recuado 3,1% (dado revisado). Com isso, o resultado de abril significa a recuperação de uma parte dessa perda do mês anterior. Ainda assim, o setor opera com patamar 1,5% abaixo do período pré-pandemia, em fevereiro de 2020.

Na comparação com abril de 2020, o indicador teve alta de 19,8%, influenciada pela base de comparação depreciada do ano passado, já que aquele foi o início da pandemia no país. No resultado acumulado em 12 meses até abril, houve queda de 5,4%. Já no acumulado do ano, até abril, o setor cresceu 3,7%.

A alta na série com ajuste sazonal foi maior que a mediana das estimativas de 22 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de expansão de 0,4%. O intervalo das projeções era amplo e ia de queda de 1% a alta de 2,1%. Já a expectativa mediana para o resultado de abril de 2021 frente a abril de 2020 era de 18,9%, com intervalo entre 16% e 20,8%.

 

Duas das cinco atividades acompanhadas pela pesquisa tiveram alta na passagem de março para abril. Os serviços prestados às famílias registraram ganho de 9,3% e recuperam uma parte da perda de 28% registrada em março. Já o setor de informação e comunicação subiu 2,5%. Com isso, acumula ganho de 4,7% nos últimos três meses.

Por outro lado, o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio ficou estável em abril, após ter recuado 3,1% em março.

As duas influências negativas vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) - a segunda taxa negativa seguida no período março-abril (-2,0%) - e de outros serviços (-0,9%). Com esse recuo, o segmento de outros serviços eliminou pequena parte do ganho acumulado de 6,2% entre fevereiro e março.

O IBGE informou ainda que a receita nominal subiu 0,1% na passagem de março para abril. Na comparação com abril de 2020, a receita de serviços teve alta de 22,4%.

Em abril, frente a março, 13 das 27 unidades da federação investigadas registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (0,5%), Distrito Federal (4,8%) e Paraná (1,5%). Por outro lado, as principais retrações vieram de Minas Gerais (-1,0%) e Mato Grosso (-2,4%).

O IBGE revisou, ainda, a taxa de variação no volume de serviços divulgada anteriormente para o mês de março, na comparação com fevereiro, o mês imediatamente anterior. Nessa comparação, a variação no volume de serviços em março passou de variação de -4% para -3,1%.

 

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