Por Alex Ribeiro, Valor — São Paulo
A mais recente arrancada na inflação e a surpresa positiva no crescimento da atividade econômica estão levando os economistas a melhorar as suas estimativas para a dívida bruta do governo no fim deste ano, para níveis ao redor de 82% do Produto Interno Bruto (PIB).
Embora o nível seja excessivo para uma economia emergente e os prognósticos para os anos seguintes sigam preocupantes, as revisões significam uma melhora expressiva em relação a projeções próximas a 96% do PIB feitas em fins do ano passado.
O cenário fiscal mais favorável também inclui o aumento da arrecadação do governo, que, por sua vez, está levando os economistas a revisar suas previsões para o déficit primário de pouco acima de 3% do PIB para abaixo de 2% do PIB. Desde o projeto de Orçamento deste ano, apresentado em agosto de 2020, a estimativa de receitas subiu R$ 200 bilhões.
“Sumiu uma Argentina na dívida bruta/PIB e apareceu um Uruguai nas receitas”, sintetiza o economista-chefe da Tullet Prebon, Fernando Montero, em relatório a clientes. Ele estima que a dívida bruta vá fechar em 81,9% do PIB no fim deste ano, uma importante queda em relação aos 88,8% do PIB observados em dezembro passado.
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