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Formalização de micro e pequenas empresas tem queda de 1,7% no País

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Brasilia – No primeiro bimestre desse ano, foram abertas em todo o País 98,1 mil micro e pequenas empresas (MPEs), número 1,7% abaixo do registrado no mesmo período de 2020. Desse universo, 55,9 mil, o que corresponde a 57%, foram abertas no mês de janeiro. As informações constam em levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com base em dados da Receita Federal.

Apesar de janeiro ter apresentado um crescimento de 12,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, o baixo desempenho na abertura de empresas em fevereiro puxou o resultado do bimestre para baixo. No segundo mês desse ano, houve uma retração de 15,8% em relação ao mês de fevereiro de 2020 na abertura de novos negócios.

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, esse declínio de abertura de empresas de micro e pequeno porte em fevereiro pode retratar as dificuldades que os empreendedores estão tendo devido ao avanço da pandemia no País, desde o final do ano passado. “Voltamos a conviver com medidas mais restritivas do comércio nos estados e isso impacta diretamente no desempenho dos pequenos negócios no país, principalmente os ligados aos ramos de alimentação e vestuário”, frisou Melles.

Ao analisar o desempenho da abertura dos pequenos negócios por atividade, em fevereiro, dos 20 segmentos com maior registro de abertura, 18 registraram queda significativa em relação ao mesmo período de 2020. Entre eles estão as atividades de lanchonetes e similares, com queda de 37% e restaurantes, menos 34%. O comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios, como por exemplo mercearias e minimercados, caiu 26% e o de vestuário, 24%.

Apenas duas atividades apresentaram aumento de abertura de empresas em fevereiro. A de consultoria em gestão empresarial, que subiu 6%, e a atividade de corretagem, compra e venda e avaliação de imóveis, que apresentou aumento de 4% em fevereiro deste ano. (ANS)

Abertura de negócio no Brasil é um desafio

Brasília – O Brasil está entre os 15 piores países do mundo em facilidade para abrir empresas, segundo um estudo do Banco Mundial (Bird). Este processo é desafiador tanto pela burocracia como também pela falta de estabilidade do mercado, com algumas barreiras que podem deixar esse processo um pouco mais longo do que se imagina. Esses fatores podem desanimar muitos empreendedores.

A especialista em empreendedorismo Juliana Guimarães pontuou algumas dificuldades enfrentadas por quem tem o desejo de ter seu próprio negócio. “Sabemos que aqui no Brasil muitos de nós começamos a empreender não por oportunidade, mas por necessidade. O cenário agora, inclusive impactado por uma crise sanitária, acaba induzindo o novo empreendedor, empreender sem ter tido um tempo razoável para se planejar e fazer o processo de transição”, avaliou.

Apesar dessas barreiras, existem cinco cidades que se destacam quando o assunto é empreendedorismo no Brasil. São Paulo se sobressai pela disponibilidade de recursos, seguida de Florianópolis, Vitória, Curitiba e Joinville, que ganharam o mercado pela inovação e capacitação como polos de negócios. Completando o top 10 temos ainda Rio de Janeiro, Campinas, Maringá, Belo Horizonte e São José dos Campos.

Como campeã do ranking, a capital paulista é a primeira megalópole brasileira e como principal ponto positivo a disponibilidade de recursos para investir nas empresas, o que é fundamental para a continuação dos negócios. Na escala de 0 a 10, a cidade apresentou nota 9,8.

Entre os índices analisados para o ranking de cidades empreendedoras estão: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora. Mesmo diante do cenário desfavorável houve avanços que facilitaram o empreendedorismo no País. Em 2019, o Brasil foi o 36º País que mais avançou em liberdade econômica, alcançando a 144º posição no ranking da Heritage Foundation. A desburocratização promovida pela Lei da Liberdade Econômica, o País inverteu a trajetória de queda que já durava quase 15 anos. (Brasil 61)

https://diariodocomercio.com.br/legislacao/formalizacao-de-micro-e-pequenas-empresas-tem-queda-de-17-no-pais/

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