As factorings permitem aos empreendedores acessarem dinheiro rápido para administrar o negócio com mais estabilidade
Quase 60% dos pequenos negócios dizem que vão precisar de recurso extra para sobreviverem à crise do novo coronavírus, que fechou a maior parte do setor econômico, segundo o Sebrae.
O Pronampe, com o objetivo de ampliar a oferta de crédito para às micro e pequenas empresas ainda não se apresenta como uma solução rápida e segura. Apesar de ser uma taxa de juros baixa, muitos empresários, além de terem dificuldade para obterem esse crédito junto aos bancos, avaliam se devem ou não tomarem esse crédito, já que deverão pagar logo mais à frente, ainda sem terem um panorama seguro de como andará a economia.
A dificuldade de obter esse crédito junto aos bancos, deve-se justamente pela inexperiência desses canais em lidarem com a MPEs, considerando a enorme burocracia exigida pelos bancos na hora de contratar um empréstimo.
De acordo com Luiz Lemos Leite, presidente da Associação Nacional de Fomento Comercial – ANFAC, essas dificuldades abriram espaço para que esse segmento da economia fosse atendido pelas factorings, representadas pela ANFAC e pelas Empresas Simples de Crédito, lei aprovada em 2019, e já com grande participação junto a essas empresas.
“O Pronampe está usando exatamente o canal tradicional, com a participação de bancos que até então não davam a devida atenção para as empresas MPE. E, mesmo que a oferta de crédito pelo setor bancário aumente, será difícil se adequarem a essas empresas, que precisam de uma maior flexibilidade. Nesse caso, as factoring se ajustam com facilidade as MPEs, conhecendo a administração desses negócios e adequando suas ofertas com maior flexibilidade”, explica Lemos Leite.
PRONAMPE
As empresas devem avaliar essa linha em caso de real necessidade, lembrando que esse é um compromisso que exige planejamento, pois impactará no caixa do negócio no futuro.
Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica e braço direito de Paulo Guedes, afirmou que, caso o programa de crédito para micro e pequenas empresas não funcione, "com certeza absoluta" outro programa terá que vir no lugar dada a urgência em atender esse público.
"Realmente boa parte delas (micro e pequenas empresas) está sendo obrigada a passar dois, três meses fechada. Se nós não enviarmos crédito agora, na hora que chegar o momento da retomada o que vai acontecer? Não tem nem empresa nem emprego", concluí Sachsida.
Luiz Lemos Leite - Formado em Direito pela Universidade Federal Fluminense, em 1955. Foi funcionário do Banco do Brasil entre 1951 e 1967. Entre 1964 e 1967, trabalhou na Presidência da República como requisitado ao Banco do Brasil. Em 1967, foi para o Banco Central, onde permaneceu até 1981, tendo ocupado o cargo de Diretor da Área de Mercado de Capitais entre 1979 e 1981. Em 1982, já na iniciativa privada fundou a ANFAC - Associação Nacional das Empresas de Fomento Comercial, da qual ainda é o presidente.
Em 1983, lançou o curso de Agente de Fomento Comercial (Operador de Factoring) e participou dos 186 cursos já realizados, com 8.448 diplomados, dos quais 1.876 mulheres. Em 1992, lançou o livro Factoring no Brasil, pela editora Atlas, que está em sua 12ª edição e já esgotada. Em 2003, criou o IBFM - Instituto Brasileiro de Fomento Mercantil, com o objetivo de divulgar o conceito do fomento comercial, como atividade socioeconômica, e capacitar os colaboradores para o mercado de fomento comercial, bem como atualizar os profissionais já atuantes, agregando valor à sua factoring e seus clientes.
Nestes 38 anos, como presidente da ANFAC, já realizou 14 congressos, de âmbito nacional, com a finalidade de intercambiar experiências e informações entre os empresários do setor e trazer a contribuição de palestrantes ilustres que possam concorrer para aprimorar a educação executiva dos empresários.
Sobre a ANFAC
Associação Nacional de Fomento Comercial, fundada em 1982, na cidade do Rio de Janeiro, representa institucionalmente os interesses de seus associados, perante os Poderes Públicos – Federais, Estaduais e Municipais e entidades do setor privado. Seu objetivo é fortalecer o sistema brasileiro de fomento comercial para contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável do País e zelar pelo cumprimento das normas éticas e de autorregulação que regem a atividade.
A ANFAC congrega as empresas de fomento comercial, com suas distintas estruturas de factoring, de securitização, de fundos de recebíveis e, agora, a ESC – Empresa Simples de Crédito, que atuam no mercado comprando recebíveis, créditos gerados por vendas mercantis realizadas por sua clientela, composta de pequenas e médias empresas.
https://www.segs.com.br/mais/economia/238984-empresas-de-fomento-comercial-factoring-se-apresentam-como-solucao-economica-e-imediata
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