O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), acelerou a 1,14% em setembro, após ficar em 0,89% em agosto. Essa foi a maior variação para um mês de setembro desde 1994 e a maior entre todos os meses do ano desde fevereiro de 2016, quando o índice foi de 1,42%. Com isso, o índice acumula alta de 7,02% no ano e de 10,05% em 12 meses. Em setembro de 2020, a variação havia sido de 0,45%. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A meta do Banco Central para a inflação neste ano é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%. Combustíveis e energia elétrica puxam alta Assim como mês passado, a energia elétrica teve o maior impacto individual do mês no IPCA-15, desta vez ao lado dos combustíveis. Cada um deles teve impacto de 0,17 ponto percentual no índice total. A energia elétrica subiu 3,61%, variação inferior à de agosto (5%), e continua exercendo papel importante na inflação desde o mês passado, quando passou a vigorar a bandeira vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. Já a alta dos combustíveis foi de 3% , acima da registrada no mês anterior (2,02%). A gasolina subiu 2,85% e acumula 39,05% nos últimos 12 meses. Os demais combustíveis também tiveram altas: etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%). A alta dos combustíveis fez com que o grupo Transportes tivesse o maior impacto (0,46 p.p.) e a maior variação (2,22%) entre os grupos pesquisados.
Dos nove grupos, apenas Educação teve variação negativa (0,01%). Segue a lista completa:
Transportes: 2,22%
Alimentação e Bebidas: 1,27%
Habitação: 1,55%
Artigos de residência: 1,23%
Vestuário: 0,54%
Despesas pessoais: 0,48%
Saúde e cuidados pessoais: 0,33%
Comunicação: 0,02% Educação: - 0,01%
Carnes sobem 1,11%
A alimentação em domicílio teve a maior influência na variação do Grupo Alimentos e Bebidas, com aceleração de 1,29% em agosto para 1,51% em setembro. Entre os produtos, as carnes subiram 1,10% e contribuíram com 0,03 p.p. de impacto no índice geral. Houve altas também nos preços da batata-inglesa (10,41%), do café moído (7,80%), do frango em pedaços (4,70%), das frutas (2,81%) e do leite longa vida (2,01%). Já o arroz teve queda no preço pelo oitavo mês consecutivo ( -1,03%) e a cebola pelo sexto mês (-7,51%). A alimentação fora do domicílio, por sua vez, acelerou de 0,35% em agosto para 0,69% em setembro. Metodologia Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de agosto a 14 de setembro de 2021 (referência) e comparados aos vigentes de 14 de julho a 13 de agosto de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Fonte: economiauol.com.br
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