Por André Ramalho, Valor — Rio
Os preços da gasolina e do diesel atingiram nos postos, na semana passada, seus maiores níveis no ano, de acordo com levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). São quatro semanas consecutivas de aumento dos preços nas bombas. Prestes a completar cem dias, a gestão de Joaquim Silva e Luna à frente da Petrobras optou por reduzir a frequência dos reajustes, mas a estratégia não tem sido suficiente para impedir a inflação para o consumidor.
Em meio a ameaças de uma possível nova greve dos caminhoneiros, o litro do diesel S-10 (com menor teor de enxofre) foi comercializado, em média, a R$ 4,660, entre os dias 18 e 24 de julho. O valor representa uma alta de 0,23% em relação à semana anterior e de 23,8% na comparação com a primeira semana de 2021 (03/01 a 09/01). Já o litro da gasolina foi vendido, em média, a R$ 5,833, entre 18 e 24 de julho. O valor se manteve praticamente estável (+ 0,03%) na comparação com a semana anterior. Em relação à primeira semana do ano, no entanto, a alta é de 27,8%.
Segundo a Triad Research, empresa de pesquisa de mercado, o preço médio da gasolina já superou a casa dos R$ 6. No sábado, o litro do combustível foi vendido, em média, a R$ 6,003 nas bombas, o que significa aumento de 2,1% em relação ao dia 6 de julho, quando a Petrobras reajustou o derivado em 6,3% nas refinarias — o primeiro aumento anunciado pela estatal na gestão de Joaquim Silva e Luna. Já o preço médio do diesel, no sábado, foi de R$ 4,748, alta de 1,9%, na mesma base de comparação.
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