Por Ana Conceição e Marta Watanabe, Valor — São Paulo
A economia teve um desempenho melhor que o esperado no primeiro trimestre, apesar do recrudescimento da pandemia e dados apontam algum ganho de tração em maio, após a queda de abril. Bancos e consultorias elevaram as estimativas para o PIB do ano. Novos e velhos riscos, contudo, mantêm o sentimento de cautela entre os analistas.
Caio Megale, economista-chefe da XP, vê três riscos relevantes para a atividade neste ano. A pandemia, a crise hídrica e o aumento da inflação. No primeiro caso, embora o cenário da XP contemple a vacinação de toda a população acima de 18 anos até o fim do ano, a casa ressalta que os números ainda muito ruins, com uma média móvel de mortos por covid-19 ainda perto dos 2 mil por dia. Foram 1.870 na média de sete dias encerrada hoje e está acima de 1,5 mil desde o início de março.
No segundo quesito, Megale pondera que há dúvidas sobre quanto a crise gerada pela forte queda do nível dos reservatórios vai se traduzir em impacto na atividade, mas certamente um efeito já foi notado: uma dinâmica menos favorável para inflação por causa do aumento do custo da energia elétrica.
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