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Após queda histórica, o que esperar do PIB brasileiro em 2021

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Apesar da queda histórica de 4,1% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, motivada pela pandemia de coronavírus, o último trimestre do ano trouxe sinais alentadores na economia. Pelo lado da demanda, o investimento privado teve expansão de 20%, enquanto no lado da oferta, serviços (2,7%) e indústria (1,9%) terminaram a temporada em alta. No entanto, com o agravamento da crise sanitária no início de 2021, a continuidade da retomada é incerta.

Com o país batendo recordes de infectados e de óbitos por covid-19, a perspectiva para o primeiro trimestre deste ano mudou, na avaliação do coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGV), Emerson Marçal. O economista acredita em queda do PIB nos primeiros três meses, ainda que em menor intensidade do que a verificada no período mais crítico de 2020.

- A economia estava em um bom momento no último trimestre de 2020, mas o problema é que agora a maré virou. Este ano poderá ser um repeteco de 2020, ainda que em menor escala. Um primeiro semestre muito difícil e um segundo semestre de recuperação - resume.

Sem o avanço da vacinação da população, a avaliação é que o coronavírus seguirá impactando a economia.

- Quanto mais rápido conseguirmos vacinar, mais rápido vamos sair da crise - sintetiza Guilherme Stein, economista e professor da Unisinos.

O economista-chefe da agência de classificação de risco Austin Rating, Alex Agostini, lembra que, além da pandemia, outros fatores, como o avanço de reformas estruturais e a situação fiscal do país, podem influenciar o ritmo de recuperação da economia em 2021. Agostini ainda destaca que a “falta de coesão” dentro do governo, com discursos opostos entre a equipe econômica e outras áreas, também pode atrapalhar a retomada.

A projeção do mercado, segundo o relatório Focus, do Banco Central, é de crescimento de 3,29% no PIB brasileiro neste ano. Em nota informativa divulgada nesta quarta-feira (3), o Ministério da Economia sinaliza que “a atividade econômica seguirá crescendo em 2021”, mesmo que “incertezas econômicas continuem elevadas e, principalmente, o primeiro trimestre será desafiador”.

https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/noticia/2021/03/

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